“Rafael”
Como a Hana disse, ela não precisava me contar os detalhes, eu era capaz de imaginar todo o horror que ela havia vivido, ainda tão jovem, descobrindo a vida, caiu logo nas garras de um monstro. Mas a dor dela era algo tão forte que irradiava e olhar para ela naquele momento me fazia sentir dor também, porque as manifestações físicas de tudo o que ela sentia, daquelas lembranças amargas, eram intensas demais.
Eu pensei na minha filha, em como ela estava exposta às maldades do mundo e em como eu não poderia fazer mais do que orientar e estar atento, porque no final a escolha de como viver era dela. Mas olhando a Hana tão fragilizada em minha frente, eu tive muito medo, medo por ela e medo pela minha filha, que andava um tanto rebelde ultimamente e isso era um atrativo para monstros se aproximarem, porque a rebeldia para se afastar dos pais levava os filhos a dançarem com o perigo só para provarem que podia bancar as próprias vontades. Mas o meu maior medo era não conseguir proteger nenhuma das duas, por mais atento que eu estivesse.
E aí a Hana leu o bilhete, era uma ameaça assustadora para quem tinha vivido o horror que ela viveu. Era uma ameaça revoltante para mim que era pai e que era homem, mas homem de verdade, aquele que respeita as mulheres e as trata com cuidado e carinho. Não um pervertido que nasceu no sexo masculino e só por isso achava que era homem, mas não passava de um covarde.
E a reação da Hana ao bilhete foi de puro terror. Ela ficou tão apavorada que o corpo dela reagiu com uma ânsia violenta e ela expeliu todo o conteúdo do seu estômago. Eu estava ali para ela, para ampará-la e eu sempre estaria dali por diante. Eu a segurei e a acalmei, até que ela conseguiu falar outra vez.
- O que eu vou fazer? – Ela perguntou, parecia mesmo precisar de orientação.
- Vai ter cuidado, minha flor. O Flávio já está cuidando de tudo. Tem uma viatura aqui, uma no hospital, uma no bar. Eu tenho certeza de que o Flávio vai fazer mais alguma coisa para garantir a sua segurança, mas eu gostaria de colocar um dos meus seguranças com você, na verdade o chefe da minha equipe de segurança. Eu confio nele e sei que ele vai cuidar de você quando eu não estiver por perto. – Eu falei e ela se afastou e me encarou.
- Eu não quero um segurança e eu acho melhor você não insistir. Se tem uma viatura aqui e outra no hospital é suficiente, eu vou entrar no meu carro aqui na garagem e descer no hospital, que tem manobrista. Depois vou entrar no meu carro lá e descer aqui novamente, então... – Ela estava falando toda cheia de si.
- Ou descer no meu prédio. Vou te dar uma cópia das chaves e liverar a sua placa na garagem, assim você entra e sai quando quiser independente de eu estar em casa. – Eu adicionei o ponto na fala dela e ela me olhou de queixo caído.
- Você está dizendo que vai me dar uma chave da sua casa? – Ela me olhou sem acreditar e eu fiz que sim. – Quer saber, Rafael, o doido é você!
Eu comecei a rir, uma gargalhada divertida, achando muito engraçado que ela me achasse doido por dar a ela uma cópia das minhas chaves. É, mas talvez eu fosse mesmo doido, doido por ela. E ela começou a rir comigo e no fim estávamos os dois gargalhando ali no chão do banheiro, como dois loucos mesmo, até que eu a puxei de volta para mim.
- Escuta, eu vou te dar as chaves, minha doida, porque eu estou louco por você e eu quero que você apareça na minha casa quando quiser, de preferência todos os dias. – Eu revelei e ela sorriu.
- Eu te beijaria agora, mas eu acabei de vomitar, então eu acho melhor escovar os dentes primeiro. – Ela falou e eu estava rindo outra vez.
Nós nos levantamos do chão e enquanto ela escovava os dentes eu tirei a minha roupa, depois tirei a dela, a idéia era levá-la para o chuveiro, mas ela era irresistível demais. Eu a fiz encarar o próprio reflexo nu no espelho.
- Olha como você é linda! – Eu falei e passei as mãos pelos seus seios e os segurei por baixo. – Seu corpo todo é tão perfeito! – Eu desci as minhas mãos pela sua barriga lisa, até alcançar o quadril.
- Nem tão perfeito assim. – Ela fechou o sorriso e tocou a cicatriz que tinha já esbranquiçada, mais como uma sombra, na lateral do seu corpo. Eu coloquei a minha mão sobre a dela e tracei a cicatriz com o dedo.
- Perfeita sim, até nas marcas da sua batalha pela sobrevivência você é perfeita e eu adoro cada uma, porque me lembram do quanto você é forte e capaz de sobreviver e ainda ser esse ser capaz de amar e desejar o bem para outras pessoas. – Eu falei olhando para ela pelo espelho.
- Quer dizer que eu não sou doida? – Ela me olhou com uma pitada de diversão em sua voz.
- Ah, não, você é muito doida, doida demais, mas é gostosa demais e eu gosto muito de desafiar essa doida. – Eu brinquei e ela riu. – Não, na verdade eu estou caidinho por essa doida!
N.A.:
Olá, queridos... como estão?
Meus lindos, nada como um chamego bom quando a gente está borocoxô, é ou não é?! Eu gosto!
Queridos, às vezes eu me atraso com os comentários, mas eu leio vocês e adoro, estou que nem um querido que comentou outro dia que lê mais comentário do que o livro, mas os comentários estão cada dia melhores. Mas às vezes eu leio com um certo atraso, então vamos lá porque eu tenho recadinho do coração hoje para um maridão muito especial que fez aniversário dia 03.08, é o Edivilson, maridão da Elis Regina Machado. Edivilson, querido, que deus abençoe sua vida sempre com amor, saúde e surpresinhas da esposa maravilhosa, pode cobrar dela um dos showzinhos que nossas personagens ensinam aqui. Não cobra o boca louca e o cuca turbo ainda não, porque esses elas só vão aprender na estória do Enzo.
Também vou mandar um feliz aniversário atrasado para a lindona da Cleide Isaura Silva, que fez aniversário dia 30.07, a Inês Monteiro maravilhosa do dia 15.07, a Kamila Nessie do dia 01.08, muita luz e saúde para vocês.
A querida Laraah Lays, mineirinha como eu, ali de Patos de Minas, terra do Agnaldo das pamonhas (a melhor pamonha que eu já comi na vida), no dia 03.08 completou 7 anos de casada, que vocês tenham sempre um ao outro para amar e se apoiar! E se não fez uma surpresa pro maridão, minha linda, ainda dá tempo.
Mas hoje o dia é todo delas! Minhas lindas Suzana Margarida e Carol, que a vida seja gentil com vocês, que sempre lhes traga o sol depois de cada tempestade e que vocês tenham a medida certa de tudo o que as faça felizes. (Nádila, minha linda, é isso né, desejar o que for suficiente para que a vida seja plena). Parabéns para vocês e eu peço bis, muitos anos de vida e muita vida nesses anos!
E agora, um recado importante. Ninguém, ouçam bem, ninguém merece que a gente abandone a nossa auto estima, a nossa confiança, a nossa vontade de viver. Uma pessoa que não te valoriza, não merece as suas lágrimas. Tairesrs, levanta a cabeça e segue em frente, um divórcio, minha linda, não pode ser uma sentença de morte. Erga a cabeça, já canta Joelma, “tem coisas na vida que a gente não perde, a gente se livra”. Eu entendo o luto que se sente quando o casamento acaba, vi a minha mãe passar por isso, um casamento de 20 anos jogado no ralo, mas só durou tanto porque ela aguentou muito, como muitos aguentam, um dia conto pra vocês. Por isso eu digo, ninguém deve aceitar humilhações e desamor, até acho que uma escorregada possa ser perdoada, mas humilhações e desamor constantes, ninguém merece. Se ame na sua solitude (diferente de solidão), se reconheça e se fortaleça, mas não se feche para o mundo, seja como o girassol, sempre de frente para a luz!
Para todos vocês, queridos, beijo no coração! Sempre de frente para a luz!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......