Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 70

Resumo de 62: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo do capítulo 62 de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Neste capítulo de destaque do romance Romance Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, Célia Oliveira apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

— O que faz aqui?

— Bem. — Comecei — Me desculpa. — Eu estava toda sem jeito. — Estou fazendo um teste para trabalhar aqui.

— Trabalhar aqui? — Perguntou sério.

— Sim, na faxina e na copa, hoje é o meu primeiro dia, sinto muito por isso.

— Você e um pouco desastrada não é?

Quando ia responder, Rafaela apareceu.

— Bom dia doutor Tácio, essa é a Aurora, ela está treinando para trabalhar conosco.

Eu não podia acreditar, o doutor era o mesmo homem que esbarrei há alguns dias, e que me comprou o celular.

— Aurora — Pensou antes de falar. — Por que ia saindo tão depressa?

— O rapaz que acabou de fazer a entrega do café, deixou a carteira cair, ia tentar alcançá-lo.

— Olha aqui. — entrou na copa, e mostrou um caderno. — Sabe o que é isso? — Insinuou para o que estava em sua mão. — Isso é uma agenda, contém o número de telefone dele, não precisa correr por aqui, isso é uma clínica, há pacientes com problemas de visão, imagina esbarrar em um deles. — falou nervoso.

— Me desculpa, não era a minha intenção. — Me senti muito constrangida, ainda mais, por saber quem era o médico, e por ser apresentada desse jeito.

— Que seja, não quero que esse erro se repita outra vez, Rafaela, traga meu café no meu escritório.

— Sim senhor.

O homem saiu a passos largos e batendo a porta, me desesperei, pois sabia que iria perder o emprego.

— Foi um acidente, Rafaela.

— Eu sei, não se preocupa, eu vou conversar com ele, o doutor anda um pouco estressado por esses dias, a raiva dele não foi para você.

— Obrigada.

Rafaela colocou o café do médico na bandeja e saiu, e eu fiquei ali, muito sentida e preocupada, logo peguei meu celular e liguei para o número do rapaz da agenda e o avisei sobre a carteira, ele todo agradecido voltou e buscou.

O resto do dia, fiquei repondo as garrafas, que se esvaziavam rápido, pelos pacientes que passavam por ali, quando deu meu horário, eu saí, logo passei na mesa de Rafaela.

— Oi Aurora, eu já ia atrás de você.

— O que houve, não é para eu vir amanhã?

— Pode sim, eu conversei com o doutor, ele disse que pode vir, como falei antes, ele anda um pouco estressado, mas a culpa não é sua, pode vir amanhã no seu horário normal, eu não estarei aqui, mas você já sabe o que fazer.

— Obrigada Rafaela.

Após sair do consultório, voltei para a pousada, o resto da tarde, fiquei no quarto tentando assimilar o que fazer da vida, eu era uma garota de 18 anos, que não tinha o apoio da mãe e nenhuma família, e havia deixado para trás as únicas pessoas que se importavam comigo e de quem estava morrendo de saudades.

A noite, desci para o pequeno bar, pedi que me servissem um petisco, peguei meu celular, eu sabia o número de Oliver decorado, eu só precisava fazer uma única chamada para saber como ele estava, disquei seu número, e antes de apertar o botão verde, fui interrompida.

— Boa noite.

— Ah, boa noite.

Respondi sem jeito, era o doutor Tácio.

— Seu nome é Aurora, não é mesmo?

— Você morava na vila certo?

— Não, na fazenda mesmo, eu era babá do filho do Oliver. — Ao falar isso, meu coração, parou algumas batidas.

— Ele tem um filho? Que interessante, eu cheguei a ver a noiva dele, algumas vezes, uma mulher muito bonita por sinal, diziam que ele fazia as festas para agradá-la, e devia ser verdade mesmo, uma mulher daquelas é de se fazer todas as suas vontades mesmo.

Uma pitada de ódio me subiu na cabeça, e ciúmes também, não negaria, Liana era bonita? Claro que sim! Mas o que tinha de linda, tinha de maldade e podridão, na verdade, ela era uma cara bonita, desperdiçada numa pessoa de interior feio.

— Beleza não é tudo senhor.

— Isso é verdade. — Parou para me observar — Mas me fala. Porque saiu de um lugar tão longe e veio parar aqui, tem algum familiar que mora nesta cidade? — Perguntou curioso.

“Porque a mulher que você acha linda armou uma cilada para o homem que eu amo, e a única forma de salvá-lo foi abrindo mão da minha felicidade”

Pensei responder isso e cortar logo essa conversa, mas apenas respondi.

— Não, na verdade, não conheço ninguém por aqui, esse lugar me veio de uma forma aleatória, vim por motivos pessoais. — Respondi e logo fiz silêncio.

— Tudo bem, olha. Hoje pela manhã, sinto muito se fui rude com você, eu não estava num bom dia, me perdoe.

— Tudo bem, deixe essas coisas no passado.

— Eu não sou uma pessoa ignorante, e não trato as pessoas mal, você vai descobrir isso com o tempo.

— Como assim com o tempo? Ainda estou em teste, não é certeza se irei ficar.

— Não Aurora, eu gostei de seu trabalho, Rafaela me falou que você é uma pessoa pontual, então saiba, que já está contratada, e quer saber de uma coisa? Algo me diz, que nos daremos muito bem.

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