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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1047

“Melissa”

Nós entramos na loja de lingeries e eu percebi o queixo do Enzo cair. Talvez ele nunca tivesse entrado em uma loja como essa. E vendo a expressão da Hana, talvez nem ela. Nós demos uma olhada pela loja, vimos várias peças, mas eu sabia bem o que queria.

- Nossa, quanta coisa linda! – A Hana deu uma olhada em volta.

- Gostou? Então nós vamos comprar uma pra você usar essa noite, já que vai sair, vai que conhece alguém lá no bar. O Rick e a Ana se conheceram lá, por isso fizemos o casamento deles lá. – Eu comentei com a Hana e ela me olhou desconfiada.

- Eles se conheceram no bar do Rafael? – A Hana quis confirmar e eu fiz que sim. – É, quem sabe eu não encontro o meu príncipe lá também.

- Essa é a idéia! – Eu sorri a incentivando.

- Enzo, você vai levar essa aqui. – Eu puxei uma lingerie verde água que tinha detalhes em plumas e correntes e a cinta liga parecia uma sainha na cintura, era de renda transparente, sutiã meia taça e eu tinha certeza que ficaria linda na Luna.

- Nossa, eu adorei. – O Enzo pegou o cabide com as peças das minhas mãos e passou os dedos pelo tecido. – Mel, você é realmente de outro mundo. Isso é perfeito! – Ele tinha um sorrisão no rosto e eu fiquei feliz em vê-lo assim.

- Gatinho, quando precisar é só me chamar. – Eu sorri e ele entregou a peça para a vendedora embrulhar e se sentou.

- Agora, garotas, desfilem pra mim. – Ele brincou.

- Vai sonhando! O que tem de engraçadinho, tem de abusado, bem sobrinho daquele prostituto mesmo. – Eu ri e peguei um cabide e entreguei a Hana. – Hana, presente meu pra você. Vai ficar perfeito e você nem precisa usar blusa por cima. Vai me mandar uma foto para eu ver como ficou e ter certeza que você não colocou uma blusa por cima.

- Tem certeza que eu não posso colocar um casaquinho? – Ela perguntou.

- Nesse calor que faz nessa cidade? Não, querida, sem casaquinho. Coloca a lingerie e uma saia, branca ou jeans, e vai a luta, mulher! – Eu incentivei e ela fez uma cara de desespero que me fez rir.

Eu entreguei para ela um body branco de renda que tinha um tecido forrando o bojo e não ficava transparente nos seios, ele tinha alças muito finas e era aberto até o umbigo, com ilhoses e um cordão para amarrar como se fosse um espartilho.

- Mas não vai apertar o cordão até juntar os ilhoses não, hein?! Você deixa mais solto, tipo um decote, entendeu? – Eu perguntei e ela fez que sim. – Minha vez! Ah, é esse!

Eu peguei a lingerie, tirei uma foto e mandei para o Fernando com uma mensagem: “Chegue mais cedo hoje, estarei te esperando.”

A resposta dele foi quase que imediata: “Estarei em casa às cinco, esteja pronta, abelhinha.”

Eu já estava ansiosa! Olhei para o relógio e eu tinha tempo para deixar o Enzo na empresa e a Hana em casa e correr para o meu apartamento para tomar um banho e me preparar para esperar o meu namorado. E foi exatamente o que eu fiz.

- Hana, se diverte no bar, lembre-se que aquele louco está preso, você não, então não deixa ele te aprisionar. – Eu falei para ela antes que ela saísse do carro e ganhei um abraçou bem apertado que eu não estava esperando.

- Você é muito especial, Mel! – Ela sorriu e saiu do carro.

Olhando para ele ali, de pé ao meu lado, já sem a camisa, eu me dei conta do quanto nós dois mudamos, que a vida não era mais a mesma e que nós não éramos mais os mesmos, mas eu também me dei conta de que eu o amava ainda mais agora do que antes e que talvez tivesse que abrir mão de alguma coisa por ele.

- O que foi, abelhinha? – Ele colocou a cabeça de lado, percebendo que eu estava viajando no seu corpo.

Eu me ajoelhei sobre a cama e ele passou a mão delicadamente pelo meu rosto, deixando o seu polegar deslizar pela minha boca.

- Eu acabei de me dar conta do quanto eu te amo, Fernando, e é muito mais do que antes. – Eu confessei, sem nenhum medo, sem nenhuma reserva.

Ele deu um sorriso muito grande que parecia mais do que feliz, parecia aliviado. Como se tivesse ouvido algo que ele esperava há muito tempo, algo que ele desejava ouvir.

- Sabe o que é, abelhinha... – Ele desafivelou o cinto e tirou a calça, antes de subir na cama de joelhos de frente para mim. – É que eu também te amo demais, muito mais do que amei quando puxei a sua trança na escola e você me olhou irritada, aos seis anos de idade, eu te amo agora, muito mais do que quando eu tinha dezesseis anos e você roubou os meus óculos de grau e, enquanto eu tentava pegá-los de volta, você me beijou pela primeira vez, no banco da praça, debaixo da amoreira. – Ele segurou o meu rosto entre as mãos e olhou nos meus olhos. – Eu te amo, hoje, Melissa, muito mais do que amei no dia em que eu cheguei nervoso na sua casa com um buquê de flores e pedi ao seu pai permissão para namorar você, meses depois daquele primeiro beijo na praça. E eu sei, Melissa, que daqui a dez anos eu vou te amar ainda mais do que eu te amo hoje.

Uma lágrima rolou pelo meu rosto, sua declaração inesperada me pegou completamente desprevenida, me emocionou e eu me dei conta de que eu faria qualquer coisa por ele, eu mudaria os meus planos por ele, mas eu nunca abriria mão dele.

Ele passou os braços pela minha cintura e me puxou para deitar com ele na nossa cama. Ele me apertou em seus braços e me beijou. Não foi um beijo carregado de desejo, como pensei que começaríamos a nossa noite, foi um beijo em que ele transbordou amor. Um beijo carinhoso, sem pressa, sem desespero de unir nossos corpos, porque estávamos unindo nossas almas, enquanto nossos lábios se moviam com cuidado e nossas línguas se acariciavam. Eu enrolei os dedos em seus cabelos e ele suspirou em mina boca.

Há muito tempo não nos beijávamos assim, com essa emoção flutuando entre nós, como se o beijo fosse uma declaração de amor. E naquele momento, era tudo o que eu queria, tudo o que eu precisava e ele me deu e fez com que eu sentisse que era tudo o que ele também precisava.

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