“Melissa”
Nós ficamos horas na casa da Cat, foi bom desabafar com a minha amiga, nós jantamos com eles e quando chegamos em casa o Nando parecia um pouco menos estressado. Mas nós mal havíamos entrado em casa quando a campainha tocou.
- Ué, que estranho! – Eu olhei para o Nando, ele estava perto da porta, olhou pelo olho mágico e a abriu.
- Oi, Nando. – A Giovana estava à porta. – A Mel está?
- Claro, Gi, entra. Vou deixar vocês à vontade. – Ele sorriu pra mim e se retirou.
- Oi, Gi! O que foi? – Eu achei estranho ela aparecer àquela hora, já passava das nove.
- Desculpe a hora, Mel, mas meu pai disse que eu não poderia deixar para amanhã. – Ela falou e parecia nada contente com o pai.
- Senta. O que foi? – Eu a convidei, mas ela fez que não.
- Vai ser rápido, Mel. É o seguinte, eu menti para você, me desculpe. Eu errei de propósito as questões na prova para que você continuasse a me dar aulas. – Ela disparou.
- Gi, por que você fez isso? Você sabe que se prejudicou. Era só me pedir que eu continuaria te dando as aulas. – Eu fiquei preocupada por ela agir assim.
- Ah, Mel, eu gosto tanto de você e você é tão legal, eu não queria que você deixasse de dar as aulas e se afastasse. – Ela estava olhando para o chão.
- Gi, eu moro no andar de cima. Você pode vir aqui em casa quando quiser. Você não precisa pensar que eu vou desaparecer se não der mais as aulas pra você. – Eu expliquei.
- Obrigada, Mel. Me desculpa?
- Claro que desculpo, mas você não pode mentir, especialmente para os seus amigos. E nem se prejudicar para conseguir o que quer. Nem manipular as pessoas, entendeu? – Eu fui um pouco mais severa com a última parte.
- Entendi. E o meu pai se encarregou de passar a mensagem, além de me fazer vir aqui, ele tirou os meus eletrônicos. – Ela lamentou. – Obrigada, Mel, por ter me ajudado. Eu não vou precisar mais das aulas, porque o meu pai resolveu me castigar ainda mais pela mentira e me matriculou numa escola de reforço escolar. – Ela parecia brava com o pai.
- Isso vai ser bom pra você, mas se precisar você sabe que pode contar comigo. – Eu a abracei. No fundo a Giovana ainda era uma menina cheia de inseguranças e que sentia falta de uma figura feminina em sua vida, mesmo que a mãe estivesse sempre em contato.
- Bom, eu já vou, porque o meu pai me disse que eu tinha cinco minutos. – Ela se virou para a porta.
- Parece que você deixou o seu pai bem bravo. – Eu comentei.
- É, minha mãe também deu uma ajudinha quando ligou no sábado. – Ela bufou. – Pra você ver, ela lá no Japão, do outro lado do mundo, consegue me punir aqui.
- Japão? Eu jurava que você tinha me dito Austrália? – Eu fiquei um pouco confusa.
- Não, Mel, quem está na Austrália é a irmã da minha mãe. Eu queria ir morar com ela, mas meu pai disse que eu só saio da casa dele se for pra morar com a minha mãe e com a minha mãe eu não quero morar, ela é terrivelmente mandona! – Ela revirou os olhos e eu ri.
- Sua mãe quer o melhor pra você! – Eu garanti.
- É o que ela diz. – Ela sorriu. – Deixa eu correr ou o velho vai dobrar o meu período de castigo.
A Giovana me jogou um beijo e disparou pela porta. Sorrateiramente o Nando saiu do corredor e veio me abraçar.
- Quer dizer que uma adolescente estava manipulando você? – O Nando riu.
- Ai, Nando, eu fico com pena, ela deve sentir falta da mãe. – Eu comentei.
- Ela estava era querendo substituir a mãe isso sim. – O Nando riu. – É melhor que ela vá para uma escola de reforço.
- Ah, não, Nando, não acredito que você está pensando que a Giovana queria me juntar com o pai dela. – Eu o encarei achando um exagero, a menina só queria uma companhia feminina que falasse com ela e desse conselhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......