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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 35

CAPÍTULO 39

Alexander Caruso

Senti o meu corpo ferver quando vi a primeira foto. Era a mesma dançarina da boate, mas estava numa espécie de camarim, usava a mesma roupa branca, mas estava sem máscara e sem peruca... era a Laura!

Claramente vi o rosto dela, não tinha como negar. Comecei a olhar outras fotos e haviam muitas, poderia ser montagem, mas não me parecia. Algumas o El Chapo estava dentro de um local fechado com ela, sozinha, ela usava outra roupa, uma preta — meus dedos apertaram aquelas imagens, amassando onde segurei e meus olhos ficaram fixos por alguns minutos.

Senti o meu sangue fervendo imediatamente, parecia que até as minhas veias haviam dilatado, virei o pescoço estralando, para tentar engolir aquilo que eu via.

— Alex... Alex? — eu ouvia Anita me chamando, mas eu mal conseguia olhar para ela, precisava de tempo.

Ela mentiu pra mim... disse que o seu trabalho era com execuções, e ali não havia nenhuma arma, era a sua beleza e o seu corpo expostos para que outros homens a vissem.

Olhando para as imagens, que agora voltei a trocar na minha mão, comecei a me lembrar das coisas... ela me enganou, trocou de roupa ou de lugar com alguém, agiu em cima de mentiras e me manipulou como quis, enquanto provavelmente ria nas minhas costas com aquele cara.

— Alex, calma! Esquece essa mulher, com essas provas o seu casamento pode ser cancelado por traição, você nem gosta dela, já resolvi o nosso problema, podemos ficar juntos, meu amor! — olhei pra ela e comecei a pensar... quando foi que eu disse que queria cancelar o meu casamento? As coisas haviam ficado claras, e com certa raiva questionei:

— Porquê está fazendo isso? Primeiro tentou matar a mãe da Laura sem a minha permissão, e agora veio até aqui e investigou a vida dela sei lá como, quem me garante que você é realmente quem eu imaginei? — ela arregalou os olhos, movendo os cílios brancos apressada.

— Porque te amo, Alex! Essa mulher não presta, e acabei de te mostrar... relaxa, saboreie a bebida que fiz pra você, vai se sentir melhor! — olhei para a bebida, mas tive vontade de fazer voar.

— Eu nunca disse que cancelaria esse casamento! Se a minha mulher está me enganando ou não, isso é assunto meu, nem que eu precise matá-la, ela não se verá livre de mim, você entendeu? — Anita ficou pasma.

Levantei da cadeira, levando as fotos comigo, Anita segurou no meu braço.

— O que está fazendo? Porquê levantou? — evitei de olhar pra ela, a única coisa que eu queria era encontrar a Laura e tirar aquela história a limpo. — Alex não vá! Eu programei para que você ficasse comigo, vamos para o hotel que me hospedei, fica bem perto! Pelo amor de Deus, veja o que ela faz, é uma mulher da vida, uma prostituta, Alex!

Eu fui saindo da mesa sem olhar para trás, enquanto ainda sentia a Anita com insistência tentando me segurar, e embora eu não quisesse ser mal educado, praticamente a arrastei junto comigo para o lado de fora, eu não esperaria mais nem um segundo para ir resolver aquilo.

— ALEX! ALEX! — ela gritava, mas aquilo só estava me deixando irritado.

— JÁ CHEGA! ME SOLTA, AGORA! — gritei ao perder o juízo e ela ainda implorou.

— Me deixe ir com você... está nervoso demais e... — eu a desprendi pela última vez e entrei no carro, não era um momento para conversar, nada mais me importava, além de saber a verdade, se Laura estava me enganando, assim.

Quando pisei no acelerador, a minha mente começou a me manipular, me deixar louco e fora de mim. Eu mal enxergava para onde estava indo, e nem sei a que velocidade eu passei por cada uma daquelas avenidas, só sei que o tempo parecia ter parado... tamanha era a pressa que eu tinha de chegar em casa.

Quando terminou, olhei ao redor e só tinha uma alternativa: atacar aquela mulher e enfrentar todos aqueles homens..., mas tive uma ideia melhor. No meu celular cliquei no número do Don, tirei a minha pistola escondida na calça e com raiva e determinação eu praticamente pulei até o palco e a agarrei enquanto descia a escada de trás, apontei a arma para quem fazia a segurança dela, e ela ficou presa comigo.

— Você vai comigo? Ou posso ligar para o seu irmão ou o seu pai e convidá-los para assistir um show em especial? — eu não via o seu rosto, mas aquele cheiro a entregava... ninguém tinha o cheiro dela, e aquilo estava me deixando louco, Arrisquei tudo de que era Laura.

— Vem... — ela falou enquanto aplacava os seguranças com a mão, mostrando que parassem. E eu estava decepcionado por ouvir a sua voz e infelizmente ser ela... com certeza era Laura.

Passamos por um corredor que nunca vi, e El Chapo apontou uma arma quando me viu.

— Acho melhor abaixar isso aí. A conversa não é com você! — ameacei, caso desse errado eu e ele nos arrebentaríamos ali mesmo, mas ele olhou rapidamente para ela que completou:

— Nos deixa passar, Luigi! — El Chapo abaixou a arma, e ela me levou até o quarto que fui naquela noite e encontrei outra no lugar dela. Eu mesmo bati a porta fechando em seguida. Quando ela se virou, tirou a máscara sem rodeios...

— Satisfeito?

— Eu vou te matar, Laura! Você me enganou, me fez de idiota! — ela estava parada na minha frente, permaneceu por alguns segundos, enquanto eu lidava com a raiva que crescia a cada segundo dentro de mim.

— Estou esperando! Se vai me matar não demore nem se arrependa... porquê quando pego gosto por uma morte, vou até o fim! — com raiva levei a minha mão para puxar a minha arma, mas levei uma pancada antes mesmo de conseguir, e com o som de uma gargalhada, eu mudei de tática...

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