Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1010

“Rafael”

Eu estava sempre escolhendo a mulher errada, talvez eu devesse pensar em uma vida de celibato. Minha vida amorosa poderia ser descrita como uma ópera de desilusões constantes, desde a adolescência. A mais recente, Melissa Lascuran. Pra quê eu coloquei os olhos nela?

Eu sempre a via pelo prédio com o Fernando, mas aí ele sumiu, eu passei a encontrá-la sempre sozinha e nunca via o carro dele na garagem, pensando agora, talvez por causa dos meus horários no bar, saía à noite e quando voltava no dia seguinte já passava das dez da manhã. Mas ultimamente ela andava sozinha e parecia sempre triste, isso só podia significar que eles tinham terminado.

Aí ela começou a ajudar a minha filha, não só com a matemática, ela dava conselhos e estava sendo uma influência positiva para a Giovana. Como diz o ditado “quem beija os meus, meus lábios adoça”, e adoçou até tomar conta da minha cabeça. E depois veio a história do casamento do amigo. Como eu não iria me interessar por aquela mulher? Ela era incrível!

Mas aí, no casamento, o Fernando estava lá, com ela. Eles não tinham terminado, ele só a estava deixando muito sozinha. E como eu sou um expert em relacionamentos fracassados eu podia sentir o cheiro de relacionamento em crise a quilômetros de distância. E o deles estava em crise. E ele a deixou sozinha no casamento. E ela merecia muito mais que um homem que não a colocava em primeiro lugar.

Eu deixei que ela percebesse as minhas intenções, pelo menos eu acho que deixei, eu me aproximei mais, disse que ela merecia mais. Mas aí, eles se acertaram, ela deixou isso claro pra mim. Era hora de aceitar que eu coloquei os olhos na mulher errada de novo e manter distância. E eu estava fazendo isso sentado na sacada do apartamento com um porte de sorvete de chocolate.

- Pai, minha mãe quer falar com você. – A Giovana se aproximou e me entregou o celular.

- Oi, Rai. Como você está? – Eu a cumprimentei com carinho.

Nós sempre fomos bons amigos. Amigos que tomaram um porre chorando as mágoas e acabaram passando uma única noite juntos e disso nasceu a Giovana. E nós continuamos amigos, criando a nossa filha, até que a Raíssa resolveu se mudar para o Japão por causa de um namorado, parecia ser o amor da vida dela, mas ela estava muito insegura e nós achamos melhor que a Giovana ficasse até ela se estabilizar por lá. E depois a Giovana não quis ir, o que irritou bastante a Raíssa, mas, ela acabou aceitando.

- Estou bem, Rafa, mas soube que você está apontando esse dedo podre pra alguém. Não vou te perguntar quem é porque a Gi já me deu a ficha completa. Mas, Rafa, a moça é comprometida, meu amigo! – A Raíssa, como boa amiga, sempre metia o nariz dela nos meus problemas.

- Pois é, Rai, ainda bem que você conhece a minha vocação para problemas amorosos. – Eu suspirei.

- Rafa, sai dessa ou você vai se machucar. – Ela me alertou e eu sabia que ela tinha razão.

- É, eu já estou fazendo isso. – Eu ri.

- Ah, com certeza está se acabando em sorvete de chocolate ao invés de estar por aí se divertindo. – Ela me reprovou.

- Eu não sou o tipo que fica por aí se divertindo. – Ela sabia disso.

- Você é dono de um bar badalado, Rafa! É um cara gato, mesmo a nossa filha te chamando de velho. Deve ter um monte de mulher se jogando em cima de você.

- Nenhuma que esteja interessada realmente em um gato velho. – Eu ri.

- Meu deus, você parece uma viúva chorando! – Ela reclamou. – Olha só, larga o sorvete e procura uma mulher interessante e solteira. E fica do olho na Gi, porque ela vai aprontar, ela gosta da garota e já está criando um milhão de fanfics pra vocês na cabecinha oca dela.

- Obrigado, pelo aviso. E não se preocupe.

Nós ainda conversamos um pouco sobre a vida dela no Japão e sobre como ia a adolescência mais do que complicada da nossa filha. Depois eu chamei a Giovana, era hora de ser o pai chato e impor limites.

- Senta aí! – Eu falei assim que ela colocou a cabeça pela porta da sacada.

- O que a minha mãe falou? – Ela perguntou já emburrada.

- Nada que eu já não soubesse. – Eu respondi. – Você errou as questões na prova de propósito, não foi, Giovana?

- Pai, é claro que...

- Não ouse achar que me faz de idiota! Todas essas armaçõezinhas que você faz, todas as coisinhas que você apronta, não são novidade pra mim. Eu já tive a sua idade. – Eu a encarei.

- Pai, se eu acertasse tudo na prova, ela ia deixar de me dar aulas. – A Giovana falou com um tom beirando o desespero. Pura chantagem adolescente.

- Muito bem! Você gosta dela, Gi? – Ela fez que sim. – Pois então seja honesta com ela! Aprenda que mentir, manipular, usar as pessoas não são coisas que uma pessoa decente faz.

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