“Fernando”
Meu tio havia decidido que eu deveria manter horários normais de trabalho e não ficar até tarde no hospital, assim eu não deixaria a Melissa tão sozinha e eu estava mesmo começando a me incomodar com isso. Além do mais, eu já não achava o prédio em que morávamos um lugar tão bom assim. Então eu liguei para o corretor de imóveis que o Patrício me indicou e conversei com ele sobre os meus planos. Como ele disse, para a minha sorte ele tinha o que eu queria e nós marcamos uma visita para o dia seguinte.
Mas como a Melissa não estaria em casa tão cedo eu decidi ficar um pouco mais no trabalho. E fiquei, mas só até receber uma mensagem da Hana dizendo que eu poderia até ficar bravo com ela, mas eu deveria saber que o Rafael, por coincidência ou não, estava no mesmo restaurante que elas. Ela me mandou o nome do restaurante e uma foto do Rafael no lugar acompanhado de um casal.
- Que se dane se é coincidência, eu é que não vou dar espaço para esse sujeito se aproximar. – Eu resmunguei, sentindo algo me incomodar.
Sim, eu estava começando a sentir ciúmes, o que eu nunca tive antes, porque eu sempre soube que a Melissa era fiel e me amava. Mas, desde que o Enzo me ligou e me alertou, eu estava me dando conta de que a Melissa e eu estávamos tendo problemas e um sujeito como o Rafael poderia fazê-la pensar que não me amava tanto assim. Eu confiava na Melissa, mas eu não deixaria que aquele sujeito continuasse se fazendo de boa companhia quando eu não estivesse por perto e se infiltrasse no coração ou na mente dela. Ah, mas não ia mesmo! Imediatamente eu liguei para o Alessandro, ele já havia precisado de ajuda uma vez, era hora de me ajudar.
- Nando, que bom que você ligou. O Patrício ia te ligar agora, nós estamos pensando em nos reunir na casa dele para jogar pôquer. – O Alessandro já foi logo falando.
- Ótimo, porque nós vamos nos reunir, mas é com as garotas. – Eu falei e ele riu.
- E por que nós vamos interferir na noite de garotas delas? – O Alessandro perguntou só pra se divertir, porque obviamente ele desconfiava e nem adiantava negar que todos eles estavam loucos para levar as esposas pra casa mais cedo.
- Porque o dono do bar está lá, no mesmo restaurante, e eu não quero aquele sujeito perto da minha namorada, mas se eu for sozinho a Mel arranca a minha cabeça, então vocês todos vão comigo e um de vocês vai assumir a culpa, provavelmente o Ricardo que é recém casado e não aguentou de saudade da Anabel. – Eu respondi e foi o suficiente para arrancar uma gargalhada do Alessandro.
Eu nem perguntei se eles queriam ir, eu só avisei que eles iriam e como agiríamos, eu estava já ansioso para chegar lá antes que o Rafael se aproximasse da Melissa.
- O dono do bar. – O Alessandro riu mais um pouco. – Olha só, o nosso guerreiro está acordando finalmente?
- Do que você está falando, Alessandro? – Eu perguntei.
- Do quanto você tem sido idiota com a maluca! – Ele jogou na minha cara sem dó nem piedade, assim como o Enzo já tinha feito. – Nem tenta se justificar, Nando, você sabe que eu estou certo.
- Droga! É, você está certo. Mas agora nós podemos ir e depois vocês jogam tudo na minha cara? – Eu pedi e ele riu.
- Podemos. E vamos jogar tudo mesmo na sua cara depois. – Ele garantiu. – Me diz onde elas estão que o Patrício, o Rick e eu estamos saindo do escritório. Nos encontramos na porta do restaurante. E deixa que eu ligo para o Heitor, o Flávio e o Don.
Eu encerrei a chamada e saí depressa do hospital, sabendo que eu era o único a uma distância maior do tal restaurante. E parecia que eu nunca chegaria. Enviei uma mensagem para a Hana, dizendo que estava a caminho. Ela me deixou ainda mais preocupado com a mensagem seguinte, dizendo que era para eu correr, pois se ele se levantasse para ir ao banheiro passaria pela mesa e veria a Melissa.
Eu odiava ser imprudente no trânsito, mas naquele momento eu só precisava chegar ao restaurante, então eu torci para que se tivesse alguma consequência a minha velocidade acima do aceitável, que fosse só uma multa. E felizmente eu cheguei em segurança e não causei nenhum acidente. Os rapazes já estavam a minha espera, todos com sorrisinhos ridículos e convencidos.
- Eu até convidei o Enzo, mas ele tinha prova na faculdade hoje. – O Heitor riu. – Mas mandou dizer que no dia em que formos fazer a mesa redonda para te falar as duras verdades ele estará presente.
- Ah, que engraçado! – Eu estalei a língua em desagrado, mas a minha irritação só divertia mais os meus amigos.
- Então eu morri de saudade da minha esposa? – O Rick perguntou.
- Sim. – Eu respondi.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......