“Melissa”
A Leona estava indo pra casa, saindo do hospital finalmente depois de lutar a guerra inteira. Ela ainda precisava de cuidados a mais, teria um acompanhamento mais rigoroso, conforme o tio Álvaro havia nos explicado, mas ela cresceria bem e saudável. Minha alegria estava completa. Mas tinha um problema, quando chegamos ao estacionamento nos demos conta de que não tinha bebê conforto no carro, pois não esperávamos a alta da Leona. O Fernando e eu nos olhamos e nenhum de nós estava seguro o suficiente para levá-la até em casa no colo, o medo de que algo pudesse acontecer se não fizéssemos tudo certinho ainda persistia.
- Com licença! – O Enzo surgiu com um bebê conforto novinho, com um laço de fita vermelha enorme preso a ele. – Se quiserem eu posso levá-la no meu carro, mas como é a primeira vez que ela vai pra casa, imagino que vocês queira ter a honra.
- Você comprou o bebê conforto também?! – O Fernando riu. – Que ótimo, agora temos um extra.
- Você não tinha nenhum no carro. – O Enzo deu de ombros. – Abre aí, deixa eu instalar, porque eu li o manual todinho.
O Fernando abriu o carro e o Enzo instalou o acessório. Depois eu entrei e coloquei a Leona lá, completamente segura. Nós fomos pra casa e no caminho avisamos a todo mundo. Quando chegamos em casa tinha uma faixa pendurada dizendo “bem vinda, Leona” e toda a família e os amigos estavam ali. Nós entramos e estavam todos emocionados, meus seis filhos estavam finalmente em casa!
Mas no meio da comoção pela chegada da bebê o Heitor não perdeu o sobrinho de vista.
- Onde vocês estavam? – O Heitor perguntou ao Enzo e a Luna.
- No hospital. – O Enzo respondeu simplesmente.
- Tão cedo? – O Heitor observou o sobrinho.
- O vô Álvaro precisava de ajuda. – O Enzo respondeu com um sorriso.
- Padrasto traidor, deveria ter chamado a mim para ajudar. – O Heitor fez birra como criança.
- Ai que coisa, Heitor, está com ciúmes de mim?! – O tio Álvaro havia chegado e não perdeu a oportunidade de implicar com o Heitor. Quem resistia? – Imagina quando você souber...
- Souber o quê? – O Heitor ficou interessado e eu vi que o Enzo estava se controlando, mas estava louco para se exibir, então eu fiz um aceno pra ele ir em frente.
- Que a Luna e eu somos os padrinhos dessa fofurinha! – O Enzo deu um sorriso radizante.
- Ah, moleque... – O Heitor bufou. – Ele foi mais esperto que todos nós, estava fazendo campanha esse tempo todo.
- Não estava, mas eu estou achando o máximo ser o padrinho dela. – O Enzo realmente estava orgulhoso.
- Ah, não, maluca, não é justo, nós estamos todos aqui esperando e você disse que só escolheria os padrinhos quando a Leona saísse do hospital. – O Alessandro reclamou.
- Pois é, palhaço e ela saiu do hospital hoje! O Enzo estava lá. – Eu brinquei.
- Estava lá porque é o netinho do Molina. – O Patrício reclamou.
- Ai, mas vocês parecem bebês! – Eu ri. – Vamos, Nando, vamos distribuir a tropinha logo.
- Por quem começamos? Do mais velho? – Nando me perguntou.
- Não, começamos pela Leona, então agora é o Vitor. – Eu o lembrei e ele pegou o Vitor no colo. Eu entreguei a Leona para o Enzo que estava totalmente feliz e ansioso para segurá-la outra vez.
- Está bem, sentem-se todos. – O Nando olhou para eles e depois para mim. – Nós pensamos muito durante esse tempo e cada um vai receber um afilhado e nós percebemos algumas afinidades entre as crianças e vocês. O Vitor, como é o mais barulhento, que está sempre conversando e eu tenho a impressão que será o delator do grupo, vai ser afilhado do Patrício e da Lisa.
- Isso, moleque! – O Patrício deu um pulo do sofá. – O dindo sabia, não sabia? Hein? O dindo não te falou isso? Então, o dindo sabia!
