“Fernando”
Meu fim de semana com a Mel foi tão bom, que eu estava chateado por ter acabado. Nós andamos pela cidade, comemos em restaurantes diferentes e passamos muito tempo no quarto. Nós nos reaproximamos, eu precisava muito disso e nem sabia.
Mas a segunda feira havia chegado e nós precisávamos voltar. Eu deixei a Melissa na Lince Mundi e fui direto para a farmacêutica, na hora do almoço eu iria em casa deixar as malas e pegar o celular. Cheguei no horário e fiquei satisfeito por isso, eu gostava de pontualidade.
- Nandinho, bom dia! – Eu ainda nem tinha ligado o meu computador e a Jennifer já estava pendurada em minha mesa.
- É Fernando, Jennifer, aprenda de uma vez! – Eu tinha que me livrar dessa sarna.
- Por onde você andou o fim de semana inteiro? – Ela me ignorou e continuou passando do limite.
- Isso não te interessa. – Eu respondi.
- Eu te liguei o fim de semana inteiro. Era importante. – Eu duvidava muito que fosse.
- Sei. – Eu estava mais interessado em começar a trabalhar.
- Meu irmão queria que você explicasse o relatório para ele ontem. – Minha nossa, mas ela iria insistir até que horas?
- Seu irmão sabe ler, Jennifer, ele é o meu chefe, tenho certeza de que pode compreender um relatório simples. – Eu respondi com a voz monótona de quem não estava interessado no assunto.
- Nossa, o que aconteceu no fim de samana? Você está tão mau humorado! – Ela falou, mas estava muito longe da verdade, eu me recostei na cadeira e a encarei.
- Pelo contrário, eu tive um fim de semana maravilhoso com a minha namorada. Nós viajamos, eu fiz uma surpresa para ela e ela é uma mulher sensacional que me deixou, como dizem, caminhando nas nuvens. Agora, Jennifer, se você me dá licença, eu preciso trabalhar. – Eu respondi e me virei para o meu computador outra vez.
- Pra onde você foi? E por que não atendeu o celular? – Ela insistiu nas perguntas.
A Jennifer me irritava mais do que qualquer outra pessoa no mundo. Eu decidi ignorá-la, eu era bom em ignorar as pessoas, podia fazer isso. Eu a deixei sem resposta, ela ficou parada lá, repetiu as perguntas, mas com a minha atenção totalmente voltada para o computador, ela desistiu depois de alguns minutos e se afastou, mas não tanto, a mesa dela era ao lado da minha, mas pelo menos ela se calou e eu pude trabalhar em paz pelo resto da manhã.
Quase na hora do almoço o presidente da farmacêutica saiu do elevador com o Bóris, o que chamou a atenção de todos, ele nunca visitava os andares da empresa, ou quase nunca, vivia enclausurado em sua sala no último andar e tinha até um elevador privativo para que os funcionários não tivessem acesso a ele, apenas a diretoria.
- Jen, querida! – Ele parou para cumprimentar a sobrinha.
- Oi, titio! – Ela pulou em seu pescoço.
- Soube que você foi passar o final de semana na Pousada Bangalô, só não entendi porque você foi sozinha. – A Jennifer ficou nitidamente constrangida e eu achei aquela coincidência estranha demais.
- Eu esperava encontrar uma pessoa lá, titio, mas ele não foi. – Ela respondeu ao tio, o que me fez pensar.
Eu havia falado sobre a pousada ao telefone com o Enzo, será que essa criatura chegou ao absurdo de ficar escutando as minhas ligações? Pior ainda é se ele foi para lá pensando em atrapalhar o meu relacionamento, isso seria ridículo!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......