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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1179

“Rafael”

Eu me sentei ao lado da Hana, segurando a sua mão entre as minhas e esperei. Eu queria muito saber o que tinha acontecido e ela estava disposta a compartilhar, finalmente ela estava baixando a guarda, eu só lamentava que fosse numa situação ruim.

- Ela me ligou hoje. Daquele jeito de sempre e exigiu que eu fosse ao aniversário do marido dela. Eu não entendo porque ela me exige essas coisas, se eles não me suportam. – A Hana começou a falar com a voz embargada, mas eu ainda não sabia de quem ela falava.

- Querida, nem toda mulher que gera uma criança se torna mãe. Ela exige a sua presença porque ela precisa satisfazer o próprio ego em algum nível. Eles querem a imagem de uma família perfeita e harmônica, para se exibirem para as pessoas, mas na verdade eles não se importam. – O tio começou a explicar e eu senti o meu coração rachar ao meio por ela.

- Foi a sua mãe quem te agrediu? – Eu perguntei com os olhos fechados.

- É, nós não temos uma relação muito saudável. – A Hana respondeu e eu senti em sua voz o constrangimento.

- Ela foi ao hospital hoje atrás de você e fez uma cena no meu consultório, um drama enorme, reclamou que você não a procura e me acusou de roubar o seu afeto. – O tio explicou.

- Por isso ela disse que você só faz caridade pra mim para aliviar a sua consciência. – A Hana lamentou.

- Você sabe que isso não é verdade. Você sabe que te considero como uma filha e a minha esposa também, você só não está morando conosco porque não quer. – O tio se apressou em dizer e ela o olhou com carinho.

- Eu sei, tio. Mas eu gosto de ter o meu espaço. – Ela explicou.

- Eu respeito isso, mas você sabe que tem a nós. – Ele insistiu. – Eu vim ver como você estava, justamente porque ela esteve atrás de você hoje. Você não quer contar o que aconteceu?

- É aniversário do marido dela hoje. Ela me ligou e exigiu a minha presença, falou todas aquelas coisas que você já sabe. Eu fui, mas quando cheguei, ela surtou porque eu cortei o cabelo e queria me obrigar a usar uma peruca. Eu me neguei e ela me bateu. O marido dela me jogou na rua e... – Ela estava explicando e eu não me aguentei.

- O marido dela tocou em você? – Eu quis saber e ela me olhou em dúvida.

- Ele me agarrou pelos cabelos e me arrastou até a rua. Ele sempre fez esse tipo de coisa. – Ela falou e eu senti a raiva crescer dentro de mim.

- Eu vou falar com eles. – Eu a encarei e ela segurou a minha mão.

- Não vai, porque não vale a pena. – Ela me olhou como se pedisse para deixar pra lá.

- Então eles nunca mais vão se aproximar de você, Hana, porque eu não vou permitir que ninguém mais te machuque. – Eu avisei e ela colocou a mão no meu rosto.

- É a minha mãe, ela é tóxica, mesquinha, narcisista, mas é a minha mãe. – Ela sussurrou.

- Minha flor, escuta o que o seu tio disse, ela não é mãe! – Eu olhei para ela, compreendendo um pouco mais porque ela era tão desconfiada e porque tinha tanto medo.

- Querida, você se importa de me deixar falar com o Rafael em particular? – O tio perguntou.

- Claro que não, tio. Vou para o meu quarto, quando terminarem me chamem. – Ela deu um beijo no rosto do tio e depois deu um beijo no meu rosto e saiu da sala.

- Estou vendo que vocês são bem mais do que amigos, não é, Rafael? – O tio dela me perguntou quando ficamos sozinhos.

- Eu estou completamente apaixonado por ela, mas ela não me deixa entrar. – Eu o encarei. – Hoje foi a primeira vez que ela baixou a guarda completamente.

CASAL 7 - Capítulo 14: Compreendendo um pouco mais 1

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