Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1099

“Melissa”

Depois do almoço que foi interrompido pelos rapazes, mas com um motivo mais do que justo e agradável, afinal, era tão bom almoçar com eles quanto ver a Hana e o Rafael naquela brincadeira de gato e rato era bem divertido, nós fomos para o meu apartamento, tínhamos um casamento a organizar e era o meu!

Eu preferi não forçar muito a Hana mais sobre o assunto com o Rafael, eu queria que eles se entendessem, estava na cara que os dois estavam interessados, mas a Hana era meio cabeça dura, então eu estava observando ainda para saber se eles precisariam de uma ajudinha.

- Muito bem, tropa, o negócio é o seguinte, meu casamento com o meu príncipe vai ser o quê? Perfeito e encantado! – Eu sorri e as meninas me deram uma salva de palmas que me fez rir ainda mais.

- Por onde começamos, Mel? – A Manu perguntou.

- Chaveirinho, diferente de vocês que estavam perdidas quando aceitaram se casar, eu sei tudo o que eu quero. Só um minutinho. – Eu fui até o meu quarto e peguei a caixa que estava escondida no fundo da última prateleira e voltei para a sala.

- Ai, ai, ai! – A Catarina olhou para a caixa que ela conhecia muito bem. – Mel, você ainda tem isso?

- Cat, eu tenho um sonho! – Eu sorri para ela e destampei a caixa, tirando lá de dentro o meu diário do casamento. – Meninas, eu fiz esse planejamento quando tinha dezoito anos, então, tem coisas que precisaremos modernizar, também eu não pensei que o príncipe ia demorar tanto.

- Espera, você tem um daqueles álbuns com recortes e anotações e idéias sobre tudo o que você quer no seu casamento? – A Samantha me olhou incrédula.

- Sam, eu já escolhi até o sabor dos bombons. – Eu olhei pra ela com a confiança de uma pessoa organizada.

- Vocês não imaginam o que eu sofri quando ela estava fazendo esse álbum. Por um ano inteiro ela me fez ir a salões de beleza e fazer penteados e maquiagens com ela, ela contratava mini recepções só para experimentar buffets, colecionou convites de casamento e pedaços de tecido, ficávamos na praça olhando as noivas que iam se casar na igreja matriz e fotografando os vestidos, fizemos horas de pesquisas na internet, enfim, tudo o que vocês puderem imaginar relacionado a um casamento nós experimentamos. – A Catarina contou, com a cabeça apoiada no encosto do sofá, como se estivesse revivendo tudo.

- E valeu muito a pena, Cat! – Eu ergui o dedo. – Eu já sei tudo o que eu não quero no meu casamento.

- E o que você não quer no seu casamento, Mel? – A Catarina perguntou desconfiada.

- Tudo o que nós vimos naquela época. – Eu respondi e a Catarina revirou os olhos, me fazendo rir. – Brincadeira, amiga, não sofre, seu esforço não foi em vão e será recompensado.

- Assim espero! Quero dois afilhados dessa prole farta que você espera. – A Catarina me fez rir.

- Não seja egoísta, Cat! – Eu brinquei. – Meninas, vamos começar.

Eu abri o álbum e comecei a mostrar e falar de todas aquelas referências que ainda eram importantes para mim. No meio da tarde, nós já tínhamos começado a traçar um plano e eu estava muito animada.

- Olha só, Mel, eu anotei tudinho e acho que a gente deveria se dividir. – A Mini me sugeriu e eu achava uma boa idéia.

- Tá, mas eu quero vocês todas comigo na hora em que for ao ateliê da estilista para ver o vestido. – Eu pedi e elas concordaram. – Eu vou ligar para ela e marcar para mais no início da noite.

- Então, vamos fazer o seguinte, Mel, você marca a estilista e vai com a Sam e a Cat para ver a decoração da casa, leva a Hana e ela vai anotando a lista de convidados. – A Mini me sugeriu e eu gostei da idéia. – A Ana e eu vamos ver o local que você escolheu e pode ficar tranquila, seu casamento acontecerá lá! A Manu e a Lisa vão até o Buffet, levam a lista do que você quer e marcam tudo.

- Amanhã, nós vamos ter que começar bem cedo, ainda vai faltar muita coisa. – Eu falei e ela sorriu.

- Mas vai ser fácil! Amanhã a Sam vai cuidar do convite e a Manu e eu vamos enviá-los, a Anabel cuidará da banda, você e a Cat vão cuidar da decoração, a Lisa cuida da fotografia, vídeo e buquê. – A Mini me já tinha um cronograma totalmente organizado e eu fiquei impressionada.

Nós saímos do apartamento, cada uma com sua missão a cumprir. Enquanto nos dirigíamos para a minha nova casa, eu marquei com a estilista e avisei as garotas do horário. Eu estava animada e ansiosa, mas a verdade é que eu me casaria com o Fernando nesse exato momento, sem vestido, sem festa, sem nada, eu apenas me casaria com ele e seria feliz para sempre.

- Sabe o que eu não entendi, Cat? Como ele conseguiu colocar essa amoreira aqui. – Eu perguntei sentada no banco colocado no jardim sob a sombra da árvore.

- Ele teve uma ajudinha do Alessandro. Pelo que meu marido me contou, foi difícil conseguir essa árvore, assim desse tamanho, mas eles conseguiram, com o prefeito de Campanário. Não foi possível trazer a da praça, como eles queriam, mas o prefeito tinha essa árvore no quintal de casa e ofereceu como um presente, mas o Alê e o Nando descobriram que a creche da cidade estava precisando de uma reforma e algumas coisas, então eles providenciaram isso em agradecimento. – A Catarina contou e meu coração se encheu um pouquinho mais de amor.

- Eles trouxeram essa árvore de Campanário? – Eu olhei para a Catarina.

- Pois é, pra você ver o que o amor faz. – Ela sorriu. – Você está feliz, Mel?

- Muito. Você sabe. – Eu suspirei olhando os galhos da amoreira sobre a minha cabeça.

- Sim, eu sei, sei inclusive que você não precisava de nada disso, que precisava só que ele te amasse e fizesse a promessa que o casamento é, debaixo de uma árvore qualquer, ainda que fossem apenas vocês dois e o celebrante. Mas que você merece muito mais que isso, minha amiga. – A Catarina apertou minha mão.

- Eu estou com medo, Cat. – Eu confessei. – Medo que não seja real ou que alguma coisa apareça e me roube essa felicidade.

- Não seja boba! Nós já cuidamos do único ser que seria capaz de estragar isso. Nada vai acontecer. – A Catarina sorriu, me acalmando com a sua serenidade e confiança. – Vamos, a Sam e a Hana acabaram de medir os cômodos.

Ela chamou e nós entramos em casa para ver uma Samantha esbanjando energia e animação, com milhares de idéias adoráveis que tornariam aquela casa no meu lar. Eu tinha a sensação de que a semana demoraria muito a passar e que talvez, casar debaixo daquela amoreira, só o Fernando e eu ainda hoje fosse a melhor coisa a se fazer.