Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1136

“Melissa”

Eu estava pensando em quem eu poderia trazer para ser meu assistente, mas não vinha ninguém à minha mente, ninguém eu quem eu pudesse confiar, até que o Enzo entrou na minha sala.

- Gatinha linda! Como estão nossos bebês? – Ele me deu um beijo na testa e se sentou em minha frente.

- Com fome de sorvete de morango com calda de morango com pedaços, crocante de castanha e canudinhos de wafer. – Eu brinquei com ele e no mesmo instante ele saiu da sala, me deixando confusa com a sua atitude, mas eu estava com muita coisa pra fazer, não dava para ir atrás dele agora.

Quinze minutos depois o Enzo voltou, com um sorvete de morango lindo numa taça de vidro, exatamente como eu tinha pedido e com três canudinhos de wafer. Eu olhei para ele como uma criança que ganha um doce.

- Como você conseguiu isso? – Eu perguntei e ele deu um sorrisinho torto.

- Eu tenho meus contatos. – Ele se sentou em minha frente. – E a Luna recomendou que eu não deixe que você fique com vontade de comer nada.

- A Luna! – Eu o encarei, como eu não tinha pensado nisso antes? Era perfeito! – Gatinho, o que a Luna anda fazendo durante o dia?

- Trabalhando como vendedora numa loja do shopping. Aquilo é muito cansativo. Eu já ofereci a ela um emprego na empresa do meu pai e até aqui, mas ela não quis. Ela rejeitou a oferta do pai também. Ela quer ser uma mulher independente e que constrói uma carreira por seus próprios méritos. Tipo o Nando pensava... o que eu posso dizer? Eu acho válido. – O Enzo deu de ombros.

- Eu também acho. Mas eu tive uma idéia e eu vou ligar pra ela. – Eu comentei.

- Posso saber o que é? – Ele me olhou lamber a colher do sorvete com o sorriso de quem tinha acertado em cheio.

- Vou contratá-la como minha assistente. – Eu falei sorrindo.

- Está brincando? Isso seria incrível, Mel! – Ele se empolgou, mas logo murchou como um balão. – Só não sei se ela vai aceitar.

- Ah, ela vai aceitar, gatinho, sabe por que? Porque eu sou Melissa Lascuran Molina, querido, e eu faço as coisas acontecerem. – Eu pisquei para ele, que voltou a sorrir. – Ela está trabalhando agora?

- Não, hoje ela está de folga. – Ele suspirou.

Eu peguei o telefone e liguei para a Luna, ela atendeu no terceiro toque.

- Como vai a mais nova Sra. Molina? – Ela atendeu com aquela voz meiga e feliz.

- Com saudade de você! E precisando de uma coisa e, você sabe, eu estou grávida, você não pode me negar nada. – Eu brinquei e ela riu.

- Me fala o que você precisa que eu faço o Enzo providenciar agora! – Ela falou cheia de si e eu gostei da atitude.

- Eu preciso de você, lindinha! – Eu falei e ela riu. – Não ri não, é sério!

- Mel, já te falei que quando os bebês nascerem eu quero ser a babá deles, mas ainda está cedo pra isso. – Ela brincou.

- Na verdade, lindinha, você vai ser a babá da mãe deles. Pode pedir demissão dessa loja onde você está trabalhando. – Eu avisei e ela riu.

- Dona Melissa, você está muito grandinha para precisar de uma babá que te obrigue a comer os vegetais. – Ela estava cheia de graça e muito mais desinibida do que era antes de trabalhar no shopping, eu estava gostando de ver.

- Eu como os meus vegetais... e as frutas, no momento estou tomando um sorvetão de morango. – Eu ri. – Luna, é sério, eu preciso de você. Eu preciso de uma assistente. Eu quero alguém em quem eu confie e que não tenha muita experiência para que eu possa ensinar do meu jeito. E só tem uma pessoa que eu conheço que tem as duas coisas.

Ela suspirou e ficou calada por um momento. E quando voltou a falar estava totalmente séria.