“Melissa”
Depois da minha visita no hospital, o Domani e o Frederico ainda ficaram vários dias lá, mas eu nem passei pela porta outra vez, não queria cair na tentação tentação de fazer outra visita, coisa que o Flávio havia me implorado pra não fazer. Mas eles já tinham recebido alta e eu estava quase entrando no quarto mês da minha gravidez, minha barriga estava muito grande para o tempo de gestação que eu tinha e eu já estava ficando muito cansada. Felizmente a Luna foi realmente uma grande contratação, ela era inteligente, esforçada, aprendia rápido e nós dias trabalhávamos muito bem juntas.
- Luna, eu tenho a consulta agora à tarde, não volto para o escritório hoje. – Eu avisei e peguei a minha bolsa, mas a Sandra se apressou e tirou da minha mão.
- Você me manda uma mensagem pra contar como foi? – A Luna pediu e eu ri, ela era muito atenciosa e já paparicava meus filhos como se eles já tivessem saído de mim.
- Mando sim. Avisa ao Heitor e qualquer coisa, meu celular vai estar ligado. – Eu joguei um beijo pra ela e me apoiei no braço que o Douglas me ofereceu. Ele vivia com medo que eu caísse, então eu sempre andava entre ele e a Sandra, que sempre carregava a minha bolsa.
O Douglas dirigiu até o hospital e o Fernando já nos estava na sala de espera do tio Álvaro. Mas não era só ele que estava lá. Minhas amigas e os maridos também estavam.
- Gente, mas o que vocês estão fazendo aqui? – Eu perguntei enquanto me sentava e recebia os cumprimentos de todos.
- Você achou mesmo que nós perderíamos isso? – A Catarina sorriu. – Nós sabemos que você não esteve com a gente no dia em que descobrimos os sexos dos nossos bebês porque o Domani ainda estava aqui e o Flávio te pediu pra ficar longe. Mas nós queríamos estar aqui com vocês!
- Ai, Cat, obrigada! Isso é muito importante pra mim. – Eu a abracei mais uma vez.
- E eu, como te prometi, estou fazendo todas as consultas com você. Também vou descobrir hoje! – A Lisa falou empolgada.
- Eu já não aguento mais esperar. – O Patrício sorriu ao lado da esposa.
- Então vai você primeiro, Lisa, eu preciso descansar um pouco, isso aqui está pesado. – Eu passei a mão na barriga.
- Você ainda não viu nada. – A Catarina riu.
- Olha a minha sala de espera lotada! – O tio Álvaro saiu do consultório sorrindo e nos cumprimentou. – Olhem aqui. – Ele apontou para a tela de TV na parede. – Vocês vão assistir ao ultrassom das duas mamães em tempo real, com direito a áudio, então vocês vão saber tudo no mesmo momento que ela.
- Não acredito! – Eu abri o maior sorriso e olhei para o Fernando. – Você fez isso!
- Você me disse que adoraria que fosse assim, então eu fiz e a Lisa gostou da idéia também. Vai ser como você queria, como se todos os nossos amigos estivessem dentro da sala. – O Fernando se abaixou e me deu um beijo.
Eu estava emocionada, aliás, nas últimas semanas eu estava à flor da pele, todas as emoções eram demais, nada era comedido. O tio Álvaro me pediu para tentar ser paciente, que eram as mudanças hormonais, mas eu detestava chorar por qualquer coisa. E eu já estava chorando por causa de uma televisão.
- Ai, Lisa, vai mesmo primeiro, eu quero ver como vai ser. – Eu incentivei e todos riram.
A Lisa e o Patrício acompanharam o tio Álvaro para a sala e uns vinte minutos depois a voz do tio Álvaro ecoou pela sala e a imagem apareceu na tela. Ele começou o exame colocando os batimentos cardíacos para ouvirmos, e depois foi explicando que o bebê deles estava bem, saudável e tudo caminhava dentro do esperado.
- Agora pessoal, prestem atenção... parabéns, Lisa e Patrício, vocês esperam um menino, perfeito, saudável e lindo! – O tio Álvaro anunciou e nós comemoramos do lado de fora.
Assim que a Lisa e o Patrício saíram da sala era a minha vez, eu estava ansiosa, queria saber logo quem eu estava esperando. Nós entramos na sala e passamos por todo o processo da consulta até chegar a mesa de ultrassom, eu estava ansiosa.
- Calma, Mel, nós já vamos saber quem está aí. – O tio Álvaro tentou me acalmar.
O exame começou e havia uma verdadeira discoteca dentro de mim, os coraçõezinhos acelerados eram frenéticos.
- Acho que vamos ter uma banda de rock, Nando! – O tio Álvaro brincou, mas de repente olhou sério para o Nando. – Senta, sobrinho! – O Nando não discutiu, apenas puxou a banqueta e se sentou. – Felizmente é um ultrassom morfológico, olha que lindo, dá pra ver tão nitidamente! Agora, observem. – O tio Álvaro começou a circular a tela. – O bebê um é uma menininha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......