“Melissa”
Eu estava muito orgulhosa do Fernando, manteve a palavra e os princípios dele. Eu admirava isso, mas eu ainda não tinha engolido aquela fulaninha e se ela aparecesse no meu caminho outra vez eu ensinaria uma liçãozinha pra ela. Eu tinha acabado de escovar os dentes quando a campainha tocou.
- De novo? Manhã agitada, quem será? – Eu falei comigo mesma e fui em direção a porta, bufando quando olhei pelo olho mágico. Eu abri a porta e encarei aquele homem.
- Melissa, me desculpe, mas eu gostaria de trocar umas palavrinhas com você. – Ele sorriu, tentando ser simpático, mas eu não fui com a cara dele.
- Entre, Sr. Domani. – Eu dei passagem ao homem. – Eu não sei o que o senhor pode ter para falar comigo.
- Ora, você sabe. Fernando, querida. – Ele sorriu e eu fechei a porta desinteressada. – Melissa, talvez a situação do Fernando na farmacêutica tenha sido mal avaliada.
- Mal avaliada. – Eu ri. – Na verdade ele foi desvalorizado mesmo, tratado como um utensílio descartável.
- Isso não teria acontecido se tivesse chegado a mim quem ele realmente é. – Ele falou como se isso justificasse algo.
- Justamente o que ele não queria. Como eu posso ajudá-lo, Sr. Domani? Ou melhor, o que o senhor realmente quer? – Eu não tinha paciência para essa conversinha fiada.
- Melissa, pelo que eu sei você é uma moça muito inteligente e como namorada do Fernando deve ter muita influência sobre ele. – Ele falou sem tirar aquele sorrisinho da boca. Ele ia dar o bote.
- Eu não diria influência, o Fernando toma as próprias decisões, tanto que, por mim, ele já teria deixado essa farmacêutica há anos. – Eu fui direta.
- Mas ele a deixou agora, depois de muito tempo lá. Isso me faz pensar que, se o Fernando estava trabalhando pra mim é porque o hospital da família não estava entre as aspirações dele. – Ele me encarou como se buscasse algo.
- Ou ele só estava adquirindo experiência. – Eu dei de ombros.
- Ora, vamos, Melissa, você sabe que eu estou certo. – Ele insistiu e eu mantive a minha cara de paisagem. – Veja bem, me ajude a trazer o Fernando de volta. Isso vai ser bom para todos, ele vai ficar feliz e um namorado feliz é melhor que um namorado frustrado.
- Ora, vamos, Domani, você sabe que eu não vou fazer isso! – Eu lhe devolvi suas palavras. O que aquele homem queria ali, ele não conseguiria.
- Melissa, eu posso ser muito generoso com vocês dois. – Ele falava com a voz macia, tentando me convencer, como se fosse o próprio diabo.
- Nenhum de nós dois precisa da sua generosidade, guarde-a para quem precisa, como a sua sobrinha, por exemplo, aquela sonsa, que fica dando em cima do namorado dos outros, usando as pessoas para fazerem o trabalho dela, ao invés de estudar e se qualificar. – Eu estava perdendo a paciência.
- Reconheço que a Jennifer não é das mais brilhantes, mas ela é bonita, não precisa ser inteligente. E mulheres inteligentes são superestimadas, cansam os homens, nós preferimos as que não tentam nos superar. – Ele sorriu, a malícia brincando em seus olhos.
- Minha nossa! Não me admira ela ser como é. – Eu estava bem chocada com o que eu tinha acabado de ouvir. – Olha, faz um favor pra nós dois, sai da minha casa! – Eu abri a porta e indiquei a saída.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......