Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1013

“Fernando”

Eu apertei a mão da Melissa na minha antes de caminhar em direção ao meu tio que já nos esperava na porta. Ele nos olhava com satisfação, como se esperasse por aquele momento há muito tempo.

- Meus sobrinhos queridos! – Ele abriu os braços e acolheu a Melissa e a mim ao mesmo tempo.

- Tio Álvaro, impressão minha ou você sempre soube que eu viria? – Eu dei um sorriso sem graça.

- Nando, sendo bem sincero, eu sabia que esse dia chegaria, o hospital está no DNA dos Molina. E acredite, você não é o primeiro a querer fugir dele. – Meu tio despertou minha curiosidade.

- Minhas primas já fugiram. – Eu brinquei e ele fez uma careta pra mim, nos convidando a entrar.

- Aquelas duas. – Ele bufou. – A mãe as mimou demais e elas agora acham que são estilistas, mas têm um mau gosto assustador. Não é porque são minhas filhas que eu vou mentir. E ainda escolheram aqueles maridos... nenhum dos dois se interessa pelo hospital. Só sobrou você, Nando.

- Isso deveria ser lisonjeiro? Porque não foi. – Eu reclamei e ele riu.

- Sobrinho, você precisa começar a pensar no hospital como sua herança, não como sua maldição. – Ele tentou me consolar, mas só piorava. Eu me sentei com a Melissa ao meu lado, sentindo o peso da escolha que eu estava fazendo.

- Tio Álvaro, essa coisa de herança, geralmente termina com famílias se digladiando por uma fatia maior e o que era uma família unida se torna um bando de canibais tentando devorar uns aos outros. – Eu lamentei, ainda relutante.

Não que eu fosse próximo às filhas dele, até porque elas eram mais velhas que eu e sempre foram mais próximas da família materna, mas nós nos dávamos bem e para mim estava ótimo.

- Lembre-se que você é filho único, não terá com quem brigar e metade daquele hospital já é sua, eu vou garantir que você seja dono dele inteiro, assim, nem minhas filhas ou os maridos ou os filhos deles poderão te perturbar. – Meu tio fez um alerta soar dentro de mim.

- Do que você está falando? – Eu perguntei alarmado.

- Você está vindo para o seu lugar, Nando, e eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Aquele hospital é seu, a minha parte daquele lugar já está no seu nome. – Ele me encarou e eu senti como se estivesse congelando de terror.

- Você não pode fazer isso. É o seu legado para as suas filhas. – Eu protestei.

- Ah, agora você está entendendo. O hospital não é só uma herança pura e simples, ele é um legado que vai além do patrimônio material, ele é feito dos ensinamentos e valores da nossa família. E você mal o conhece, talvez por isso fique tão reticente em enfrentá-lo. Nós fazemos coisas grandes lá, Nando, coisas boas. Nós não somos apenas uma instituição privada de saúde, nós fazemos o bem e muita filantropia. – O discurso dele era sedutor.

- Mas você não pode deixar a sua parte pra mim. – Eu reclamei.

- Você é o único nessa geração com o coração no lugar certo. E eu sei que você e a Melissa vão colocar os filhos de vocês no caminho certo também. – Ele sorriu para a Melissa. - E não se preocupe, eu já fiz todos os trâmites e minhas filhas concordaram e respiraram aliviadas por se livrarem dele. Eu tenho outros negócios que elas herdarão e que as interessa mais.

- Eu tenho que ir para o hospital. – Eu comentei e eles riram.

- Já está ficando animado, Mel! – Meu tio comentou entusiasmado.

- Não, é sério, eu tenho que ir para o hospital agora, está tudo girando. – Eu comentei.

- Nando, respira e não pira! – A Melissa instruiu. – Ih, tio Álvaro, acho que deu uma crise de pânico.

- Nando, respira devagar. – Meu tio segurou o meu pulso. – Vamos, Nando, respira fundo.

Eu fiz o que ele mandou, mas era muita informação ali, muita responsabilidade sendo colocada de uma vez sobre meus ombros e eu estava pensando que não tinha mais para onde correr. Quando eu consegui voltar a respirar, meu tio colocou um copo com conhaque em minha mão.

- Bebe isso! – Ele mandou e voltou a se sentar.

- Eu não bebo! – Eu falei como se ele não soubesse.

- Estou falando como médico, bebe isso. Vai ajudar você a relaxar um pouco para que eu possa te falar o resto. – Ele não estava me dando opção.

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