CAPÍTULO 157
Katy Caruso
Ainda não acredito que estamos tão bem. Peter mudou muito, e embora por vezes ele fica triste e a sua mente vaga, comigo ele já consegue diferenciar as coisas. Está levando a sério a parte que não sou sua mãe, e que precisa esquecer aquele progenitor nojento.
Percebi que por alguns momentos ele teve medo de me machucar ou de perder o controle, mas o deixei livre, o deixei ser ele, Peter está descobrindo agora a sua identidade.
— Estou feliz, Peter! — me virei pra ele ainda deitada nua nos seus braços.
— Percebo pelo seu sorriso imenso... não te machuquei? — sorri.
— Bom, espero que esteja com sono, pois ficarei dolorida até amanhã. — ele gargalhou.
— Caramba, vou cuidar de você! — fiquei olhando para o seu rosto e vi o quanto estava feliz, nunca o ouvi gargalhar assim, a cada dia me surpreendo. — Até porque, temos poucas horas de descanso, já são quase dezesseis horas, e as dezenove tem a festa na casa do seu irmão. — sentei apavorada.
— Não acredito que é hoje! Peter, eu me esqueci completamente... com essa questão do terapeuta ligando, nossa!
— Eu me lembrei, ontem no reduto só falavam disso. Como a outra comemoração foi simples, disse que queria algo mais elevado. Terão muitos convidados.
— Não precisa me enrolar, Peter! Laura já me contou sobre o problema dele com El Chapo. — gargalhamos.
— Tenho pena do Alex, pensou que conseguiria convencer a enfermeira a ir até a casa do cara.
— Pois é, Laura ficou preocupada com ele, até convenceu a amiga a conversar por alguns minutos com El Chapo para o marido.
— Sim, mas El Chapo é estrategista, ainda deixou o Alex meio amarrado, dizendo que ele estava devendo uma.
— Nossa!
— Parece que vou precisar ajudá-lo. Agora vamos descansar um pouco, você disse que estava cansada... — deitei em seus braços e fechei um pouco os olhos, eu estava tão bem.
(...)
Débora Andrade
Não acredito que estou indo a essa festa... Laura me coloca em cada uma que vou te contar, hein?
Vi que só faltava vinte minutos e eu ainda não havia escolhido o vestido, eu não usaria o vermelho que Luigi teve a audácia de enviar para a minha casa. E, não me perguntem se estou ansiosa, porque não é verdade, só estou pensando em qual dos modelos deixaria aquele safado mais desapontado, para largar do meu pé.
Meu celular tocou e fiz careta ao atender a Laura.
— Débora, você está chegando?
— Boa noite pra você também, Laura!
— Aí, desculpa... estou ansiosa. Nunca vi o Luigi assim, está inquieto olhando para o relógio a cada segundo, coitadinho!
— Pra mim, coitado é filho de rato, que nasce pelado, minha filha... aquele lá é esperto, até o apelido combina com ele. Deveria disfarçar melhor, amiga... sei muito bem que está é ajudando o Alex nessa. Você sabe que eu não iria na casa daquele bocó, mula de Balaão nem com todo o dinheiro que seu marido me deu de presente, aliás... estou levando o cartão pra devolver e o carro. — segurei um vestido preto, todo fechado e de mangas.

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