Laura Stevens –
Os lábios de Christian tomaram os meus com uma firmeza embriagante, quente e intensa. Ele não me deu tempo para reagir, para pensar ou sequer me afastar. Sua boca exigia, reivindicava, e eu senti meu corpo inteiro queimar sob aquele toque.
Minhas mãos se apertaram contra o peito dele em um impulso irracional, mas, ao invés de afastá-lo, acabei puxando sua camisa, como se precisasse de algo para me segurar.
O gosto do vinho misturado ao sabor dele era viciante.
Minha respiração se tornou errática, meus pulmões exigindo mais ar do que eu conseguia fornecer.
Christian deslizou a língua sobre meus lábios, pedindo passagem e eu acabei cedendo sem resistência.
Droga. Eu sempre cedia!
Um gemido baixo escapou dos meus lábios quando ele aprofundou o beijo. A língua dele explorou a minha, tentando sentir ainda mais o meu gosto.
Eu estava enlouquecendo sobre ele. Eu estava me perdendo por completo.
Senti os dedos dele apertarem a minha cintura, me puxando ainda mais contra seu corpo e o calor que senti abaixo de mim fez minha mente girar.
Ele estava excitado, completamente duro embaixo de mim e eu podia o sentir por completo, mesmo ele estando com roupas.
Perdi a cabeça e comecei a me mover sem escrúpulos em cima dele o sentindo segurar a carne da minha “bunda”, ditando meus movimentos. Eu estava quente, a respiração dele pesada e eu sentia o quanto aquilo estava me enlouquecendo.
Foi só então que me lembrei de que Dominic ainda estava ali e então, o choque percorreu meu corpo como um balde de água fria.
Com esforço, me afastei de Christian, tentando sair de cima dele, mas ele não permitiu.
— Christian… — tentei dizer algo, mas minha voz falhou miseravelmente.
Ele não respondeu. Apenas ficou me olhando, mostrando sua frustração.
Tentei engolir a confusão que se misturava ao desejo em meu peito e me levantei rapidamente, puxando a manta sobre ele de forma brusca.
Christian respirou fundo e irritado, levando seus braços fortes para debaixo da cabeça, me encarando com os olhos escurecidos.
—Boa noite! – Falei irritada, indo para as escadas seguindo para o quarto.
Mal cheguei no corredor do andar de cima, quando senti uma presença avassaladora atrás de mim.
Antes que pudesse reagir, Christian me girou com brutalidade e me prendeu contra a parede com seu corpo quente, me cercando por completo.
Meus lábios se entreabriram em um suspiro trêmulo e então, seus olhos encontraram os meus.
Escuros. Famintos. Selvagens. - Ele parecia um animal insaciável, prestes a devorar sua presa.
— Eu senti tanta falta disso… — murmurou ele contra minha boca, com sua voz carregada de desejo e fúria contida.
Antes que eu pudesse processar suas palavras, Christian capturou meus lábios em um beijo feroz, desesperado.
Sua língua invadiu minha boca, reivindicando cada parte de mim sem piedade.

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