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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1142

“Melissa”

Depois da minha visita no hospital, o Domani e o Frederico ainda ficaram vários dias lá, mas eu nem passei pela porta outra vez, não queria cair na tentação tentação de fazer outra visita, coisa que o Flávio havia me implorado pra não fazer. Mas eles já tinham recebido alta e eu estava quase entrando no quarto mês da minha gravidez, minha barriga estava muito grande para o tempo de gestação que eu tinha e eu já estava ficando muito cansada. Felizmente a Luna foi realmente uma grande contratação, ela era inteligente, esforçada, aprendia rápido e nós dias trabalhávamos muito bem juntas.

- Luna, eu tenho a consulta agora à tarde, não volto para o escritório hoje. – Eu avisei e peguei a minha bolsa, mas a Sandra se apressou e tirou da minha mão.

- Você me manda uma mensagem pra contar como foi? – A Luna pediu e eu ri, ela era muito atenciosa e já paparicava meus filhos como se eles já tivessem saído de mim.

- Mando sim. Avisa ao Heitor e qualquer coisa, meu celular vai estar ligado. – Eu joguei um beijo pra ela e me apoiei no braço que o Douglas me ofereceu. Ele vivia com medo que eu caísse, então eu sempre andava entre ele e a Sandra, que sempre carregava a minha bolsa.

O Douglas dirigiu até o hospital e o Fernando já nos estava na sala de espera do tio Álvaro. Mas não era só ele que estava lá. Minhas amigas e os maridos também estavam.

- Gente, mas o que vocês estão fazendo aqui? – Eu perguntei enquanto me sentava e recebia os cumprimentos de todos.

- Você achou mesmo que nós perderíamos isso? – A Catarina sorriu. – Nós sabemos que você não esteve com a gente no dia em que descobrimos os sexos dos nossos bebês porque o Domani ainda estava aqui e o Flávio te pediu pra ficar longe. Mas nós queríamos estar aqui com vocês!

- Ai, Cat, obrigada! Isso é muito importante pra mim. – Eu a abracei mais uma vez.

- E eu, como te prometi, estou fazendo todas as consultas com você. Também vou descobrir hoje! – A Lisa falou empolgada.

- Eu já não aguento mais esperar. – O Patrício sorriu ao lado da esposa.

- Então vai você primeiro, Lisa, eu preciso descansar um pouco, isso aqui está pesado. – Eu passei a mão na barriga.

- Você ainda não viu nada. – A Catarina riu.

- Olha a minha sala de espera lotada! – O tio Álvaro saiu do consultório sorrindo e nos cumprimentou. – Olhem aqui. – Ele apontou para a tela de TV na parede. – Vocês vão assistir ao ultrassom das duas mamães em tempo real, com direito a áudio, então vocês vão saber tudo no mesmo momento que ela.

- Não acredito! – Eu abri o maior sorriso e olhei para o Fernando. – Você fez isso!

- Você me disse que adoraria que fosse assim, então eu fiz e a Lisa gostou da idéia também. Vai ser como você queria, como se todos os nossos amigos estivessem dentro da sala. – O Fernando se abaixou e me deu um beijo.

Eu estava emocionada, aliás, nas últimas semanas eu estava à flor da pele, todas as emoções eram demais, nada era comedido. O tio Álvaro me pediu para tentar ser paciente, que eram as mudanças hormonais, mas eu detestava chorar por qualquer coisa. E eu já estava chorando por causa de uma televisão.

- Ai, Lisa, vai mesmo primeiro, eu quero ver como vai ser. – Eu incentivei e todos riram.

A Lisa e o Patrício acompanharam o tio Álvaro para a sala e uns vinte minutos depois a voz do tio Álvaro ecoou pela sala e a imagem apareceu na tela. Ele começou o exame colocando os batimentos cardíacos para ouvirmos, e depois foi explicando que o bebê deles estava bem, saudável e tudo caminhava dentro do esperado.

- Agora pessoal, prestem atenção... parabéns, Lisa e Patrício, vocês esperam um menino, perfeito, saudável e lindo! – O tio Álvaro anunciou e nós comemoramos do lado de fora.

Assim que a Lisa e o Patrício saíram da sala era a minha vez, eu estava ansiosa, queria saber logo quem eu estava esperando. Nós entramos na sala e passamos por todo o processo da consulta até chegar a mesa de ultrassom, eu estava ansiosa.

- Calma, Mel, nós já vamos saber quem está aí. – O tio Álvaro tentou me acalmar.

O exame começou e havia uma verdadeira discoteca dentro de mim, os coraçõezinhos acelerados eram frenéticos.

- Acho que vamos ter uma banda de rock, Nando! – O tio Álvaro brincou, mas de repente olhou sério para o Nando. – Senta, sobrinho! – O Nando não discutiu, apenas puxou a banqueta e se sentou. – Felizmente é um ultrassom morfológico, olha que lindo, dá pra ver tão nitidamente! Agora, observem. – O tio Álvaro começou a circular a tela. – O bebê um é uma menininha.

- Minha nossa, Fernando, respira! – O tio Álvaro chamou a atenção dele. – Eu ainda preciso mostrar...

- Não, chega! Saí da brincadeira! Não tem mais nada, são cinco e ponto! – Eu me agitei e tentei levantar.

- Quietinha, sobrinha! Você tomou hormônios que estimularam a ovulação, isso é raro e você é rara, você está recebendo algo muito especial! Mel você é incomum, claro que sua primeira gestação seria incomum! – O tio Álvaro deu aquele sorriso tranqüilizador, mas que pela primeira vez não me tranquilizou tanto assim. – Vamos continuar?

Eu olhei para o Fernando e ele estava chorando, eu já nem sabia se era de emoção ou desespero. Eu nem sabia se eu mesma estava emocionada ou desesperada.

- Continua, tio! – Eu apertei a mão do Fernando e olhei a tela.

- Olha aqui, o bebê seis, outra pequena levada que estava se escondendo. Mais uma menininha!

- Uhuuu! É tudo nosso, parceirinha! Um timinho de mini malucas! – O Flávio gritou e eu ouvi a comemoração deles do lado de fora. Meu ultrassom tinha se tornado quase uma partida de futebol.

- Vamos ver se tem mais alguém... – O tio Álvaro brincou, continuando o exame.

- Vou avisar pra vocês, tropinha, se tiver mais alguém escondido aí apareça agora ou vai ficar de castigo até os dezoito anos! – Eu ergui a cabeça e falei com a minha própria barriga. A risada reverberou na sala de espera.

- Pronto, são só seis! – O tio Álvaro decretou com um sorriso.

- Só... seis... – O Fernando parecia em choque.

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