- Como assim, gente? – Eu perguntei um pouco confusa.
- Ai, Mel, ontem à noite ele estava ninando o Vitor e estava falando para ele que se vocês não deixassem que ele fosse o padrinho, ele o roubaria de vocês. Aparentemente o meu marido fala a linguagem dos bebês e o Vitor disse que ele era o tio mais legal. E eu a tia mais linda! – A Lisa abriu um sorriso enorme. – Anda, Pat, pega ele!
- Tá bom, né?! – O Fernando entregou o Vitor ao Patrício e eu peguei a Marcela.
- Não tem jeito parceiro, essa daqui vai ser igualzinha a mãe! Marcelinha, vai precisar de um parceiro que segure as pontas quando ela sair ralando a carta das inimigas no asfalto. E eu tenho certeza que ela vai ser delegada! – Eu olhei o Flávio e a Manu que se levantaram chorando.
- Ah, Mel, você realizou o meu sonho, ter uma mini você pra cuidar! Vou ensinar tudo o que eu sei para ela. – O Flávio pegou minha filha, que pareceu ainda menor nos braços dele.
- Como assim? – Eu perguntei curiosa.
- Esse mini maluquinho é tão atrevido quanto a mãe! Ele fez xixi em mim, minha deusa! Foi o tempo de tirar a fralda e ele pareceu mirar o meu rosto e fez um grande xixi em mim! – O Heitor contou e nós começamos a rir.
- Ih, Heitor, até o Marcos já sabe que você é meio lento! – O Patrício implicou com o amigo .
- Quer desistir, prostituto? – Eu perguntei e ele sorriu.
- De jeito nenhum! Eu vou ensiná-lo a fazer xixi nos idiotas. – O Heitor apontou para os outros. – Nós já combinamos, o primeiro que ele vai molhar, será o tio Patrício.
No fim o dia tinha sido o melhor. Olhando todos ali, eu finalmente respirei aliviada e senti que cada coisinha tinha valido a pena, cada sacrifício, cada obstáculo superado, tudo tinha valido à pena, para chegar naquele momento e ver minha família inteira e bem, ali, na minha sala, com alegria e amor.
- Só digo uma coisa, o padre vai ficar louco com esse batizado. Doze crianças de uma vez... – A Catarina comentou.
- Você não contou os padrinhos. – Eu a lembrei e nós começamos a rir.
N.A.:
Olá, queridos... como estão?
Meus lindos, essa semana nós teremos as emoções finais de Melissa e Fernando. Depois de muita luta com esses bebês é hora do felizes para sempre que a Mel merece. E na sequência Hanael vai chegar colocando fogo em tudo.
Eu agradeço por vocês compreenderem que eu sou humana e estou passando por problemas que acabam causando um atraso no nosso livro. Mas tudo vai se ajeitar dentro de uns dias, já que agora eu estou fazendo o tratamento certinho.
Shirley, minha linda, desde que você falou que em breve será uma fisioterapeuta eu tenho pedido a Deus para abençoar as suas mãos e usar você como instrumento de conforto, cura e consolo para quem passar por você. Faça com amor sempre!
E o meu recado do coração mais que especial hoje vai com um beijo e o meu coração em festa. Branca Teixeira, minha querida amiga, que emoção você me deu ao compartilhar conosco a sua vitória! Eu tenho uma admiração tão grande por você, que lutou contra algo tão assustador e lutou com tanta força e ainda compartilhou conosco tanto bom humor e alegria, tantos sentimentos bons em horas tão difíceis. Eu te reverencio, Branca! Saber que eu cheguei a você num momento em que você lutava uma batalha, assim como outros queridos já me disseram aqui que esse livro tem sido uma espécie de suporte e aliviado momentos difíceis, faz cada palavra que eu coloco aqui com tanto amor valer a pena. Nada, queridos, nada vale mais do que sentir que fiz a diferença positivamente na vida do outro. Deus é bom o tempo todo! Que você siga, Branca, forte, saudável e cheia de sentimentos bons, com muita vida e muita luz!
Para todos vocês, meus lindos, um beijo no coração!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......