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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1189

“Rafael”

Como a Hana disse, ela não precisava me contar os detalhes, eu era capaz de imaginar todo o horror que ela havia vivido, ainda tão jovem, descobrindo a vida, caiu logo nas garras de um monstro. Mas a dor dela era algo tão forte que irradiava e olhar para ela naquele momento me fazia sentir dor também, porque as manifestações físicas de tudo o que ela sentia, daquelas lembranças amargas, eram intensas demais.

Eu pensei na minha filha, em como ela estava exposta às maldades do mundo e em como eu não poderia fazer mais do que orientar e estar atento, porque no final a escolha de como viver era dela. Mas olhando a Hana tão fragilizada em minha frente, eu tive muito medo, medo por ela e medo pela minha filha, que andava um tanto rebelde ultimamente e isso era um atrativo para monstros se aproximarem, porque a rebeldia para se afastar dos pais levava os filhos a dançarem com o perigo só para provarem que podia bancar as próprias vontades. Mas o meu maior medo era não conseguir proteger nenhuma das duas, por mais atento que eu estivesse.

E aí a Hana leu o bilhete, era uma ameaça assustadora para quem tinha vivido o horror que ela viveu. Era uma ameaça revoltante para mim que era pai e que era homem, mas homem de verdade, aquele que respeita as mulheres e as trata com cuidado e carinho. Não um pervertido que nasceu no sexo masculino e só por isso achava que era homem, mas não passava de um covarde.

E a reação da Hana ao bilhete foi de puro terror. Ela ficou tão apavorada que o corpo dela reagiu com uma ânsia violenta e ela expeliu todo o conteúdo do seu estômago. Eu estava ali para ela, para ampará-la e eu sempre estaria dali por diante. Eu a segurei e a acalmei, até que ela conseguiu falar outra vez.

- O que eu vou fazer? – Ela perguntou, parecia mesmo precisar de orientação.

- Vai ter cuidado, minha flor. O Flávio já está cuidando de tudo. Tem uma viatura aqui, uma no hospital, uma no bar. Eu tenho certeza de que o Flávio vai fazer mais alguma coisa para garantir a sua segurança, mas eu gostaria de colocar um dos meus seguranças com você, na verdade o chefe da minha equipe de segurança. Eu confio nele e sei que ele vai cuidar de você quando eu não estiver por perto. – Eu falei e ela se afastou e me encarou.

- Eu não quero um segurança e eu acho melhor você não insistir. Se tem uma viatura aqui e outra no hospital é suficiente, eu vou entrar no meu carro aqui na garagem e descer no hospital, que tem manobrista. Depois vou entrar no meu carro lá e descer aqui novamente, então... – Ela estava falando toda cheia de si.

- Ou descer no meu prédio. Vou te dar uma cópia das chaves e liverar a sua placa na garagem, assim você entra e sai quando quiser independente de eu estar em casa. – Eu adicionei o ponto na fala dela e ela me olhou de queixo caído.

- Você está dizendo que vai me dar uma chave da sua casa? – Ela me olhou sem acreditar e eu fiz que sim. – Quer saber, Rafael, o doido é você!

Eu comecei a rir, uma gargalhada divertida, achando muito engraçado que ela me achasse doido por dar a ela uma cópia das minhas chaves. É, mas talvez eu fosse mesmo doido, doido por ela. E ela começou a rir comigo e no fim estávamos os dois gargalhando ali no chão do banheiro, como dois loucos mesmo, até que eu a puxei de volta para mim.

- Escuta, eu vou te dar as chaves, minha doida, porque eu estou louco por você e eu quero que você apareça na minha casa quando quiser, de preferência todos os dias. – Eu revelei e ela sorriu.

- Eu te beijaria agora, mas eu acabei de vomitar, então eu acho melhor escovar os dentes primeiro. – Ela falou e eu estava rindo outra vez.

Nós nos levantamos do chão e enquanto ela escovava os dentes eu tirei a minha roupa, depois tirei a dela, a idéia era levá-la para o chuveiro, mas ela era irresistível demais. Eu a fiz encarar o próprio reflexo nu no espelho.

- Olha como você é linda! – Eu falei e passei as mãos pelos seus seios e os segurei por baixo. – Seu corpo todo é tão perfeito! – Eu desci as minhas mãos pela sua barriga lisa, até alcançar o quadril.

- Nem tão perfeito assim. – Ela fechou o sorriso e tocou a cicatriz que tinha já esbranquiçada, mais como uma sombra, na lateral do seu corpo. Eu coloquei a minha mão sobre a dela e tracei a cicatriz com o dedo.

- Perfeita sim, até nas marcas da sua batalha pela sobrevivência você é perfeita e eu adoro cada uma, porque me lembram do quanto você é forte e capaz de sobreviver e ainda ser esse ser capaz de amar e desejar o bem para outras pessoas. – Eu falei olhando para ela pelo espelho.

- Quer dizer que eu não sou doida? – Ela me olhou com uma pitada de diversão em sua voz.

- Ah, não, você é muito doida, doida demais, mas é gostosa demais e eu gosto muito de desafiar essa doida. – Eu brinquei e ela riu. – Não, na verdade eu estou caidinho por essa doida!

CASAL 7 - Capítulo 24: Eu te beijaria agora 1

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