CAPÍTULO 160
Luigi / El Chapo
— Tem certeza que quer seguir por esse caminho? — virei a minha dose de whisky enquanto olhava pra ela, que me deixa completamente perturbado. “Ah, Débora... porque você me causa isso?“
— Tenho... — respondi apenas, devolvendo o copo vazio na mesa.
— Pela cara que a Débora olhou, você terá problemas! — Fabiana comentou e permaneci em silêncio. — Ah, nossa o Vinícius vomitou... — ela levantou apressada.
— El Chapo, se gosta dela vá em frente, não perca mais tempo.
— Você sabe que é diferente... a única mulher que pensei em casamento já casou, você mesmo me incentivou a desistir. — pedi mais whisky.
— Quando me contou, Laura já estava comprometida. E, mais... eu nunca te vi ir atrás dela como está indo agora, pela Débora. Negociou com Alex, me pediu para mexer na vida toda da moça... eu acho estranho esse comportamento, você nunca chegou a dizer a Laura sobre o que sentia, e confesso que fico feliz em imaginar que esse sentimento tenha passado.
— É passado, Don. Só que a Débora é diferente, quando a Laura me falou sobre ela, imaginei que fosse parecida com a sua irmã, e foi o oposto. — vi a Elinete se aproximando e logo sentou.
— Ela está lendo o conteúdo do envelope.
— Ok, obrigado. Mais tarde o dinheiro cairá na sua conta, Elinete.
— Não precisa, não me custou nada.
— Faço questão! — voltei a colocar a mão sobre a da Elinete e vi quando Débora me olhou.
— Elinete, se puder traga um vinho bom para a nossa mesa! — Don falou e ela logo entendeu, saiu andando com dificuldades com um salto alto, até fiquei olhando se a mulher precisaria de ajuda.
— No que a Débora é diferente? — Don questionou.
— Fresca, bocuda, tem um comportamento esquisito...
— Não se engane, El Chapo... Laura é mais que bocuda, se mexer com ela, ela não só te xinga, como te ataca facas e atira, você sabe muito bem. Penso que gostou do jeito dessa moça.
— É, na verdade, gostei de irritar a Débora, quero ela pra mim. Desde quando nos vimos pela primeira vez, eu percebi que temos química, e esse jeito louco dela me tratar, por incrível que pareça, me deixa estranho. Tenho vontade de judiar dela, só para ver as suas reações, mas principalmente de tê-la só para mim.
— Se eu fosse você, trataria ela melhor... — ele mal falou e Laura veio até a nossa mesa e sentou.
— Luigi, porquê está fazendo isso com a Débora? E, o Tony até trocou a coitada de emprego, porquê?
— Não fiz nada, a tratei muito bem. Só pedi ao seu irmão e ao seu marido, um empurrãozinho com o trabalho dela, porque não posso ficar perto dela se trabalhar no hospital.
— Ah, você está apaixonado, Luigi! Agora entendo porque tem agido tão estranho! — Laura falou de forma amável, com um sorriso bonito e automaticamente comecei a negar movendo a cabeça, iria dizer que não estava apaixonado, mas o Don pigarreou e fechou a cara, então parei.
— Você acha? — mudei a conversa, Don suavizou a expressão.
— Sim, a minha amiga está em ótimas mãos, vou te ajudar meu amigo, sabe que é como um irmão, não sabe?
— Claro... — Laura sorriu, deu uma batidinha nas minhas costas e levantou.
— Vou lá, convencer a Débora a assinar.
— Laura! — Don a chamou.
— Diga, meu lindo!
— Nossa, está amável demais, o casamento te fez muito bem. — engoli seco, olhando para outro lado.
— Obrigada, maninho.
— Não diga dos sentimentos de El Chapo à sua amiga, tá? Deixe que ele o faça. — revirei os olhos.
— Seu pedido é uma ordem! — Laura saiu e vi que a Débora estava olhando. Quando a Elinete voltou, ela virou as costas e foi na direção da porta.
— Demorei? — Elinete trouxe o vinho, mas eu saí imediatamente e fui atrás da Débora, precisei correr para alcançá-la na saída.
— Ei! Espere! — ela me olhou, mas continuou andando, corri mais, até alcançá-la.
— O que quer?

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