CAPÍTULO 70
Alexander Caruso
— Porque fez isso? — foi a primeira pergunta da Laura quando entrei no carro. Não demorei para arrancar, fui dirigindo enquanto falei:
— É simples, esse cargo me foi oferecido, aceitei, cumpri com o prometido lá dentro, mas não sou digno de confiança, e você sabe muito bem o motivo. Casei por vingança, planejei coisas ruins para o próprio Don, merecia a morte. Você não! — ela ficou me olhando, mas essa era a verdade.
— Combinamos esquecer o ocorrido, isso pode morrer conosco, você se enganou, e ninguém jamais saberá! — ela parecia inconformada, mas para mim estava tudo bem, preferia trabalhar junto com ela, mas sobreviverei.
— Sua família é mais esperta do que pensa, Laura! Eles souberam que brigamos, souberam do tiro, podem ter descoberto mais coisas... enfim! Você merece ter a sua chance, a sua oportunidade, e eu posso trabalhar nos negócios do meu pai, tenho outras opções, fique tranquila!
— Eu poderia ter continuado com El Chapo. — mal pronunciou e freei.
— Prefiro mil vezes você com o meu cargo do que com aquele homem, ainda fazendo coisas em nome dele, engrandecendo um homem que não merece. — falei mais sério e ela sorriu. — O que foi?
— Fez isso por ciúmes! Volte agora mesmo e diga para o meu pai que se arrependeu, porque não vou ficar com o teu lugar! — falou séria e me irritei.
— Já chega, esse assunto está encerrado! Não quero você perto de El Chapo, e pronto acabou! — Laura balançou a cabeça, estava a ponto de explodir... vermelha e seu semblante estava péssimo.
— Volta lá, Alexander! — apontou para o percurso inverso, como uma ordem.
— Agora sou Alexander? Até pouco tempo atrás era Alex! — respondi mais firme.
— Esquece, prefiro você mais rude, não sei como reagir a isso, então faça o favor de voltar! — voltou a apontar, e aquilo me deixou irritado.
Arranquei com o carro novamente, comecei a dirigir muito rápido, enquanto ela ficava repetindo que eu tinha que voltar e odeio receber ordens.
Passamos por um caminho mais isolado, um dos lotes era de um grupo que exterminamos quando comecei a trabalhar como Capo-regime, eu sabia que estava abandonado, então entrei pelo portão que estava aberto, dei um cavalo de pau, que fomos parar do outro lado, desci do carro, Laura já estava levantando, a puxei pra fora e ela quis me empurrar, mas a prensei contra o veículo e a beijei.
Laura estava se esquivando, tentando me bater, apertava o meu peito, mas não deixei que me tirasse dali.
Ela só estava com uma arma, a desarmei e joguei para dentro do carro.


Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A prometida do Capo italiano