“Melissa”
Depois de um final de semana que teve tudo o que eu poderia querer, era hora de começar a organizar o meu casamento, decorar a minha casa nova, passar na delegacia e ver como o Flávio estava indo com o Domani e ainda ir para a Lince e colocar tudo em ordem, porque eu poderia apostar meus dois braços como o Heitor não tinha trabalhado na sexta feira e a minha mesa estaria uma bagunça. Mas antes de tudo isso, eu tinha que ir ao hospital ouvir da Hana como tinha sido com o Rafael, minha curiosidade não agüentava mais.
- Posso levá-la comigo mesmo, príncipe? – Eu perguntei mais uma vez ao Fernando dentro do elevador do hospital e ele me abraçou.
- Você pode tudo o que quiser, abelhinha! Leva a Hana para ajudar você e a tropa, eu ficarei bem. – O Fernando me deu um beijo que era menos do que nada apropriado para o lugar onde estávamos e nós nem vimos as portas do elevador se abrirem.
- Hum-hum! – O tio Álvaro limpou a garganta ruidosamente para chamar nossa atenção. – O final de semana não foi suficiente, Fernando?
- Nunca é, tio! – O Fernando riu, sem me soltar. – Vai entrar? Ou vai esperar o próximo?
- Vou entrar porque quero falar com você sobre a notícia de primeira página de hoje. – O tio Álvaro comentou.
- A prisão do Domani. – O Nando falou e me deu mais um selinho antes de me soltar.
- Pois é, isso vai ser caótico e eu não sei o que vai ser da farmacêutica, talvez seja preciso rescindir os contratos e contratar outras empresas emergencialmente. – O tio Álvaro explicou.
- Tio, dá pra esperar um pouco? – Eu perguntei.
- Por quê, Melissa? – Ele me olhou, ele sabia que eu não teria feito a pergunta sem motivo.
- Porque provavelmente o Dr. Romeu consiga alguma coisa sobre a propriedade da farmacêutica nos próximos dias. – Eu o lembrei que havia contado no sábado sobre a briga judicial pela farmacêutica entre o Domani, a irmã, a ex mulher e os filhos.
- Você acha que ele consegue algo tão rápido? – O tio Álvaro me encarou em dúvida.
- Com a prisão do Domani eu acho que sim. – Eu dei de ombros.
- Você consegue informações sobre isso pra gente. Enquanto isso o Nando e eu vamos divulgar uma nota a imprensa e pensar no que fazer. – O tio Álvaro concordou.
A Hana já estava sentada em sua mesa quando nós entramos na recepção da diretoria e quando me viu quase pulou em cima de mim.
- Preciso falar com você! – Ela pediu e eu ri.
- Hana, você pode ir com a Melissa hoje, ela vai precisar de ajuda com as coisas do casamento. – O Fernando a liberou, ela passou a agenda para ele e nós saímos do hospital juntas em direção ao carro dela.
- Pra onde nós vamos primeiro, Mel? – Ela perguntou animada.
- Eu ia dizer pra passarmos no meu apartamento e pegar meu carro, mas acho que você vai ser minha motorista hoje. – Eu brinquei.
- Sim, por favor! – Ela bateu palmas.
- Vamos primeiro ao meu trabalho, preciso estalar o chicote ou o prostituto vai passar a semana inteira achando que pode chegar mais tarde e sair mais cedo. – Eu pedi e ela riu. – E eu nem quero saber do Rafa antes de nos reunirmos com as meninas.
- Ai, Mel... – Ela me olhou de canto de olho, parecia meio ansiosa.
- Ai nada! Eu sei muito bem que aconteceu alguma coisa e eu quero todos os detalhes sórdidos! Principalmente os muito sórdidos. Mas as meninas também vão querer saber. – Eu falei séria e ela riu.
- Está bem. Então vamos resolver o seu trabalho logo. – Ela balançou a cabeça e voltou a prestar atenção no trânsito.
Nós chegamos ao meu andar na Lince e a Julia estava cercada pelo Enzo e o José Miguel. Eu parei atrás deles e já sabia que tinha alguma pendência.
- Vocês vão deixar a Julinha louca! – Eu reclamei e eles se viraram pra mim.
- Chegou a luz dos meus dias! – O José Miguel olhou para mim e sorriu. – Melissa, o Heitor não assinou os documentos na sexta.
- Nada demais, ela é só um pouco desastrada e nervosa, como se estivesse sempre assustada ou algo assim. – O José Miguel respondeu. – Mas ela é uma boa funcionária, trabalha bem.
- Que bom! Depois eu vou falar com ela. – Eu olhei para ele e refleti um pouco sobre o que ele me disse, a Eva não parecia ser o tipo de pessoa nervosa ou assustada.
- Aqui, Perfeito. Desculpe não ter liberado isso na sexta. – O Heitor entregou as pastas para o José Miguel.
- Vocês vão mesmo insistir nesse apelido? – O José Miguel reclamou com o Heitor.
- Acredite, nós vamos! – O Heitor sorriu. – E você, Hana, como foi com o Rafael no fim de semana?
O Heitor não tinha sutileza nenhuma! A Hana se afundou na poltrona.
- Rafael? Do bar? – O Enzo olhou pra mim confuso. – Mas ele não era um psicopata?
- E ela é doida, como vocês jovens dizem, gatinho, deu match! – Eu respondi fazendo todos rirem, menos a Hana que estava com certeza querendo sumir.
- Eu deveria ter ido aquele dia com vocês Enzo, porque pelo visto esse bar tem algum tipo de poção mágica que te faz encontrar o amor. – O José Miguel brincou.
- Não, Sr. Perfeito, mágica é a Melissa, ela enxerga coisas que ninguém mais vê! – O Enzo riu e piscou pra mim.
- É, eu enxergo, mas isso não é mágica não, gatinho, isso é porque eu sei das coisas. E vou dar uma passadinha no seu andar pra ver a Eva ainda hoje, Perfeito. – Eu falei e ele me encarou rindo, aquele sorriso de astro de cinema.
- Até você, Melissa? – Ele perguntou, mas estava sorrindo. O apelido tinha pegado e se espalhado como rastilho de pólvora, o Enzo tinha tudo a ver com isso, mas esse homem parecia mesmo ser perfeito e se fosse sorte da... ah, mas eu tinha quase certeza.
Depois que a minha sala finalmente foi esvaziada eu pude trabalhar e com a ajuda da Hana eu resolvi todas as minhas pendências bem depressa. Talvez eu devesse pedir ao Heitor para me contratar um assistente, facilitaria muito a minha vida.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......