“Melissa”
Depois do batizado os pais voltaram para Campanário, por mais que eu tenha adorado tê-los por perto, era hora de estabelecer uma rotina com a minha família. Sim, eu tinha uma babá maravilhosa que às vezes colocava até a mim para dormir e eu a chamava de “Mary Poppins”, porque eu tinha certeza que ela tinha habilidades mágicas. Mas ela não dormia em casa e não passava os finais de semana a menos que eu precisasse, porque o Fernando e eu queríamos cuidar dos nossos filhos à noite. Mas não essa noite!
Essa noite eu tinha outros planos. E também já estava na hora de dar aos padrinhos as suas responsabilidades. Com a ajuda da minha “Mary Poppins” eu arrumei os meus bebês bem lindinhos, cada um vestido de uma cor para que ficasse mais fácil. Nós colocamos todos na mini van que o meu pai tinha me dado, o que foi uma ótima idéia mesmo, e fomos ver os dindos.
Minha primeira parada foi ali no condomínio mesmo, meu parceiro estava de folga e seria o primeiro a ser atacado. Ele estava sentado no tapete da sala brincando com os filhos, que davam aquelas risadinhas gostosas e pequenos gritinhos.
- Parceira! Que bom que você veio. – Ele se levantou para me receber e a Marcelinha se agitou no carrinho assim que ouviu a voz dele. – E trouxe a minha parceirinha também. Coisa linda do dindo!
Ele tirou a menina do carrinho, que já se esticava toda para ir para o colo dele. Minhas filhas eram tão espertas quanto eu e a Marcela, se derretia pelo padrinho.
- Parceirinha, pede a mamãe pra deixar você passar o dia com o dindo, pede! Fala pra ela que a gente vai se divertir de montão. – O Flávio falou com a menina que olhava pra ele encantada.
- Nem precisa pedir, foi justamente pra isso que ela veio. Toma! – Eu empurrei pra ele o carrinho, a bolsa e o bebê conforto. – Pode deixar a minha filha em casa amanhã de manhã antes de ir para a delegacia, parceiro.
- Ih, olha a mamãe, parceirinha. Toda errada! Avisa pra ela que você chega em casa na hora do almoço amanhã. – O Flávio me fez rir.
- Amanhã de manhã, parceiro, antes de você ir para a delegacia. – Eu avisei e dei um beijo na minha filha.
- Que chata! Não deixa a gente fazer nada. – O Flávio reclamou e eu saí dali rindo.
- Aproveite o tempo que tem parceiro! – Eu avisei da porta.
- Tchau, mamãe! Vou fugir com o dindo. – Ele fez uma voz infantil ridícula e levantou a mãozinha da Marcela para me dar tchau. Quando eu fechei a porta ainda pude ouvir a bagunça que ele fez com as crianças, gritando um “êêêê”.
Era hora de ir para a Lince. Lá eu levei quase uma hora para chegar ao andar da presidência, porque todos queriam ver a tropinha, que distribuiu sorrisos e simpatia por onde passou, enchendo a mamãe de orgulho.
- Ah, olha quem chegou! – O Enzo obviamente andava muito mais pendurado na presidência agora, mesmo com a Luna o mandando trabalhar o tempo todo, ele sempre arrumava uma desculpa para aparecer. – Oi, gatinha! Dia de passear?
- Pois é, a tropinha queria visitar os padrinhos. – Eu sorri pra ele.
- Eu ouvi a voz da maluca? – O Heitor apareceu depressa. – Os lindinhos do titio! Oi, meus amorzinhos!
Em menos de trinta segundos eu tinha a Luna, o Enzo, a Julia e o Heitor babando sobre os meus filhos. Depois que eles fizeram bastante gracinha era hora de dizer o que eu fui realmente fazer ali.
- Seguinte, queridos, os bebês querem passar um tempo com os padrinhos e madrinhas, então, eu estou fazendo a vontade deles. – Eu peguei o Marcos do carrinho e entreguei para o Heitor, enquanto a babá desacoplava o carrinho dele do da irmã.
- Mas o dindo quer muito ficar um pouco com esse fofinho! – O Heitor deu o maior sorriso.
Eu entreguei a ele o carrinho, com a sacola e o bebê conforto e ele ficou me olhando sem entender. Então eu peguei a Leona e entreguei para o Enzo e também entreguei as coisas dela.
- Essa é sua, qualquer dúvida recorram as mães de vocês. – Eu avisei. – Tchau, bebês da mamãe, divirtam-se! – Eu dei um beijinho em cada um. – Tchau padrinhos! Amanhã de manhã vocês vão deixar os meus filhos em casa, os mantenham vivos, alimentados, limpos e com todas as partes do corpo nos devidos lugares.
- Viu, pelota, você vai ficar com o dindo até amanhã de ma... – O Heitor estava falando com o marcos e de repente se deu conta do que estava acontecendo. – Espera, maluca, você não vai...
- Eu vou! Vocês são padrinhos e eu confio em vocês, só recomendo parar de chamar meu filho de pelota só porque ele é fofinho... muito fofinho! – Eu sorri e olhei o meu filho que tinha ganhado bastante peso ao longo dos meses e tinha aquelas bochechinhas fofas e rosadas.
- Você está falando sério, Mel? Ela pode passar a noite com a gente? – O Enzo sorriu e me olhou como se tivesse ganhado um presente de natal.
- Vocês estão pensando nessa adoção já tem tempo, né?! – O Alessandro perguntou e o Thales fez que sim.
- Muito tempo, mas nós procuramos um advogado que não nos deu muitas esperanças, colocou muitas dificuldades porque somos um casal homoafetivo e várias outras coisas. Nós demos uma desanimada, mas a Melissa acendeu a brasa em nós de novo, quando disse que tinha a pessoa certa para ser nossa cegonha. – O Thales sorriu.
- Tenho certeza que ela vai encontrar o filho de vocês. Aquele advogado não era o que vocês precisavam. – Eu comentei.
- Diga se precisar de algo, Thales. – O Patrício ofereceu.
- Ah, mas eu vou precisar, parece que vocês terão que dar referências minhas e do PH. Mas quando for o momento eu falo com vocês. – O Thales sorriu.
- Tudo o que vocês precisarem. – O Alessandro reforçou. Meus amigos eram assim, boas pessoas, generosas e que estavam sempre dispostos a ajudar.
- E você, preciosa? Está com saudade do dindo, está? O dindo estava morrendo de saudade de você! – O Rick estava conversando com a Heloísa e ela resmungava, ele a ouvia com a atenção de quem entendia tudo o que ela dizia.
- Muito bem, tropinha entregue! Padrinhos, entreguem os meus filhos em casa amanhã de manhã. E por favor, não entupam essas crianças de besteiras, vocês conhecem a regra. – Eu avisei e dei um beijo em cada criança.
- Amanhã de manhã? – Eles se viraram pra mim e perguntaram ao mesmo tempo.
- Amanhã de manhã! Vocês são os padrinhos, se virem! – Eu sorri e joguei um beijo para eles.
- O principezinho vai ficar com o dindo até amanhã de manhã, vai? – O Patrício falou com o meu filho. – Talvez a gente fuja e você fique com o dindo, o Loris e a Sol pra sempre!
- Nada de pra sempre, palerma, é só até amanhã de manhã! – Eu avisei antes de entrar no elevar e dar um adeusinho para eles. Agora eu deixaria a babá em casa e voltaria para a minha casa para esperar o Fernando.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......