“Melissa”
Eu estava pronta e animada para o meu quarto chá de bebê, as meninas tinham se esforçado e montaram uma mesa linda de comidinhas, outra de doces e bolo e espalharam cadeiras pelo quarto. Além do nosso grupo, ainda estavam ali o grupo de pais, meu casal fofolete Enzo e Luna, a Hana e o Rafael, a Hebe e o Eduardo, a Ivy e o Vinícius e mais alguns poucos amigos, seguindo as orientações do tio Álvaro.
Cada um que passava pela porta cortava um pedaço de uma fita colorida que estava amarrada lá, depois entregava para a Catarina que colocava o nome da pessoa e a medida da fita. Eu ainda não tinha entendido aquilo, mas ela disse que seria divertido.
A tarde foi passando entre conversas e brincadeiras, as meninas tinham organizado várias e a primeira foi a corrida do troca-fralda, cada um dos maridos recebeu uma boneca e tinham que trocar a fralda dela o mais rápido possível, com as garotas chorando atrás deles como se fossem bebês. Eu cronometrei o tempo e fui substituída pelo Vinícius que ficou chorando atrás do Nando, me fazendo rir muito. Cada um tinha a sua torcida e o clima ali era de pura animação.
- Terminei! – O Patrício gritou e levantou a boneca pela perna.
- É, você é rápido, mas se levantar um dos meus filhos assim eu corto a sua cabeça! – Eu avisei e ele riu. – Olha só, palhaço, talvez o palerma fique com a sua afilhada também. – Eu provoquei o Alessandro que bufou e levantou a boneca com a fralda meio que despencando. – Não valeu, troca essa fralda direito ou meu filho vai fazer xixi na sua cabeça. – O último a terminar de trocar a fralda foi o Heitor e eu não me aguentei. – Ainda bem que a Sam está esperando um só, não é, prostituto?!
- Ah, maluca, dá um desconto aí, vai? – Ele reclamou e eu ri.
- Deixem eu ver essas fraldas. – Eles me apresentaram as bonecas e eu observei bem. – É, o troféu troca-fraldas vai para o palerma, quem diria! – A Cat me deu o trofeuzinho que elas tinham mandado fazer, um para cada brincadeira, era muito bonitinho, um mini troféu em forma de taça dourado como os de futebol e no pedestal preto a plaquinha escrito Campeão e o nome da brincadeira.
- Morram de inveja, eu vou levar todos esses troféus. – O Patrício zombou dos outros.
- Não cante vitória, palerma, você é péssimo com a papinha. – O Rick o avisou e ele estalou a língua.
E a papinha era a brincadeira seguinte, os futuros pais foram vendados e tinham que descobrir o sabor da papinha. Dessa vez quem ganhou foi o Alessandro, ele não errou uma, só podia ser experiência, com aquele bando de filho sempre enfiando um pedaço de alguma coisa na boca dele, ele tinha que ser experto pra não engolir um pedaço de lápis de cera.
A meninas prepararam tanta coisa, até aquele negócio de decorar uma camisetinha branca elas fizeram, cada convidado soltou a imaginação e decorou uma camisetinha para os meus filhos e foi a parte que eu mais gostei. Até que chegou a hora da última brincadeira, as perguntas da gravidez. A Catarina dividiu os times, era o time dos pais contra o time das mães e eu era a juíza.
- Droga, eu quero responder as perguntas. – Eu reclamei.
- De jeito nenhum, você não pode ficar ansiosa e eu te conheço. – A Catarina tinha razão, eu era muito competitiva e talvez naquele momento não fosse aconselhável.
Então eu me conformei. Eu faria as perguntas e contaria o tempo e o tio Álvaro diria se acertaram ou erraram. As torcidas se dividiram e eu tinha certeza que as garotas venceriam, não tinha como eles saberem mais de gravidez do que nós. Então eu comecei as perguntas, primeiros as fáceis e a competição estava empatada, depois as medianas e os rapazes assumiram a liderança com um ponto na frente e quando chegamos às perguntas difíceis eles dispararam, foi uma lavada. Eles ganharam das meninas sem a menor dificuldade e estavam comemorando como se tivessem ganhado um campeonato.
- Como pode isso, gente, eles ganharem de vocês? – Eu perguntei e o tio Álvaro começou a rir. – Você sabe o segredo! Eles colaram?
- Não, eles não colaram. – Ele deu um sorriso. – Entregue o troféu deles, eles mereceram!
- Não trapacearam? – Eu insisti.
- Não! Foi justo! – O tio Álvaro garantiu e eu entreguei o troféu. – Eles estão estudando, lendo, fazendo cursos, desde que vocês engravidaram. Vocês estavam achando que a “universidade dos pais”, como eles gostam de chamar era só brincadeira, pois aí está, não é, eles está comprometidos, fizeram até um curso básico de primeiros socorros.
- Você também, Nando? – Eu perguntei e ele fez que sim. – Ai, meu príncipe! Que orgulho! Viu crianças, o papai vai estar preparando para tirar o caroço de feijão dos narizinhos de vocês.
- Por favor, Mel, eles não vão fazer isso! – O Nando riu.
- Eu não teria tanta certeza, você fez. – O tio Álvaro contou fazendo todo mundo rir.
- Estou considerando que eles vão ser mais espertos. – O Nando resmungou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......