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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1159

“Patrício Guzmán”

Eu olhei em volta daquela sala e me senti um privilegiado por ter aquela grande família que formamos com muito amor e uma amizade tão sincera. Ter a pequena Leona finalmente em casa nos dava a sensação de que estávamos completos, mesmo que sempre houvesse espaço para receber mais alguém, como o Enzo e a Luna que agora eram presença constante entre nós e já haviam se tornado parte fundamental do grupo.

Por muito tempo fomos apenas o Alessandro, o Heitor e eu, sentados em alguma boate ou algum bar, flertando com mulheres que não significavam nada para nós além de uma noite. Foi assim até a Melissa e a Catarina chegarem e como dois pequenos furacões mudarem toda a ordem que havia antes. Tudo começou a mudar com elas. E mudou para muito melhor! Elas realmente nos tiraram do acomodamento que estávamos e nos deram mais do que poderíamos imaginar.

Até a minha amizade com o Flávio, que andava distanciada, foi retomada por causa delas e graças a isso eu tinha reencontrado a mulher que sempre esteve no meu coração, que sempre roubou o meu sono e da qual eu sempre havia fugido. E, graças a isso, agora eu tinha a minha família, uma esposa maravilhosa e dois filhos perfeitos, além dos meus afilhados lindos e de todos esses sobrinhos e irmãos que a vida me deu.

- Patrício! – A Lisa me chamou, colocando a mão em minha perna. – Em que mundo você está, cariño?

- Eu estava pensando em como a vida é cheia de surpresas maravilhosas, meu doce. – Eu respondi e dei um beijo rápido nela.

- Então está na hora de fazer a nossa surpresa. – A Lisa sorriu e eu sabia que ela queria que anunciássemos os padrinhos do nosso filho.

- Quer contar? – Eu perguntei a ela, mas torcendo para que ela me deixasse fazer o anúncio.

- Não, você conta! – Eu não escondi o meu sorriso quando ela me deixou fazer aquilo.

- Olha esses dois cochichando. – A Melissa estava de olho em nós. – Estão finalmente decidindo contar pra gente quem vai ser o padrinho desse fofinho aí? Vamos, confirmem logo as minhas suspeitas.

- Maluca, eu tenho certeza que você já sabe quem é. – Eu comentei e ela sorriu.

- Claro que eu sei, eu sempre sei! – Ela deu uma piscadinha pra mim. – Anda, conta logo, vocês prometeram que contariam só depois que eu entregasse os meus, afinal o Lorenzo foi o último do Best maternity a nascer. Achei justo vocês fazerem isso, mas agora, está na hora de acabarem com a curiosidade dos outros. Até porque nós precisamos marcar o batizado.

- Aí, vai ser tão lindo, o best baptized perfect! – A Manu falou emocionada. Nós estávamos presos pra sempre no “best alguma coisa perfect”, graças a todos esses bebês que nasceram quase juntos.

- Chaveirinho, segura a emoção aí. – A Melissa brincou com ela e eu percebi que a Melissa realmente sabia.

- Bom, gente, é o seguinte, todos vocês sabem que são meus irmãos e irmãs e que eu amo cada um. Se depender de mim, minha esposa e eu teremos um monte de filhos e daremos um afilhado, ou afilhada, para cada um de vocês, mas nós gostamos de ter um de cada vez, diferente de uns e outros aqui. – Eu brinquei com os meus amigos que tiveram mais de um bebê de uma vez e eles riram.

- Não seja invejoso, Pat! – A Catarina abriu um lindo sorriso pra mim.

- Ah, só um pouquinho, porque agora eu tenho que correr, a maluca já empatou com você! E numa única gravidez. Vai que ela resolve engravidar de novo e vem mais seis? – Eu perguntei e abri bem os olhos, a Catarina arregalou os dela pra mim.

- Ah, tudo é possível, porque eu guardei umas cartelas daquele remédio... – A Melissa falou e todos nós olhamos pra ela horrorizados, como aquela maluca poderia até mesmo brincar em passar por tudo aquilo de novo? – O que foi gente? Eu, hein?! Eu passaria por tudo de novo, até parece que vocês não, foi estressante, enervante, apavorante, doloroso, mas valeu muito à pena! – Ela sorriu e nos olhou como se loucos fôssemos nós.

- Maluca, você não existe! – O Alessandro começou a rir. – Meu anjo, nós vamos encomendar os próximos ainda hoje.

- Não, Alessandro, não é a Melissa que é maluca não, é você que é completamente louco por me dizer uma barbaridade dessas! – A Catarina olhou para o marido como quem fica irritada. – Vou te dizer só uma coisa, Alessandro, se você não parar de falar de outro filho, eu mesma esterilizo você, com um alicate de unha e álcool em gel!

- Ah, então é só por causa disso? – Ele me olhou um pouco decepcionado e eu ri.

- Acho que é. – Eu brinquei e ele parecia decepcionado. – Mas também é porque você é um amigo que foi fiel até quando eu me afastei. Porque quando eu te liguei pedindo o favor de investigar a Cat, você não me cobrou porque eu tinha ficado tanto tempo sem dar notícias. E quando nós precisamos resgatar o Pedro, você não se preocupou com formalidade, nem com hierarquia, você só reuniu a sua equipe e foi atrás. Você salvou o Santiaguinho daquela louca e salvou a vida do Alessandro, você livrou a Sam de um ex abusivo, salvou a Anabel daquelas duas mulheres horríveis, protegeu a maluca no meio das confusões, trouxe o amor da minha vida pra mim. E tantas outras coisas! Você é o nosso anjo da guarda, Flávio, você cuida de todos nós, mesmo quando nós nem nos damos conta de que precisamos de proteção. E, se você é capaz de se colocar frente a frente com o perigo por estranhos e é capaz de tudo para proteger seus amigos, meu filho não poderia estar em melhores mãos.

O Flávio se levantou e me abraçou. Um longo abraço de irmãos que dizia muito.

- Cara, você sempre foi meu irmão! Se você precisou se afastar por um tempo, eu tinha que respeitar, porque era o que você precisava. Eu nunca pensaria antes de entrar na frente de uma bala por você, por cada um de vocês. E eu vou proteger essas crianças, podem ter certeza! Obrigado por confiar em mim. – O Flávio estava emocionado e com os olhos marejados. – Agora me dá aqui meu afilhadinho, porque eu acho que ele já está caindo de encantos pela Marcelinha, eu vi os olhares que os dois estavam trocando no berço ontem.

- Flávio, não começa, eu ainda não estou preparado para ter um rapazinho puxando as tranças de uma das minhas filhas. – O Fernando reclamou e todos nós rimos.

- É a sua vez de sofrer o que fez o Otávio passar, príncipe! – Eu brinquei com ele e ele bufou.

- Se esse moleque demorar onze anos pra pedir minha filha em casamento, Patrício, ele vai se ver comigo. – O Fernando brincou e começou a rir.

- Olha, cariño, ele realmente gosta dela. – A Lisa chamou a minha atenção e todos nós olhamos a tempo de ver o Lorenzo no colo do Flávio sorrir e esticar a mãozinha para tocar a Marcelinha no colo da Manu, que também deu um sorrisinho fofo de olhinhos brilhantes.

Essas crianças cresceriam juntas, todas elas, as que já tinham nascido antes, as que nasceram agora e as que ainda nasceriam, mas eu sabia, desde que a Marisol chegou e roubou toda a atenção do Augusto, que seria inevitável que pelo caminho alguns casaizinhos acabassem se formando nessa turminha. Não que eu estivesse ansioso por isso, mas seria bonito acompanhar as descobertas deles.

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