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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 34

CAPÍTULO 38

Alexander Caruso

Hoje acordei meio lento, acho que há muito tempo não dormia tanto. A minha cabeça doeu quando tentei levantar, e acabei voltando a me deitar.

Do outro lado do quarto estava Laura, de costas parecia arrumar alguma coisa numa bandeja, quando se virou e me viu, sua expressão suavisou com um pequeno sorriso.

— Até que enfim, acordou! Eu iria mesmo te chamar para comer e ver como estava... como se sente? — se aproximou com uma bandeja, colocou sobre a cama, estreitei os olhos, ela estava parecendo carinhosa e não estou acostumado.

— Que estranho... é dia? Está amanhecendo? — perguntei enquanto tentava me sentar direito para comer.

— Anoitecendo! Você passou a noite e o dia desacordado, acho que te dei o antídoto errado, acabou te fazendo dormir por mais tempo... — bocejou. — Mas acredito que agora esteja bem, El Chapo me ajudou com o correto.

— El Chapo... — balancei a cabeça em reprovação, pensando porque aquele homem ficou perto dela?

— Ele só me ajudou a entender, mostrou imagens e logo se foi.

Passei as mãos no cabelo, respirei fundo, tentando entender, a minha cabeça doía.

— Do que está falando? Eu só bebi e...

— Olha, você foi envenenado pelo seu primo! Na verdade, foi bem estranho... eu pensei que fosse veneno, depois percebemos que quando te dei o antídoto, você não acordou de jeito nenhum. Luigi ficou por um tempo observando as imagens da boate pelo celular, até que descobriu o momento em que te drogaram e você não viu...

— Espera aí, me drogaram?

— Albert aparece nas filmagens conversando com um homem, pouco depois esse homem trocou a sua garrafa sobre a mesa por uma que ele levou na hora e pegou a sua, saindo da boate no mesmo instante. Logo em seguida, você viu o Albert saindo e foi tirar satisfação de algo, com o som que tocava não deu para ter certeza do assunto, então ele foi embora depois brigarem e El Chapo te levar para um local seguro. Não sei quais eram os planos dele, mas descobri a tempo e te salvei... deveria me agradecer! — sorri com o jeito dela de falar.

Laura estava tão natural, usava uma camisa minha com botões abertos, toda larga parecendo estar sem nada por baixo, cabelos desgrenhados, lábios inchados, ombros à mostra. Ela falava tranquilamente, seu semblante era vivo, descontraído e havia um sorriso diferente.

— Obrigado! — ficamos nos olhando por alguns segundos, ela pigarreou.

— Bom... você se sente bem? — senti a sua mão macia na minha testa.

— A minha cabeça dói e estou com um pouco de sono ainda...

— Talvez seja a bebida que fez doer a cabeça, mas tem um remédio aqui, já toma e come alguma coisa. — empurrou o comprimido na minha boca e alcançou a água.

— Foi você que fez? Preparou o que vou comer? — ela assentiu bocejando. — Desse jeito vou ficar mal acostumado! Por acaso você comeu ou dormiu?

— Não, eu fiquei de olho em você e pesquisando sobre o que seu primo havia te dado, ele não queria te matar, senão você teria acordado com o antídoto.

— Vem aqui perto, senta aqui. — bati na cama e estranhamente ela veio. — Eu não te machuquei ontem, não é? Tive um sonho tão... quente com você.

— Não... — peguei uma uva e levei até a boca dela e outra coloquei na minha.

— Coma um pouquinho comigo. — Laura comeu a uva e se encostou em mim, praticamente deitando sobre o meu corpo, estava cansada.

Coloquei um morango na sua boca e não resisti, lhe dei um beijo suave, encostando os lábios nos dela, ela deu um sorriso bonito, mas seus olhos estavam quase fechando, era a minha vez de cuidar dela, teria que aguentar meu pau latejando, estava assim desde que acordei, mas Laura estava cansada.

— Não vai trabalhar essa noite, né?

— Não, pedi folga. Vou dormir um pouco, se você piorar pode me chamar... — ela disse e veio me agarrando, então tirei a mesa de cima de mim, enfiando um pedaço grande de pão sovado na boca, e Laura puxou o meu pescoço e colocou a perna esquerda sobre o meu corpo, me puxando pra ela. — Estou com frio...

— Já te faço esquentar! — ela sorriu, abriu parcialmente os olhos. Ela estava completamente agarrada à mim.

— Não seja maldoso, depois continuamos com o que começamos, agora estou morta... — enfiou o nariz gelado no meu pescoço.

— Eu não falei nada... não tenho culpa se tenho o corpo quente e o pau sempre duro..., mas não vou te incomodar... — eu estava falando quando vi que ela dormiu.

Me dirigi para o local, não troquei nem a roupa do trabalho, estava com um pouco de pressa.

Quando cheguei, Anita estava lá sentada, toda de branco, como de costume. Sorria largo depois de soltar o suco, ela é muito sensível.

— Alex! — ela levantou, veio na minha direção para me abraçar, porém não achei conveniente, e estendi a mão com antecedência.

— Querida, não quero ter problemas, aqui! — falei baixinho, vi que ficou desconcertada. Já estava escurecendo e eu morrendo de fome, então pedi algo pronto para comer, e um suco como o dela.

— Amor, não vai tomar a bebida que mandei preparar exclusivamente para você? — me apontou um copo bonito e decorado.

— Depois... eu quase não comi, estou com fome, então vou ficar com o suco por agora. — Ela fechou a cara.

Anita começou a lamentar o nosso término enquanto eu comia, e não quis ser rude. Então, quando comentei que estava tarde e eu precisava ir embora, ela me entregou um envelope.

— O que é isso?

— Provas de que você é enganado pela sua esposa! — arregalei os olhos, colocando a mão sobre aquele papel.

— Anita, que história é essa? Você nunca foi assim, como ousa acusar a Laura? — de repente comecei a me lembrar das palavras da Laura, dizendo que foi o Albert quem mandou colocar algo na minha bebida, comecei a me levantar.

— Não é história, abra! — segurou o meu pulso.

— Você veio com o Albert? — perguntei irritado.

— Não...

— Anita, ele tentou me matar ontem e depois desapareceu! Procurei por ele hoje e simplesmente sumiu, isso não vai ficar assim.

— Amor, deve ser outra armadilha daquela víbora que se casou. Ela é suja, baixa... ela dança numa boate para homens, expõe seu corpo, veja você mesmo! — quando ela disse aquilo, eu abri imediatamente o conteúdo do envelope, rasgando o papel amarelo e segurando muitas fotos.

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