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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 52

CAPÍTULO 58

Alexander Caruso

— Se eu conheço o amor? — a olhei intensamente. — Confesso que esperei qualquer pergunta vindo de você, jamais essa! — ela ficou em silêncio, essa mulher me observa a cada segundo.

— É uma pergunta simples, Siciliano! Você falou de amor com domínio lá dentro! — engoli seco, lembrando das coisas que falei.

— Eu vou ser sincero com você... eu não sei! Eu pensei que amasse a minha prima, mas era diferente, sabe? Acho que a presença feminina em casa, possa ter feito isso. Cresci sem a minha mãe, e ter Anita lá com a gente fazia o nosso dia mais leve. Então começamos a cuidar dela, e ela ficava cada vez mais lá.

— Seu pai também cuidava?

— Sim, ele tinha um carinho de filha por ela, por isso repugnava a minha escolha de casamento quando contei. Inclusive ele mudou o comportamento com ela, sei que foi culpa minha.

— Na verdade, passam tantas coisas pela minha cabeça. Tantas perguntas... — segurei na mão dela, olhei em seus olhos.

— Estamos casados, podemos conversar sobre tudo, agora!

— Pelo menos me diga que não a ama como mulher! — falou de olhos para o chão, segurei seu queixo e ergui.

— Laura... sei que pode parecer estranho, mas nunca senti o desejo que sinto por você, por ela. Era algo doce, mas como se eu tivesse medo de fazer qualquer coisa que ultrapassasse um beijo, e pensei que era comum, porque eu a amava, respeitava... bom! Quando me casei com você, as coisas mudaram.

— Me achava uma qualquer, por isso me desejava? — puxei seu rosto e a beijei delicadamente.

— Realmente... me desculpe por pensar assim de você. Eu até cheguei a me convencer de que o meu desejo por você era por não ser uma mulher pura, sinto muito!

— Eu nunca quis um casamento assim... — passei as mãos nos seus cabelos.

— Mas, Laura... as coisas mudaram, agora.

— Porque?

— Quando respondi o teu pai, eu só pensei em você. E não sei o motivo. Conheci o seu ponto de vista, sei o que passa para fazer o que gosta, não acho justo que ele queira te manter presa em casa porque tem medo de te perder. Talvez quando tivermos nossa filha eu pense diferente, mas vamos deixar para pensar nisso depois! — ela sorriu.

— Nossa filha? Fez planos sozinho, maledetto? — sorri ao moder a bochecha dela.

— Quero filhos! Alguns filhos, se possível!

— Ainda não me decidi quanto a isso, estou tomando remédio.

— Isso significa que voltará a me deixar ser feliz, dentro de você? — virou parcialmente o rosto. — Você vai me matar se não me deixar te ter! Nunca senti algo parecido do que quando estivemos juntos. Sou um homem prático, Laura... estive com mulheres fáceis, nunca com alguém como você. Quero você pra mim, só pra mim.

— Demorou, mas respondeu! Deveria ter falado de uma vez que é ciumento e possessivo, quer me arrancar de perto dos homens! — virou o corpo, se afastando e encostando no seu banco. — Isso o torna tão egoísta quanto meu pai! — falou mais alto, então começou a olhar para as minhas pernas.

— Laura!

— O que está fazendo no volante? Saia já daí, eu vou dirigir!

— Não sinto dores, pode deixar! Inclusive, preciso falar com Anita, posso te deixar em casa?

Capítulo 52 Um, dois! 1

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