Ivy Hunter-
Mais um dia começou e lá estava eu, cheia de pensamentos intrusivos.
Assim que Christian saiu para trabalhar, senti um peso no peito. A casa estava silenciosa e por mais que eu quisesse aproveitar aquele tempo sozinha para descansar, minha cabeça estava a mil com tudo o que estava acontecendo.
Sem pensar muito, peguei o celular e disquei o número de Amanda. Assim que ela atendeu no terceiro toque, respirei aliviada.
— Até que enfim lembrou que tem uma amiga! — Ela brincou e logo voltou a ficar séria. —Ah, eu soube o que houve. Sinto muito Ivy.
Assim que ela falou, soltei um respiro profundo e sorri.
— Não precisa disso, já estou me recuperando. – Respondi dando uma pausa, continuando em seguida. — Preciso da sua companhia. Vamos ao banco comigo?
— Você sabe que eu nunca nego um rolê. Te encontro lá em vinte minutos. – Disse Amanda de prontidão, desligando em seguida.
Joguei o telefone em cima da cama e fui até o closet pegar um vestido confortável e um par de sandálias baixas, saindo de casa em seguida com minha bolsa nos ombros.
Assim que cheguei ao banco, Amanda já estava na porta, me esperando com um café na mão.
— Você me deve um café depois disso — ela avisou, me entregando um copo extra. —E aí, é alguma coisa séria?
Assim que ela perguntou, assenti com a cabeça.
— Digamos que sim. Eu nem sabia que tinha uma herança! – Brinquei e ela riu. —Vou falar com o gerente, me espera um instante?
—Vai lá! Estou esperando uma pessoa mesmo. Você vai me agradecer por isso depois. – Disse ela piscando e então eu soltei um riso, entrando no banco em seguida.
Assim que fui chamada, um homem bem-apessoado me cumprimentou com um sorriso profissional, mas algo no jeito que ele segurou minha mão fez minha pele arrepiar — e não de um jeito bom.
— Em que posso ajudá-la? — Perguntou ele, ainda segurando minha mão um pouco além do necessário.
Retirei-a discretamente e deslizei o papel sobre a mesa.
— Meu avô deixou isso para mim, e eu queria transferir a conta para essa cidade. Além disso, gostaria de manter o dinheiro investido.
Ele pegou os documentos, analisando-os com interesse.
— Seu avô era um homem muito respeitado. Será uma honra tê-la como cliente. Vou cuidar de tudo e retorno assim que obtiver uma resposta. – Disse ele se levantando, ficando de frente para mim.
— Agradeço. Ficarei aguardando! – Falei me levantando para sair apressadamente de lá.
Assim que saí do banco, o vento fresco da manhã bateu contra meu rosto, me trazendo uma sensação de alívio. Ainda processava tudo o que havia conversado com o gerente quando avistei Amanda parada um pouco à frente, conversando animadamente com alguém.
Ao me aproximar, reconheci Dominic. Seu cabelo escuro estava levemente bagunçado, e o sorriso que carregava no rosto era do tipo que fazia qualquer pessoa se sentir bem-vinda.
— Olha só quem finalmente resolveu aparecer! — Ele brincou, abrindo os braços para um abraço. Sorri e aceitei o gesto caloroso. Dominic sempre foi assim: leve, fácil de se gostar.
— Como você está, Ivy? — Ele perguntou, me soltando e me analisando com atenção.


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