CAPÍTULO 15
Laura Strondda
Alex está estranho demais. É uma droga não conseguir identificar o que ele está tramando. O seu jeito idiota quando chegamos, acabou me confundindo.
Eu não sei explicar como é isso, talvez seja porquê ainda tenho gravado comigo, tantos momentos bons que vivemos no noivado, e não consigo acreditar que tudo aquilo foi mentira, fragmentos do que passei e senti, voltam na minha mente de vez em quando, e me fazem ficar perdida, sem saber quem é esse homem que está dirigindo aqui do meu lado.
Reparei que depois que me viu de vermelho, ficou calado, sério, e fica me olhando de canto de olho, como se eu não notasse.
— Deve ter gostado do vestido, até ficou com ciúmes! — falei ao olhar pela janela, sem encará-lo.
— Não tenho ciúmes. Eu falei que gostei mais do preto, só estava indecente demais. Aqui na Sicília é pior que Roma, uma senhora casada não pode ser vulgar!
— Então não gostou desse?
— É horrível! — falou irritado, se contradizendo, gargalhei.
— Conheço algumas regras da Sicília! O que é repudiado aqui é a traição, não o modo como uma mulher se veste. E, se formos falar sobre isso, você é um homem morto! Até porquê, se um homem casado me cobiçar e alguém ver, será punido! Sei muito bem que ter uma amante é estritamente proibido, até porquê se vazarem informações confidenciais por causa de uma das mulheres, um homem está ferrado!
— Você parece saber tudo! — ironizou.
— Se soubesse já teria dado um jeito em você! — Alex acelerou muito, em questão de segundos deu um cavalinho de pau, desperdiçando pneus e puxou o freio de mão de forma bruta. Cheguei a me segurar, e minhas sobrancelhas se arregalaram ao perceber que havia estacionado na rua.
— Vem aqui! — falou ríspido, batendo a mão no seu colo. Elevei os olhos, observando que estava com a arma. Precisei rir, era uma ameaça?
— Porquê?
— MANDEI SUBIR EM MIM, PORRA! TÁ MALUCA EM FICAR ME CONTRA DIZENDO? — ele estava bravo, muito bravo. Pelo visto não aguentou manter a postura de homem normal por muito tempo. Fiquei pensando no que aconteceria se eu não subisse, mas a curiosidade em saber o que me esperava me fez viver a adrenalina, se algo desse errado, eu acabaria com ele.
Alex puxou o banco para trás, entendi o que queria, então provoquei ainda mais, abrindo bem as pernas entre as pernas dele. Com postura me mantive ereta no seu colo, o olhando com intensidade, como se dissesse: “o que acontece, agora?“
Ele fixou o olhar, me empurrou pelas coxas, me deixando mais pra frente, em cima dos seus joelhos. Sem desviar o olho, abri a boca gemendo, quando senti a sua mão na minha calcinha.
O desarmei quando se distraiu abrindo o zíper, segurei na parte da janela do carro, com facilidade me ergui por ali, dei uma leve sentada.
— Maledetta! Fica aqui! Deixou o meu pau duro, não se atreva! — mirei meu salto na direção da sua testa e ele se encostou no banco, então desisti de o acertar.
Com facilidade e a elasticidade que tenho no corpo, eu saí com a bunda de fora, até que coloquei os pés no chão e abaixei o vestido. Quando ele tentou pegar de volta ao abrir a porta, puxei a minha arma da bolsa e apontei.
— Se tentar algo, eu atiro! — me olhando abriu a porta de trás e devagar pegou a sua arma, então engatilhei a minha.
— O restaurante é logo ali na frente, vamos comer que estou morrendo de fome. — Passou a língua no cano da arma dele, me olhando com malícia e senti uma compressão no meio das pernas, que sentia quando ele me beijava no nosso noivado.
Veio mais perto, guardando a arma na cintura e falou baixo.
— Adorei o seu gosto! Agora venha antes que eu mude de ideia e resolva entrar nessa briga! — puxou o meu vestido, ajeitando mais, então guardei a arma.
— Também estou morrendo de fome!

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