CAPÍTULO 16
Alexander Caruso
O meu sangue bombava quente pelo meu corpo. Uma sensação de impotência, misturada com o tesão que essa mulher me causou.
Eu não iria vir nesse restaurante, é muito popular. Mas, devido a situação em que ficamos, preferi não causar alvoroço e a convidei para entrar.
Ainda não sei como vou conseguir jantar, com essa mulher me encarando, assim. Sentei de frente com ela, na última mesa do local, para que nenhum idiota se atravesse a ficar olhando, porquê hoje estou com os nervos à flor da pele.
A maledetta sabe provocar. O jeito como mexe os lábios e a forma como me olha intensamente, levando um brilho no olhar. Ou talvez seja quando mexe as pernas, colocando uma sobre a outra; lembrar que arranquei a sua calcinha, isso me deixa sem controle.
Pedi uma bebida forte antes do jantar, observando a sua pele corada, mostrando que seu corpo também estava quente, assim como o meu.
— Alex! — ouvi o meu nome logo atrás de mim, e suspirei aliviado quando me virei.
— Senhor Edoardo Rocci! — levantei para cumprimentar o melhor amigo do meu pai, que estava ao lado da esposa. — Senhora Giorgia!
— Tudo bem, meu filho? Você desapareceu, soube da boca de terceiros que havia se mudado da Sicília! Pelo visto, cumpriu o último desejo do seu pai... essa é a Laura, não é? — aquela senhora ainda segurando a minha mão, sorriu para ela, Laura arregalou os olhos e acabou dando um leve sorriso depois.
— Sim. Nos casamos recentemente! — olhei para a Laura. — Querida, dona Giorgia e o senhor Edoardo são como da família! — não posso tratar com indiferença, pessoas que sempre estiveram presentes e de coração tão bom, então também não posso tratar Laura como faria.
— Muito prazer! — Laura cumprimentou cordialmente.
— Ah, não diga isso, agora! Você nem nos convidou para o casamento! — engoli seco, pois não convidei ninguém que eu goste para esse casamento arranjado.
— Eu sinto muito! Fizemos algo simples, e foi em Roma. Deixe-me pagar o jantar de vocês para compensar? — ambos se entre olharam e logo sentaram conosco. Então Edoardo começou um assunto estranho.
— Fico feliz que tenha pensado melhor, seu pai sempre soube muito bem o que fazia, e aquela... — tossiu. — Bom, sua prima... estava complicando a vida dele! — estreitei os olhos, tirando o copo de bebida para o lado.
— Como é? Anita? Tem certeza? Ela praticamente morava conosco, sempre ajudava em tudo, é uma boa moça... — tio Edoardo sabia que meu namoro com a Anita era secreto, na verdade, poucos sabiam disso, Anita é um anjo, toda recatada, mal me deixava beijá-la, achava vulgar, errado, sempre a admirei por isso.
— Bem... já passou, não vamos nos preocupar com o passado! — ergueu a mão chamando o garçom, entregou o cardápio à esposa e pediu as bebidas.
— Amor, posso pedir o que gosta? — Laura me chamou carinhosamente e me ajeitei na cadeira, surpreso.

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