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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1017

“Melissa”

Eu estava muito orgulhosa do Fernando, manteve a palavra e os princípios dele. Eu admirava isso, mas eu ainda não tinha engolido aquela fulaninha e se ela aparecesse no meu caminho outra vez eu ensinaria uma liçãozinha pra ela. Eu tinha acabado de escovar os dentes quando a campainha tocou.

- De novo? Manhã agitada, quem será? – Eu falei comigo mesma e fui em direção a porta, bufando quando olhei pelo olho mágico. Eu abri a porta e encarei aquele homem.

- Melissa, me desculpe, mas eu gostaria de trocar umas palavrinhas com você. – Ele sorriu, tentando ser simpático, mas eu não fui com a cara dele.

- Entre, Sr. Domani. – Eu dei passagem ao homem. – Eu não sei o que o senhor pode ter para falar comigo.

- Ora, você sabe. Fernando, querida. – Ele sorriu e eu fechei a porta desinteressada. – Melissa, talvez a situação do Fernando na farmacêutica tenha sido mal avaliada.

- Mal avaliada. – Eu ri. – Na verdade ele foi desvalorizado mesmo, tratado como um utensílio descartável.

- Isso não teria acontecido se tivesse chegado a mim quem ele realmente é. – Ele falou como se isso justificasse algo.

- Justamente o que ele não queria. Como eu posso ajudá-lo, Sr. Domani? Ou melhor, o que o senhor realmente quer? – Eu não tinha paciência para essa conversinha fiada.

- Melissa, pelo que eu sei você é uma moça muito inteligente e como namorada do Fernando deve ter muita influência sobre ele. – Ele falou sem tirar aquele sorrisinho da boca. Ele ia dar o bote.

- Eu não diria influência, o Fernando toma as próprias decisões, tanto que, por mim, ele já teria deixado essa farmacêutica há anos. – Eu fui direta.

- Mas ele a deixou agora, depois de muito tempo lá. Isso me faz pensar que, se o Fernando estava trabalhando pra mim é porque o hospital da família não estava entre as aspirações dele. – Ele me encarou como se buscasse algo.

- Ou ele só estava adquirindo experiência. – Eu dei de ombros.

- Ora, vamos, Melissa, você sabe que eu estou certo. – Ele insistiu e eu mantive a minha cara de paisagem. – Veja bem, me ajude a trazer o Fernando de volta. Isso vai ser bom para todos, ele vai ficar feliz e um namorado feliz é melhor que um namorado frustrado.

- Ora, vamos, Domani, você sabe que eu não vou fazer isso! – Eu lhe devolvi suas palavras. O que aquele homem queria ali, ele não conseguiria.

- Melissa, eu posso ser muito generoso com vocês dois. – Ele falava com a voz macia, tentando me convencer, como se fosse o próprio diabo.

- Nenhum de nós dois precisa da sua generosidade, guarde-a para quem precisa, como a sua sobrinha, por exemplo, aquela sonsa, que fica dando em cima do namorado dos outros, usando as pessoas para fazerem o trabalho dela, ao invés de estudar e se qualificar. – Eu estava perdendo a paciência.

- Reconheço que a Jennifer não é das mais brilhantes, mas ela é bonita, não precisa ser inteligente. E mulheres inteligentes são superestimadas, cansam os homens, nós preferimos as que não tentam nos superar. – Ele sorriu, a malícia brincando em seus olhos.

- Minha nossa! Não me admira ela ser como é. – Eu estava bem chocada com o que eu tinha acabado de ouvir. – Olha, faz um favor pra nós dois, sai da minha casa! – Eu abri a porta e indiquei a saída.

- Mel, mantenha-se longe do Domani, daquela família e daquela farmacêutica. Eles não são confiáveis. – Meu pai me alertou.

- E o que eu faço, pai? – Eu precisava saber como agir.

- Vai até o Nando agora e conta o que aconteceu, o deixe alerta. Entendeu? Eu vou fazer umas ligações e tentar afastá-lo de vocês. Mas fique atenta. – Meu pai pareceu ter ficado bem preocupado, o que foi uma novidade pra mim, geralmente ele era como um monge budista, nada o abalava.

- Tudo bem, pai, vou fazer o que você disse. – Eu garanti.

Depois de falar com o meu pai, eu mandei uma mensagem ao Heitor para que ele soubesse que eu me atrasaria. Eu entrei no elevador e mandei uma mensagem para o grupo das meninas, talvez nós pudéssemos tomar um café mais tarde lá no Grupo Mellendez, já que estavam todas trabalhando lá, e elas poderiam me ajudar a falar com os maridos para somarem forças ao meu pai, mesmo eu não sabendo o que ele ia fazer.

Ergui os olhos da tela no momento em que a porta do elevador se abriu no andar de baixo, mas ninguém entrou. Antes que se fechasse eu coloquei um pé para fora e olhei de um lado para o outro, mas não tinha ninguém. Eu dei de ombros, voltei para dentro do elevador e me distraí outra vez com as mensagens. Como o meu pai disse, eu iria direto ao hospital. Mas no caminho eu tive uma idéia, eu precisava do meu parceiro.

- Fala, minha maluca favorita! – O Flávio atendeu com o maior bom humor.

- Parceiro, preciso de ajuda. Tem tempo pra um café? – Eu pedi, minha voz estava tensa e ele percebeu, pois assumiu um tom sério em seguida.

- Pra você eu sempre tenho tempo. Onde eu te encontro? – Ele respondeu se colocando disponível de imediato. Nós marcamos no hospital mesmo, nos encontraríamos lá. Agora eu tinha que correr.

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