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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1162

“Fernando”

Assim que o relógio badalou a sexta hora eu peguei todas as minhas coisas e saí da minha sala no hospital como um raio. Dei um boa noite apressado para a Hana, que ultimamente andava tão apressada quanto eu para ir para casa e ela nem tinha bebês fofos esperando por ela. Quando cheguei ao elevador o Vinícius estava saindo e eu o empurrei para dentro de novo.

- Se quiser falar comigo é aqui e seja rápido. Eu quero voltar para a minha família. – Eu avisei e ele riu.

- Mas olha que apressado! – O Vinícius sorriu. – Eu só passei pra saber se você conseguiu ver aquela proposta que eu fiz.

- O centro de cuidados integrados para suporte a pessoas com demências e doenças degenerativas e seus familiares. Sim, eu vi e achei extraordinário. Fiquei empolgado com aquilo, passei para o meu tio dar uma olhada, espero que você não se importe, porque eu quero fazer algo um pouco maior.

- Um pouco maior quanto? – Ele me olhou como se avaliasse a minha reação.

- Ao invés de uma ala, um prédio anexo, com todo tipo de terapia integrada. Já andei falando com alguns amigos, podemos ter investimento e maior abrangência.

- Você está falando de gratuidade? – Os olhos dele brilharam e eu fiz que sim.

- Fazer o bem sem olhar a quem, Dr. Vinícius! – Eu dei um tapinha nas costas dele. – Se prepara, se meu tio concordar, e eu tenho certeza que ele vai, você terá muito trabalho pela frente.

- E você não? – O Vinícius me encarou com um sorriso tão grande de satisfação que eu percebi o quanto a proposta era importante para ele.

- Não, eu só vou encontrar empresários ricos para investir e assinar os papéis. – Eu sorri para ele. – Vai ser grande, Vini, pra melhorar a vida de muitas pessoas! Agora eu estou indo. Amanhã você passa na minha sala mais cedo!

Eu saí correndo do elevador e antes que eu alcançasse a porta para o estacionamento eu dei de cara com o meu tio.

- Ah, não, eu vou pra casa! – Eu reclamei e ele começou a rir.

- Quanta pressa! Não se cansou do choro e das fraldas ainda? – Ele zombou de mim.

- Eu amo ouvir os meus filhos, não gosto muito das fraldas, mas adoro alimentá-los. E sobre a minha esposa, eu não preciso dizer nada, não é?! – Eu sorri para ele, ele sabia o quanto eu amava a Melissa desde que eu a vi pela primeira vez.

- Não precisa dizer. Vai ser rápido. Só quero saber se podemos marcar a sua posse oficial. – Ele me encarou e eu parei por um momento. Eu tinha me esquecido completamente daquilo.

- Mas eu já estou no cargo. – Eu falei para ele.

- Mas precisamos oficializar isso. Que tal daqui a duas semanas? Um coquetel. Nós formalizamos você e o Vinícius e apresentamos o projeto dele como o grande marco dessa transição, uma prova de que vocês dois vão levar esse hospital muito além. – Meu tio me encarou com um sorriso.

- Eu sabia que você ia aprovar! – Eu abri um grande sorriso.

- Como não iria, é um projeto audacioso e com grande potencial. Além do mais, nós sabemos como a demência é difícil, não é?!

- O vovô! – Eu me lembrei com certa tristeza dos últimos anos do meu avô. – Quinze dias, passa na minha sala amanhã para acertarmos os detalhes. Vamos aproveitar esse coquetel para angariar fundos para o nosso centro. – Eu vi uma oportunidade e a agarrei. – Agora eu vou pra casa. – Eu dei dois passos me afastando dele, mas me virei e voltei para abraçá-lo. – Padrinho, eu te amo, como um pai!

- E eu te amo como um filho, Nando! – Ele me abraçou. Eu dizia muito pouco a ele, quase nunca o chamava de padrinho, embora ele soubesse que era importante pra mim. – Você se tornou um grande homem, eu me orgulho de dividir o mérito com o seu pai!

- Eu me orgulho de vocês dois! – Eu dei um beijo em seu rosto e olhei em seus olhos. – Agora eu vou ver a minha família!

Eu saí correndo do hospital antes que mais alguém quisesse falar comigo. Talvez eu devesse circular um memorando dizendo que o novo diretor do hospital só atendia de oito às dezessete horas e nem um minuto além das dezoito horas.

Quando cheguei em casa, parecia tudo muito quieto. Geralmente àquela hora eu veria a babá saindo e ouviria algum tipo de barulho dos meus filhos. Mas não havia absolutamente nenhum ruído na casa. Tudo quieto demais.

Eu chamei a Melissa e não ouvi resposta. Será que ela tinha saído? Eu subi as escadas e passei no quarto dos nossos filhos, mas eles não estavam lá, nenhum deles. Ela devia ter saído com eles. Me senti um pouco frustrado, pois tinha voltado do trabalho correndo, ansioso para ver a minha esposa e meus filhos, mas não tinha ninguém em casa.

Fui para o nosso quarto de cabeça baixa, arrastando os pés e quando abri a porta meus olhos saltaram das órbitas e minha língua caiu da boca até o chão, como se desenrolasse como um tapete. Minha mulher estava de volta!

- Pose número cinquenta e dois do meu álbum de fotos favorito! – Eu falei e joguei minha pasta no chão, me aproximando dela devagar para poder observá-la bem direitinho.

CASAL 6 - Capítulo 165: A pose número cinquenta e dois 1

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