CAPÍTULO 154
Peter Marino
Foi um tanto estranho ver que o meu rosto desbloqueou aquela mensagem na conta que fica o dinheiro da herança. Robert era um figlio de puttana, mas não posso reclamar, sempre tive um ótimo salário e excelentes oportunidades, e me ajudou no pior momento da minha vida... não consigo odiá-lo.
(...)
— Vou ler: Olá, Peter!
“Se recebeu esse e-mail, significa que já não estou entre vocês, e não confiei em outro além de você, para proteger o dinheiro que guardei durante tantos anos”.
“Alex, Katy e Laura seriam alvos fáceis nas mãos de possíveis estelionatarios e traidores, e você além de esperto como eles, é de minha total confiança, te testei o suficiente para saber que cuidaria da minha filha e do dinheiro deles e também o seu, com a sua vida.“
“Não sei se o prazo que estipulei, funcionou..., mas essa senha só abrirá nesse período. Se precisarem abrir antes, lembre-se dos treinamentos que tivemos, você saberá a senha e desbloquear o dinheiro. Confio em você!“
— Por isso ele te treinou por tantos anos. Quando descobriu que poderia confiar, confiou tudo. — Alex falou.
— Até mesmo a mim. — Katy disse.
— Você lembra qual é a senha? Se não lembrar, só precisamos guardar bem essa que ele enviou e esperar o prazo de um ano.
— Lembro. Na verdade, é a minha digital.
— Mas ali na câmera só tem o espaço do rosto. — Salvatore comentou.
— É que só eu sei como é feito. Coloquem a câmera no meu rosto. — Alex e Laura arrumaram a câmera e então apontei o dedo indicador no local que Robert já tinha me mostrado algumas vezes, de forma que pegasse ambas as imagens.
— Como sabia disso? A tela abriu... — Alex comentou.
— Na verdade, ele disse que era para o equipamento de segurança, mas eu lembro da senha, só poderia ser essa.
— Será que tem muito dinheiro? — Katy perguntou e entreguei para que o Alex procurasse.
— Pelo que eu vi são várias contas. Entrando nessa, você consegue entrar nas outras, e pelo visto é muito dinheiro! — Salvatore comentou.
— Realmente... muito dinheiro! Como faremos isso? — Laura perguntou.
— Vou transferir imediatamente, não confio em deixar aqui. Farei a divisão que o meu pai pediu e enviarei na conta da Katy, do Peter, e também na minha. — Alex comentou, mas comecei a pensar.
— Eu não quero o dinheiro dele. Me casei em honra no passado e por escolha recentemente, pode transferir a minha parte para a Katy!
— Não, de forma alguma! Faça como o estipulado. Ou transfira tudo para a sua e depois verificamos. — Katy pediu, e achei melhor não discutir com ela.
— Ok.
Conforme Alex foi transferindo fomos a cada vez ficando mais abismados com os valores, eram altíssimos.
— Eu nunca vi tanto dinheiro na vida... — Katy comentou.
— São milhões... muitos milhões!
Alex fez algumas contas e arregalei os olhos quando vi a notificação no meu celular de transferência.
— Acho que o valor está errado... me transferiu milhões! — comentei.
— Está correto. O dinheiro é seu, agora! Também vou transferir uma indenização para a Maria, me passe a sua conta...
Eu não estava acreditando que tinha tanto dinheiro, mal observei enquanto o Alex terminava de transferir.
— Faremos uma festa! Amanhã, na nossa casa! Podemos chamar toda a família Strondda! — Alex disse e começamos a sorrir.
Katy conversou um pouco com a Laura, e Alex veio falar comigo.
— O advogado já era!
— Imaginei.
— Edoardo está sendo bem tratado, até chamei um médico, não pode morrer tão rápido.
— Maledetto, merece sofrer! Aquele infeliz que trabalhava pra ele machucou a Katy. Tive vontade de ressuscitar para tortura-lo.
— Agora as coisas irão melhorar, meu primo! Já conseguiu o perdão da Katy por ter bebido?
— Sim, estamos bem.
— Que bom.
— Eu já vou pra casa, ela precisa descansar!
— Nós também! — nos despedimos de todos e fomos até o carro, então a Katy me perguntou:
— Está tudo bem?
— Achei dinheiro demais, não sei o que fazer com tanto.
— Não há algo que queira fazer? — comecei a dirigir.
— Quem eu gostaria de ter ajudado, não posso mais...
— Eu tenho uma ideia. Não vai poder ajudar a sua mãe diretamente, mas vai fazer a diferença na vida de muitas mulheres que passaram ou passam o que ela passou. — olhei pra ela, tentando entender do que falava.
— O quê?
— Podemos abrir uma casa, ou uma fundação de apoio à mulheres que vivem nessas condições. Talvez aquelas que têm filhos e não sabem o que fazer, apanham para manter a comida na mesa, ou por medo. Podemos fornecer cursos, conseguir trabalho, podemos investir bastante. — parei o carro.
— Nossa! A sua ideia é ótima. Quero o nome dela bem na frente: Helen Marino!

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