CAPÍTULO 89
Alexander Caruso
Eu não conseguia nem olhar para os olhos do Salvatore quando o ouvi confessar na minha cara que matou o meu pai. Eu nem me lembrava tamanha era raiva que eu guardava dentro de mim, tive vontade de destruir aquela sala inteira, matá-lo com as minhas próprias mãos.
Demorei alguns segundos para reagir, me senti imobilizado, o meu coração estava sendo esmagado novamente, foi como se eu tivesse voltado ao dia do crime, vendo o meu pai no chão, cheio de tiros e morto.
Sem pensar, voei para cima de Salvatore, lhe dando um soco bem dado. A segunda vez que fui pra cima, ele também segurou no meu colarinho e ficamos medindo forças, um contra o outro. Fiquei satisfeito que ninguém interferiu.
— EU VOU TE MATAR, SEU INFELIZ! — gritei. Percebi que as armas estavam todas apontadas para nós dois, e agora eu já nem sabia se mataria ou morreria, mas eu não conseguiria viver novamente, sabendo que descobri quem foi o assassino do meu pai e o deixei vivo, e agora já não me importava se ele era da família da Laura ou não. Ela era a minha esposa, ele não era nada!
— NÃO QUERIA PORRA DE DINHEIRO NENHUM! COMO ACUSA ALGUÉM SEM SABER OS MOTIVOS? — Salvatore gritou, então me desvinculei, dei outro soco nele, que caiu sobre a mesa, fazendo as coisas caírem.
— Antony! Ordene que prendam os dois, não podem se matar sem que Salvatore seja julgado! — ouvi a voz do Hélio.
— Não, o Antony está certo! Se Salvatore matou o pai dele, merece apanhar! Se fosse meu pai, eu faria o mesmo! — Maicon, consigliere do Don Antony falou, mas eu só queria bater em Salvatore.
— Eu sempre soube que não deveria confiar nele, eu disse! — Enzo falou. As opiniões estavam divididas, e eu só tinha a certeza da morte dele.
— QUE MERDA VOCÊ FEZ, SALVATORE? — Pablo gritou, agora puxando Salvatore de mim, e o olhando furioso. — QUE MERDA! AGORA QUE EU ESTAVA COMEÇANDO A CONFIAR EM VOCÊ!? — ambos se encararam, mas entrei na frente do meu sogro.
— Eu o respeito e respeito seu filho, mas não posso deixar passar! Exijo que deem esse homem para tortura e execução! Ele matou um inocente, sem piedade alguma, sabe se lá porquê... — de repente levei um soco de Salvatore e a confusão ficou ainda maior.
— MALEDETTO! VOCÊ NÃO SABE OS MEUS MOTIVOS! SEU PAI MERECEU CADA BALA QUE LEVOU. A ÚNICA COISA DE QUE ME ARREPENDO É DE NÃO TER LEVADO ELE PARA TORTURA, ASSIM EU FICARIA EM PAZ! — Salvatore gritou, nos embolamos de novo.
Agora fomos para o chão, e o maledetto ainda se achava no direito de alguma coisa, parecia bravo.
— VOCÊ VAI MORRER! — grutei e subi em cima dele e puxei a arma, mas antes que eu apontasse pra ele, Don Antony já havia pego.
— Sem armas! Se quer descontar a sua raiva, posso permitir por um curto período, mas nada de arma, ele será julgado! — fiquei com raiva, pois eles não sabiam o que eu estava sentindo, não imaginavam, e ainda assim, não queriam me deixar fazer nada.
— ELE MATOU O MEU PAI, PORRA! — gritei com todos, Salvatore tentou levantar, mas com a raiva que eu estava, o mantive no chão, até que ouvi a voz dela:


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