Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1046

“Fernando”

A Catarina entrou no carro comigo, eu nem discuti, ela era bem como a Melissa, quando dizia que faria alguma coisa, nada a demovia da idéia, então eu aceitei que o meu segredo não seria tão segredo assim. A minha dúvida é se ela atenderia o meu pedido de não contar para a Melissa.

- Para onde estamos indo? – Ela perguntou depois que saímos para o trânsito.

- Para o condomínio onde você mora. – Eu contei.

- Por que? Você marcou alguma coisa com os rapazes? – É claro que ela achou o horário um tanto diferente.

- Não, nós estamos indo encontrar um corretor. – Mas antes que eu contasse o motivo ela deu um grito.

- A casa em frente a minha! Aaaaahhh! Nando, isso é incrível! Nós vamos ser vizinhos! – A Catarina comemorou.

- Nós vamos ver a casa. Eu quero deixar o apartamento, lá não é seguro. O condomínio, pelo contrário, tem bastante segurança e eu tenho certeza que a Mel vai gostar de morar perto de vocês. E eu também vou. – Eu dei um pequeno sorriso.

- Isso é maravilhoso, Nando! Ela vai nos encontrar lá? – A Catarina perguntou e era esse o momento de tentar convencê-la a não contar nada para a Melissa.

- Não, ela não tem idéia de que eu estou pensando em comprar uma casa. Eu gostaria de fazer uma surpresa para ela, Cat. Será que você pode não contar para a minha namorada que eu estou preparando uma surpresa? – Eu dei uma olhada rápida para ela e vi a dúvida em seu rosto.

- Veja bem, Nando, quando foi que eu menti ou escondi alguma coisa da Mel? – Ela me perguntou e eu pensei por um momento.

- Ah, sim, teve uma vez, quando você saiu escondida do escritório e foi sequestrada. – Eu me lembrei. Era golpe baixo eu me lembrar daquilo, mas foi a única vez que ela não contou algo importante para a Melissa.

- Isso foi diferente, Nando! – Ela bufou e pensou mais um pouco. – É uma surpresa? – Ela perguntou e eu fiz que sim. – Está bem, desde que você não demore a contar pra ela. Se lembra o rolo que o Patrício se meteu por causa de uma surpresa como essa?

- É, mas eu estou trabalhando com um corretor que não vai querer me agarrar. – Eu ri.

- Muito bem. Por quanto tempo eu terei que ficar calada? – Ela exigiu um prazo.

- Cat, eu preciso decidir se vou comprar a casa e decorá-la. Isso leva tempo. – Eu não queria estabelecer um prazo.

- Não, Nando. Você compra a casa e faz a surpresa, a decoração você deixa com ela, ela vai querer coordenar isso. – A Cat me lembrou o quanto minha namorada gostava de coordenar as coisas.

- Está bem, mas você precisa me dar tempo, eu quero fazer algo especial, algo para ela entender que nós somos felizes e vamos ser felizes para sempre, do jeito que estamos. – Eu afirmei.

- Você é um covarde, Nando! Fica esperto, ou um príncipe mais corajoso te rouba a Cinderela. – A Cat usou uma referência muito específica e eu sabia que ela só poderia estar falando do cara do sapato, o tal José Miguel Rossi.

- O que você está sabendo sobre isso? – Eu a encarei.

- Tudo! Ele é gentil, é um gato e, de acordo com o Heitor, se a Melissa fosse solteira, ele já a teria conquistado e colocado um anel no dedo dela. – A Catarina era má como a Melissa quando queria incomodar alguém.

- Esse doeu. – Eu brinquei e ela riu.

Eu parei em frente a casa e a observei, era exatamente como a Melissa gostava, moderna, elegante e grande demais. Enormes janelas e portas duplas de vidro, pintada em branco e um marrom clarinho e na frente um jardim que parecia tirado de uma revista de feng shui, com uma fonte, lanternas e muito verde.

O corretor veio nos receber e a Catarina parecia eufórica com a casa. A medida que o corretor ia nos mostrando os ambientes e as funcionalidades da casa, a Catarina fazia mais e mais perguntas. Por fim, voltamos para a cozinha e o corretor me passou a pasta com a proposta. Era uma casa linda, com tudo o que eu sabia que a Melissa iria gostar, os proprietários queriam vender depressa e o valor que eles pediam era menor que o valor de mercado, ou seja, em tudo aquela casa era um bom negócio.

- Pois então resolva as suas fobias e faz o que precisa fazer! Ou você vai perdê-la e aí, meu amigo, não vai poder voltar atrás. – A Catarina me encarava com o nariz arrebitado, me desafiando. – Responda para você mesmo, Fernando, do que você tem mais medo? De se casar e ter filhos ou de perder a Melissa?

- Me desculpem me meter, mas eu vou tomar uma liberdade, Fernando, só porque eu conheço sua família há muito tempo, a Sra. Melendez tem razão, deixe de bobagem, eu mesmo sou casado há mais de trinta anos, tenho quatro filhos, nem sempre eu fui um bom pai, nem sempre eu acertei, mas se eu tivesse que escolher, eu faria tudo de novo, porque eu sou muito feliz. – O corretor sorriu para mim, assim como a Catarina, que viu o seu ponto de vista ser reforçado.

- Eu posso pensar sobre a casa? – Eu perguntei ao corretor, tentando voltar ao foco do que estávamos fazendo ali.

- Até pode, por vinte e quatro horas eu te garanto a preferência, porque eu tenho um outro cliente muito interessado, foi até indicação do Martinez, parece que trabalham juntos. – O corretor me avisou.

- Ah, é? E quem seria? – A Catarina olhou para o corretor que pensou um pouco.

- Só vou falar porque sei que vocês são todos amigos. É o Sr. José Miguel Rossi. Vocês o conhecem? – Ele perguntou e a Catarina abriu um sorriso.

- Parece que essa casa vai ser mesmo da Mel! – A Catarina falou satisfeita.

- Pode parar com a palhaçada, Catarina! – Eu pedi e ela aumentou ainda mais o sorriso.

- Então vê se cresce e compra logo essa casa! – Ela jogou na minha cara.

Enquanto nós nos encarávamos, ela com um grande sorriso confiante e eu com uma carranca de raiva de pensar naquele tal Sr. Perfeito na minha casa com a minha garota, eu bati a mão sobre a pasta em cima da ilha da cozinha.

- Pode preparar os papéis, eu vou ficar com a casa! – Eu decidi e a Catarina me deu dois tapinhas no rosto.

- Mais um pouquinho e eu te convenço que o casamento é a melhor coisa da vida! – Ela se virou para o corretor. – Ele precisa assinar esses papéis ainda hoje.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque