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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1170

“Hana”

Eu fui para o hospital, embora estivesse ajudando a Melissa com as coisas do casamento, eu não podia descuidar do meu trabalho, além do mais só encontraria com as garotas mais tarde. Fiquei bastante impressionada com o quanto o Fernando era organizado e como ele tinha se virado bem sem mim, não havia nenhuma pendência sobre a minha mesa. Talvez eu devesse me preocupar, ele poderia perceber que não precisava de uma assistente.

- Você não vai me contar nada, Hana? – O meu chefe estava parado diante da minha mesa.

- Eu estou é querendo saber, porque não tem nada para eu fazer sendo que eu não trabalhei ontem. – Eu o encarei e ele riu.

- É porque eu sou um bom chefe e você uma assistente competente que deixa tudo organizado. – O Fernando abriu um sorriso pra mim, meu chefe era mesmo um gato, ainda mais sorrindo assim, ele e a Melissa teriam filhos lindos.

- Eu espero ser uma assistente útil! – Eu olhei para ele, que parecia esperar por alguma coisa. – Do que você precisa, Fernando?

- Nada demais, só saber como você está, como tem ido com o Rafael, quando vocês vão se ver de novo... essas coisas, conversa de amigo. – Ele estava me olhando como se tivesse me pedido grampos para um grampeador.

- Não sabia que você era fofoqueiro! – Eu o encarei e ele riu.

- Geralmente eu não sou, mas esse caso em específico está me interessando. – Ele me olhou como se tentasse descobrir algo.

- Não vai me dizer que se apaixonou pelo Rafael? Se for esse o caso, fica tranquilo, ele é todinho seu! – Eu brinquei e ele estreitou os olhos.

- Não, eu apenas te vi saindo do prédio essa manhã. As coisas entre vocês...

- Melissa mandou você me perguntar, não foi? – Eu o encarei.

- Eu falei pra ela que não era uma boa idéia! – Ele resmungou. – Ela quer saber, mas não quer te pressionar, para não te assustar.

- Fala pra ela que ela pode me pressionar o quanto ela quiser, eu não vou me chatear com ela. Mas pode dizer que não tem a menor chance dela me juntar com o Rafael, não vai acontecer. Eu não vou vê-lo mais! – Eu avisei, quem sabe o Fernando colocava isso na cabeça da Melissa e ela parava de tentar ser cupido.

- Nossa, agora eu fiquei com pena dele! Qual o problema, Hana? – O Fernando me olhou bem sério, parecia uma pergunta dele mesmo e não da Melissa.

- Eu não vou me arriscar, Fernando. Todo mundo diz que não, mas eu tenho certeza de que ele é igual ao Frederico. – Eu encarei o Fernando que pareceu surpreso.

- Só digo que eu penso como todo mundo, mas entendo o seu receio. Posso dar uma opinião? – Ele perguntou e eu fiz que sim. – Vai conhecendo o cara aos poucos, Hana, não foge sem ter certeza, você já tem a experiência ruim, conhece os sinais, vai devagar, tentando perceber como ele se comporta, como ele reage. Vai que você descobre que está enganada? – Ele até não estava errado, mas eu não ia arriscar eu já tinha visto os primeiros sinais, não ia esperar por alarmes sonoros e luzes piscantes.

- Não, Fernando, eu não posso arriscar de novo. – Eu nem consegui sorrir para ele, porque eu queria muito que o Rafael fosse diferente, mas ele não era.

- Ah, Hana, não se fecha pro mundo por causa de uma experiência desastrosa. Não deixa o medo te paralisar, você pode perder coisas maravilhosas por medo. Olha pra mim, eu quase perdi a Melissa, o amor da minha vida, porque eu tinha medo de casamento, por causa de uma experiência ruim. – Ele aconselhou, mas a situação era tão diferente que eu apenas dei um sorriso.

O Fernando foi para a sala dele e eu fiquei ruminando os meus pensamentos, já que eu não tinha nada para fazer. Eu odiava ter tempo livre, porque eu tinha uma mente masoquista e sempre que ela não tinha com o que se ocupar ela ficava relembrando os horrores que o Frederico fez comigo. Mas dessa vez ela tinha escolhido me torturar de uma maneira diferente e, mesmo sem que eu quisesse, eu estava pensando na noite que eu tive com o Rafael, o tempo todo, todas as imagens vívidas em minha mente, aquele sorriso de derrubar calcinha, seus olhos que pareciam sorrir também, aquela boca que...

- Senhor, afasta de mim essa tentação! – Eu pedi me debruçando sobre a mesa.

Mas minha prece não foi atendida e eu passei o dia pensando naqueles músculos torneados, nos braços fortes me abraçando, no ferramental que aquele diabo sabia usar e naquela boca que me fez esquecer o perigo. Eu já estava cogitando a possibilidade de ir até o Vinícius e pedir para ele me aplicar um sedativo, para que eu pudesse apagar e não pensar mais naquele homem. Eu não podia sucumbir a ele, ele seria a minha perdição.

- Srta. Hana Saito?

CASAL 7 - Capítulo 5: Chefe estranhamente curioso 1

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