Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1156

“Fernando”

Eu estava exausto e olhava para a Melissa e pensava como ela conseguia, ela nem dava sinal de estar chegando ao limite. Todos os dias ela estava de pé ao redor das incubadoras e passava o dia inteiro ali. Eu ia trabalhar e vinha de tempos em tempos, mas ela estava inabalável. Não fossem pelas olheiras já negras sob os seus olhos, ninguém poderia dizer que ela parecia cansada.

Depois da noite insone que tivemos devido a piora da Leona, eu pensei que ela estaria pronta para deitar e dormir por pelo menos umas poucas horas, mas não, ela parecia revigorada. Nossa filha ainda estava em risco, em situação muito delicada, mas havia apresentado uma melhora e nós nos agarramos a isso. Porém a Leona não era a nossa única preocupação, o nosso outro menino ainda estava fraco também, não tanto quanto a Leona, mas ele também estava fraco.

Mas aquela manhã trouxe boas notícias, a pequena melhora da Leona e o nosso garotinho também estava bem, isso nos deu um fôlego, mas nós ficamos especialmente aliviados quando o quarto bebê foi colocado nos braços da Melissa, era a nossa quarta pequena guerreira estava finalmente nos braços da mãe.

- E agora você não será mais o bebê quatro, queridinha! – A enfermeira falou ao colocar a bebê nos braços da Mel.

- Não, agora você ganha o seu nome. – A Melissa sorriu para a pequena.

- Você é a nossa Marcela Lascuran Molina! – Eu falei ao tocar seus dedinhos e ela fez um pequeno movimento como se segurasse o meu dedo.

E naquele momento, eu não era mais nada além de um pai que o coração havia sido arrebatado mais uma vez. A Melissa teria que me desculpar, mas eu não podia mais segurar. E foi a primeira vez que eu chorei ali, diante dos meus filhos e diante dela, com aquela garotinha segurando a ponta do meu dedo como se estabelecesse uma conexão direta com o meu coração.

- Já vi que essa daqui eu perdi para o pai. – A Melissa brincou. – Vamos colocá-la no colo dele. – Ela pediu a enfermeira.

- Percebe que essa aqui será a sua cópia fiel? – Eu a encarei com um sorriso.

- É, percebo, só pelo jeitinho que vocês dois se entenderam. – Ela me deu um sorriso lindo.

Era a primeira vez que ela mal pegava uma das crianças e já a colocava no meu colo. Não que eu me importasse em esperar pelo tempo que ela sentisse que era necessário para ela, mas geralmente ela demorava um tempo com o bebê antes de passá-lo para mim. Mas foi diferente e ela me entregou a pequena Marcela e sorriu ao ver como a pequena se aninhou no meu colo. A Melissa me deu um beijo no rosto e sorriu, tocando de leve em nossa filha e só depois ela a segurou um pouco mais.

- Agora só falta o nome do bebê cinco. – A enfermeira comentou e foi conversar com o bebê. – Está vendo, bebê, nós estamos todos aqui curiosos para saber o seu nome, só o papai e a mamãe que sabem. Vê se fica bem fortinho para que eles contem o seu nome pra gente logo.

A Melissa e eu nos olhamos e ele ainda seria o bebê cinco mais um pouco, mas foi só por mais dois dias e ele pôde vir para os nossos braços. E quando o seguramos, havia um mar de pessoas do lado de fora do vidro e várias enfermeiras dentro da sala esperando pelo nome do bebê.

- Pessoal, por favor dêem as boas vindas ao Vitor Lascuran Molina. Ele é o segundo menor da tropinha, mas é um vitorioso também! – Eu contei o nome do nosso sexto filho cheio de orgulho por ele estar se mantendo forte e decidido a ficar bem.

E os dias foram passando com os altos e baixos, mas a que inspirava maior preocupação era a Leona, havia dias em que ela parecia bem e dias em que nem tanto. Quando ela finalmente estava em condições sair por breves minutos da incubadora e finalmente sentir o calor do colo da mãe, eu senti um alívio como uma onda que lavava o meu corpo. A Melissa chorou muito naquele dia, ter a filha nos braços a deu a real dimensão do tamaninho de pessoa que estava lutando como um leão pela vida. E mesmo tendo sido breve, foi muito especial.