CAPÍTULO 159
Katy Caruso
“É uma carta de demissão do hospital!“ — como esse homem conseguiu algo do tipo? Don Antony a demitiu... — fiquei pensando enquanto via a Débora se desesperar.
— Como ele ousa, Laura? Conseguiu a minha demissão com todos os meus direitos... — Débora reclamou, abismada.
— É, mais tem um novo contrato de trabalho... — eu disse quando vi a próxima folha.
— Ele conseguiu com que o Don te desse o cargo de enfermeira na máfia, o salário é muito mais alto! — Laura comentou. — Se assinar, amanhã mesmo terá um emprego novo e salário novo, amiga... isso só pode ser coisa do Alex, ele havia ficado devendo uma para o Luigi, provavelmente pediu isso ao Don.
— O que vou fazer? — Débora perguntou apavorada.
— Te aconselho a aceitar. Nessa vaga que vi aqui, você vai cuidar dos feridos em missões, e não precisa ficar em tempo integral lá dentro, porém quando te chamarem você precisa ir. — Laura explicou.
— Mas ele me chamou de assistente...
— Provavelmente também deve ter pedido para ficar no reduto essa semana, durante o dia. Os primeiros que irá atender serão os homens do Don e o próprio, Luigi está nessa lista... engraçado, eu nunca o vi fazer algo do tipo.
— Droga! — Débora ficou reclamando, e do nada senti aquelas mãos que conheço tão bem, na minha cintura.
— Peter? — o olhei.
— Vem dar uma volta comigo? Quero me exibir com a minha bela esposa por aqui! — sorri ao segurar na mão dele, que já me esperava.
— Claro... você vai explicar do projeto hoje? — fomos caminhando pelo local.
— Ainda não. Assim que estiver mais organizado, ou na estréia. Hoje só quero aproveitar você. — segurou firme na minha cintura, de lado.
— Estou adorando.
Fomos andando por todo o local, cumprimentando conhecidos, a festa estava animada, até que ele começou a me olhar estranho.
— O que foi, Peter? — deslizou a mão pelas minhas costas e veio no meu ouvido:
— É que estou um pouco inquieto... nunca tive uma mulher ao meu lado, sabendo que é minha, que vou tê-la em minha cama quando chegarmos em casa... é tão novo!
— Não vem, não! Eu vivia te vendo com outras na casa do Robert, você passeava com elas.
— Nunca toquei nelas como te toco... — subiu a mão até o meu ombro — Nunca olhei pra elas como te olho — E, jamais fiquei inquieto por querer estar dentro delas! — arregalei os olhos.
— Meu Deus, Peter! Você está excitado? — cochichei.
— Não vejo a hora dessa festa terminar, Katy! — senti o meu sangue esquentar e uma ansiedade queimar dentro de mim, estava escrito nos olhos dele como estava.
— E... se a gente fosse no escritório? — passei o dedo no seu braço.
— Tem câmeras!
— Caramba! Preciso avisar a Débora.
— E, no banheiro? — perguntou.
— Peter!
— Tem dores, ainda? Posso ser mais rápido! — eu estranhei porque nunca o vi assim, mas achei bom não cortar o embalo, isso é ótimo.

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