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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1178

“Rafael”

Talvez ter levado a Hana para a minha sala de trabalho não tivesse sido uma boa idéia, porque agora eu precisava trabalhar, mas estava pensando nela, nua na minha mesa, gemendo contra o vidro da minha janela, sentada no meu colo na minha cadeira, debaixo de mim no meu sofá, me beijando grudada na porta... as melhores imagens em minha cabeça e a vontade de fazer tudo de novo... era muito difícil me concentrar assim.

Mas eu também estava preocupado, pois ela recebeu uma ligação que claramente a chateou. Eu dei privacidade a ela, mas agora eu não sabia como ajudá-la porque não sabia com o que ela estava lidando. Eu queria saber se ela estava bem, mas se perguntasse diretamente ela não responderia, eu sabia que precisaria distraí-la antes de perguntar, precisava desarmá-la. Então eu mandei uma mensagem, talvez ela me respondesse e pudéssemos conversar um pouco e eu pudesse saber se ela estava melhor do que hoje quando foi embora.

O que eu não esperava era que ela me dissesse que precisava de mim e eu teria dado pulos de alegria se aquilo não tivesse soado como um pedido de socorro e não tivesse me deixado totalmente preocupado, muito mais do que eu já estava. Eu saí correndo do bar e dirigi o mais rápido possível até a casa dela. Mas eu não estava preparado para vê-la daquele jeito, chorando, com o rosto banhado em lágrimas, com um sofrimento evidente, parecendo totalmente desamparada e assustada. Eu a peguei e a segurei, a apertei contra o meu corpo, como se pudesse impedi-la de afundar naquela tristeza, mas ela chorou mais e soluçou, soluços que pareciam exprimir muita dor.

Ela se agarrou a mim como nunca tinha feito antes e afundou o rosto no meu pescoço enquanto chorava. Eu me sentei no sofá com ela em meu colo e esperei que ela chorasse tudo o que quisesse chorar, passando as mãos em suas costas, dando beijos carinhosos em sua cabeça, dizendo que eu estava com ela e cuidaria dela.

E enquanto ela chorava eu olhei em volta e vi um vestido horroroso jogado no chão, mais adiante um casaquinho estranho e mais adiante um par de sapatilhas pretas. Aquela roupa não fazia o menor sentido ali, mas a Melissa já tinha me contado sobre como a Hana se vestia quando se conheceram e sobre como o ex namorado teve influência nisso, então aquela roupa poderia ser de antes da Melissa, mas onde ela tinha ido com aquilo?

- Calma, minha flor, eu estou com você. – Eu sussurrei outra vez quando ela parou de chorar depois do que pareceu um longo tempo e muitas lágrimas pra ela.

- Você deixou o seu trabalho. – Ela sussurrou.

- Você precisava de mim, me chamou, eu vim. Estou aqui com você, pelo tempo que você precisar, pelo tempo que você quiser. – Eu falei baixo em seu ouvido.

- Você não pode ser como ele. Ela está errada. Você é diferente. – Ela começou a falar de um modo que eu não compreendia, eu não sabia de quem ela estava falando.

- Você quer me contar? – Eu perguntei e ela pareceu pensar por um momento e depois, pela primeira vez desde que eu a peguei, ela tirou a cabeça do meu ombro e olhou pra mim.

- Você não pode ser como o Frederico. Por favor, não seja. – Ela falou com um fio de voz, mas a minha atenção foi totalmente dominada pela marca que eu vi em seu rosto.

- Eu não sou como o seu ex, não sou! E ele está preso. Então me diz, minha flor, quem foi o filho da puta que ousou tocar em você, quem deixou essa marca no seu rosto, Hana? – Eu estava me esforçando para ficar calmo, mas eu só pensava em ter uma conversinha com quem quer que tivesse se atrevido a machucá-la daquela forma.

Ela colocou a mão justamente sobre a marca vermelha em seu rosto. Ela tinha sido agredida de novo e isso parecia o inferno de um círculo vicioso no qual eu colocaria fim, fosse como fosse. Eu queria saber onde estava doendo, onde mais ela estava machucada, quem tinha feito aquilo. Mas ela parecia não querer dizer.

- Me conta, mina flor, quem fez isso com você? O que aconteceu? Me deixa entrar, Hana? Me deixa cuidar de você, te mostrar que não precisa ter medo de mim. – Eu estava suplicando para que ela baixasse a guarda, mas talvez esse nem fosse o momento, logo depois dela ter sido agredida de novo.

E enquanto ela me olhava indecisa se deveria falar ou não a campainha tocou e ela sobressaltou-se de susto. Eu a segurei e respirei fundo, olhei nos olhos dela.

CASAL 7 - Capítulo 13: Eu vim 1

CASAL 7 - Capítulo 13: Eu vim 2

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