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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 150

CAPÍTULO 182

Débora Andrade

Luigi me pegou no colo, enquanto gritava com o coitado do Silvestre:

— TRAGA AS COISAS DELA! E CUIDE BEM DAS GATAS! — gargalhei ao ver aquele senhor se apressando para nos alcançar.

Passamos pelo jardim, vimos a Gleice no meio da terra, mas ao invés de continuar sorrindo, parei... o olhar dela foi pesado demais, havia algo errado, tive receio.

— O que foi? Parou de sorrir do nada...

— Não sabe o motivo? — deu um sorriso cínico e olhou para a sem vergonha.

— Claro que sei. Se duvidar sei até o que você pensou, mas prefiro conversar com você, que me diga, confie em mim! — ficou parado na porta da caminhonete, e enquanto me ajudava com o cinto me roubou um beijo. — Me diga, xuxuzinho... quer que eu mande Gleice embora daqui?

— Você mandaria?

— Ainda tem dúvidas? — o encarei por alguns segundos e ele fechou a porta. Pensei que sentaria do meu lado, mas foi até a mulher.

— Pensei melhor, quero que vá embora da minha casa! Sabe... não gosto de virar as costas para funcionários que planejam coisas à respeito de mim, então sugiro que não volte, caso contrário vou perder meu bom humor e investigar à respeito, e daí você pode ter certeza de que daqui de dentro não sairá... pelo menos, não viva!

— Mas, senhor... eu não fiz nada! Aposto que foi essa mulher que o envenenou contra mim! — ouvi a sua audácia, quase abri a porta para reclamar, mas...

— Lave a boca para falar dela, por que é minha namorada, a senhora dessa casa! — Tanto eu, quanto Gleice arregalamos os olhos, e ela arrancou o avental sujo e o jogou sobre a terra.

— SILVESTRE, AJUDE A SENHORITA A SE RETIRAR! — Luigi gritou e fiquei só observando.

— Senhora da casa? — perguntei quando ele entrou na caminhonete.

— Porque não?

— Eu nem moro aqui... pensei que senhora seria a esposa, quem mora com o marido. — debochei.

— Quer se mudar pra minha casa? Eu acho até melhor, é mais seguro, e não farei como pensa, caso queira podemos nos casar.

— Não, obrigada! Posso vir de vez em quando, mas morar, não!

— Está bem. Só porquê estou de bom humor, vou deixar para resolvermos a sua questão outro dia! — balancei a cabeça negando.

Chegamos no reduto, o médico veio com um sorriso quando me viu, me olhou dos pés a cabeça. Porém quando viu Luigi, mudou completamente a postura.

— Viemos para que examine e tire um raio X do tornozelo da minha mulher! — olhei depressa, “oshi... desde quando me casei?“

— Sim senhor! — o médico abaixou os olhos pra ele, e não me olhou mais, apenas para o meu pé, ao examinar.

— Não é necessário um raio X, não está quebrado. Acredito que amanhã estará melhor!

— Tem certeza? — Luigi perguntou.

— Sim senhor! — até sorri... odeio homem frouxo, ainda bem que escolhi o Luigi, gosto de quem manda.

— Então avise o Don que ela virá assim que estiver bem, é por responsabilidade minha, já que estará na minha casa! — Luigi avisou, fiz questão de ver a sua cara presunçosa.

— Certo, senhor... — falou mais baixo. Confesso que esse jeito do Luigi me faz sentir coisas demais, não posso me deixar levar tão rápido.

Quando saímos, ele me assustou me encostando na caminhonete e me dando um beijo.

Luigi encostou seu corpo sobre o meu, mas não ousou me tocar.

— O que está fazendo? Quer me deixar louca?

— Você me deu sinal verde, acho que posso te provocar! O quê acha? — o olhei respirando com dificuldades.

— Eu não disse nada.

— Certo... então vamos pra casa.

— Preciso buscar algumas coisas na minha casa...

— Para o que vamos fazer o restante do dia não precisa de nada!

— Luigi?

— Estou brincando, meus homens já foram lá, pegaram algumas coisas.

— Você é terrível, se adianta em tudo!

— Nem tudo... algumas coisas, não costumo ter pressa! — piscou pra mim.

— Você é safado, Luigi!

— Ainda bem, porquê você adora! — balancei a cabeça, ele sorriu.

Na casa dele, me pegou no colo e me beijou enquanto caminhava comigo. Cheguei a abrir os olhos, pensei que fosse cair.

— Meu Deus, olha pra frente!

— Eu sei andar por cada canto dessa casa com os olhos fechados, já treinei muito! Pode ficar tranquila e me beijar! — o doido continuou me beijando, então decidi confiar nele, e deixei a sua loucura me atingir.

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