“Melissa”
Meu dia começou tão bom! A pequena comemoração que o Nando fez tinha me enchido de ânimo, ele estava feliz, assim como eu, e as dores e todo o desconforto e preocupação, tudo isso era insignificante nesse dia, nós havíamos passado pela fase mais crítica, a que tornaria tudo muito mais difícil se meus bebês tivessem decidido nascer antes.
- Bom dia, queridos! Hoje é um dia muito especial, não é?! – O tio Álvaro entrou no quarto com um sorriso grande e veio logo me dar um beijo. – Eu sabia que você conseguiria.
- Eu não teria conseguido sem você, tio! Sem nenhum de vocês que têm sido tão incríveis comigo. – Eu sorri para ele.
- Isso é porque você é absolutamente incrível com todo mundo. – Ele sorriu e se virou para a Catarina. – Cat, não fica chateada, mas a equipe do hospital é completamente fã da Mel.
- O que isso significa, Álvaro? – A Catarina colocou as mãos nas laterais redondas do próprio corpo e quando viu a porta se abrir seu queixo caiu. – Até tu, Molina!
O tio Álvaro deu de ombros quando uma fila de médicos, enfermeiros e funcionários do hospital entrou com uma caixa de som tocando a música “Peça felicidade”, e eles estavam cantando e todos tinham chapéus coloridos na cabeça, óculos em forma de coração, pompons de todas as cores e aqueles instrumentos plásticos de música que faziam barulho. Era como uma explosão de cores e alegria, a fila vinha animada pelo quarto e quando passavam pela cama onde eu estava, um por vez, me entregava uma sacolinha com um bichinho de pelúcia dentro e colocavam uma pulseirinha de contas coloridas no meu braço, cada uma tinha uma palavra positiva como fé, paz, felicidade, entre tantas.
- Esse é o nosso chá de bebê pra você, querida, com uma mensagem positiva e muito animada! Você é a primeira dama desse hospital, mas não é por isso que você é querida e amada aqui, mas sim porque você tem um jeitinho muito especial de tocar as pessoas. – O tio Álvaro falou e me entregou um presente. – Nós estamos honrados em cuidar de você!
- Ai, gente! Que coisa linda! Eu amei! – Eu estava emocionada, mas estava me sentindo muito feliz e um pezinho bem levado deu um chute tão forte no alto da minha barriga que todos puderam ver como a barriga se esticou com aquele pezinho. – Ai... eles também amaram! Acho que estão dançando aqui dentro. – Eu comecei a rir, meus filhos seriam o terror do parquinho.
Depois que todos se despediram e saíram cantando e dançando “O carimbador maluco” e me fazendo rir mais um pouco. Até eu queria dançar, mas me controlei e me contentei com o apito, o chapéu e os óculos vermelhos de coração que eu ganhei.
- Gente, isso foi demais! – Eu sorri.
- E eu gravei tudo! – A Cat falou com um sorriso e depois olhou para o tio Álvaro. – Só vou te perdoar porque foi lindo! Depois disso, nós seremos as últimas mesmo.
- Agora vamos conferir como a tropinha está, porque tem outra fila lá fora. – O tio Álvaro puxou o banquinho e os aparelhos com a ajuda da enfermeira.
- Fila? Que fila? – Eu perguntei ansiosa.
- Agora o resto do dia é meu e das garotas e se mais alguém se atrever a passar na nossa frente o Molina vai ter alguns feridos para costurar. – A Catarina levantou a sobrancelha para o tio Álvaro em desafio e ele deu uma gargalhada.
- Vamos ver como vocês estão primeiro, depois nós vemos a fila. – O tio Álvaro começou a me examinar com cuidado, com muito mais atenção que fazia geralmente e eu me preocupei. – Calma, não fique ansiosa, mas você terá um dia cheio hoje e eu quero ter certeza de que está tudo bem. – Ele me acalmou, já conseguia perceber as minhas reações. – Mas está tudo mais que bem. Eles estão muito animadinhos hoje, você precisa de uma dose extra de calma, por mais animada que você esteja, eles precisam se acalmar e isso depende de você.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......