CAPÍTULO 07
Laura Strondda
Alex estava sentado no piso enquanto a água caía sobre ele, parecia enjoado. Ele tocou nas minhas pernas, fiquei parada na sua frente e ele olhando pra mim, quando entrei no box.
— Porquê está me provocando, assim? Nunca vi ninguém entrar no banho de lingerie, só pode estar tentando me deixar louco! — falou meio embolado.
— Não meu amor... eu só vim cuidar de você! Não sou a sua esposa? Hum? Vi que não está bem e vim te ajudar! — ele correu do meu olhar, soltou as minhas pernas, apoiou as mãos no chão. Fiquei observando, esse maledetto vai me contar o que está tramando, preciso descobrir.
— Então me lave! — falou ríspido, nem bêbado perde a oportunidade de ser grosseiro.
Peguei a esponja, passei o sabonete e comecei pelos ombros. Apertei um pouco, não serei carinhosa com esse idiota, não mesmo...
— Então... nunca gostou de mim, porquê me escolheu? — questionei apertando seu ombro com a esponja, e o maledetto gargalhou.
— Eu? Escolher você? Só pode ser piada! — segurei mais firme na esponja e com a outra mão segurei seus cabelos, também. Uma gracinha desse Siciliano e eu arranco seus cabelos fora.
— Não entendi...
— Cresci precisando engolir as ordens do meu pai, dizendo que eu me casaria com você! — virou a cabeça para trás, deixando a água cair no seu rosto. Puxei o seu cabelo com força, certamente doeu, ele reclamou: — Que isso?
— Então é um frouxo? Casou comigo, fez papel de bom moço, um trabalho imenso, só para fazer a vontade do seu pai? — puxei mais forte. — Ah, faça-me o favor! Aí ele faleceu e você resolveu cumprir a vontade dele, para fazer a sua última vontade? Esperava muito mais de você, Alex! — ele me olhou com raiva quando praticamente gritei essas palavras.
Não sei de onde tirou forças, mas me puxou até que eu estivesse no chão junto com ele, empurrou os meus ombros, encostei no box.
— Eu não te permiti falar do meu pai! E, não sou o frouxo que você falou, não! Não estamos casados por que o meu pai pediu, isso é coisa minha! Não se intrometa nas minhas coisas! — me apertou forte por um tempo, e depois soltou. Desviou o olhar de mim, tentou levantar, embora estivesse bêbado, seu corpo denunciava sua falsa postura.
Fiquei alguns segundos no chão, molhou parcialmente o meu cabelo e toda a lingerie, e por mais que eu estivesse com raiva, me concentrei na estratégia, ele precisava falar mais.
Alcancei a cintura dele, abaixei as calças e também a cueca, a minha mão esbarrou na bunda dele, que inclusive é bem bonita. Se esse Siciliano não fosse tão idiota, eu me arriscaria a saber como é ser tocada por um homem, não é de hoje que tenho essa curiosidade, mas agora não vou ceder, ele já deixou claro o seu objetivo, não posso me machucar, caso goste mais do que deveria.
De repente ele virou pra mim, e estranhamente empurrou o restante das calças no chão, ficando sem nada, então me abraçou.
— O que está fazendo? — me apertou mais forte, parecia se aconchegar em mim, era como se tudo aquilo tivesse passado e estivéssemos como antes.
— Sinto falta do seu toque... — enfiou o nariz no meu pescoço, a sensação foi estranha, agora que estamos assim, tão na defensiva um com o outro, mas o deixei ali por um momento.
— Porque está fazendo isso com a gente, Alex? — perguntei baixinho.
— Preciso vingar meu pai, meu amor! Eu prometo que depois eu volto te buscar... — estranhei a conversa, mas ele deslizou as mãos nos meus braços e voltou para o meu pescoço. — Porquê não passou o perfume que eu gosto, Anita? — “Anita?“ Quando ouvi aquilo me senti uma idiota. Fiquei paralisada sentindo aquele maledetto tocar no meu cabelo com ternura, e lembrei que deveria tê-lo matado. “Que merda eu ainda fazia ali? Se não enfiei nenhuma das minhas belezinhas no seu peito?“
“Não posso me conter... não consigo respirar... que droga!“
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