“Hana”
Eu acordei na manhã seguinte, ao lado de um homem que me olhava sorrindo e eu vi nos seus olhos que ele me queria mais do que eu podia sonhar em querer e que foi por isso que ele insistiu e não me deixou para trás. Talvez isso pudesse dar certo.
- Bom dia, minha flor! – Ele sorriu e me deu um beijo, um beijo que eu aceitei e retribui.
- Bom dia, psicopata! – Eu encarei os seus olhos por um momento.
- Hana, para de fugir de mim! – Ele pediu mais uma vez, num tom doce, e eu segurei o seu rosto.
- Eu vou tentar! – Eu prometi outra vez e ele sorriu.
- Então agora me conta o que te fez fugir, qual gatilho eu apertei sem perceber. – Ele era sempre tão direto que era quase desconcertante. E o que eu diria, que estava ouvindo às escondidas? Bom isso não seria novidade.
- Eu ouvi você gritando com a sua filha ao telefone. – Eu resolvi ser direta como ele, era melhor falar logo. – Foi agressivo, ameaçador, assustador.
- Hana, a Giovana tem dezesseis anos, está no auge da rebeldia adolescente, se acha inatingível, se acha a dona da razão e não acha que precisa seguir as regras. Ela não escuta, Hana, às vezes eu preciso gritar com ela para que ela me ouça e não estrague a própria vida. – Ele tentou me explicar e eu o encarei.
- A minha mãe não gritava, ela dizia que ia se matar para que eu pudesse ser feliz sem ela, mas que a culpa por ela se matar seria minha. – Eu me lembrei de uma das muitas chantagens da minha mãe. – Eu morria de medo que ela realmente se matasse por minha culpa.
- É... não, eu acho que eu prefiro continuar gritando mesmo, ela só grita de volta e não sente culpa. – Ele comentou em um tom jocoso e eu ri.
- É, talvez gritar seja melhor do que ameaçar se matar segurando uma faca junto ao pulso. – Eu ri e ele me encarou sério.
- Me desculpe por ter te assustado. Eu vou ficar mais atento às minhas atitudes. Naquele dia a Giovana me tirou do sério. Ela simplesmente fez as malas e falou para a mãe que ia morar com uma garota que ela acha que é amiga dela, mas é uma pessoa completamente nociva, que a tem prejudicado muito, e quando a Raíssa a prendeu em casa, ela pegou o celular e chamou a polícia e denunciou a mãe por maus tratos e cárcere privado. – Ele explicou e eu o encarei completamente estupefata.
- Mas a mãe dela a maltrata? – Eu perguntei alarmada.
- A Raíssa é uma boa mãe, mas ela e a Giovana parecem não falar a mesma língua. A Giovana rejeita a autoridade da mãe e eu ter tido que emancipá-la para tirá-la do país às pressas não foi a melhor coisa. Mas por causa dessa gracinha a Raíssa foi tirada de casa algemada pelos policiais. Só na delegacia ela conseguiu me ligar, olha pra você ver, ela podia ter ligado para um advogado para tirá-la da cadeia, mas ela preferiu me ligar para que eu tentasse não permitir que a Giovana fizesse uma grande bobagem.
- E o que aconteceu? A Raíssa ficou presa? A Giovana foi para a casa da tal amiga? – Eu perguntei e ele respirou fundo.
- Eu liguei para um advogado, que foi uma indicação de um conhecido, e esse advogado conseguiu tirar a Raíssa da cadeia, mas a Giovana tinha ido para a casa da tal amiga. – Ele ia explicando devagar, como se me desse tampo para entender.
- E aí? – A essa altura eu já olhava para ele angustiada pelo fim da história.
- Aí, meu bem, que eu sou pai, mas antes disso fui filho e conheço todos os truques adolescentes. Eu me coloquei no lugar da Giovana e pensei, ela quer liberdade e uma liberdade sem regras, com todas as informações que a Raíssa já tinha me dado, eu imaginei que teria algo muito errado acontecendo na casa dessa amiga. Então eu fiz uma denúncia à polícia.
- Você denunciou a sua filha? Em outro país? – Eu nem acreditei na coragem dele.
- Na verdade eu denunciei a casa em que ela estava como uma casa de corrupção de menores. Foi só um palpite, poderia ter dado em nada, mesmo assim a polícia levaria a Giovana para a delegacia, porque ela está emancipada, mas a emancipação vale dentro do território nacional, ela precisou de autorizações específicas para viajar, mas as questões legais são específicas de cada país e lá na Irlanda ela é menor de idade. Contudo, para complicar, a polícia chegou na casa e encontrou uma festa. Sexo, drogas, bebidas alcoólicas e vários menores de idade.
- O quê, você ainda está com aqueles sacos de roupa na traseira da sua caminhonete? – eu ri, pois pensei que ele já tivesse jogado tudo fora.
- Na verdade eu deixei na área de serviço do meu apartamento. Eu estou esperando você ter um tempinho para irmos ao asilo que te falei. – Ele sugeriu e eu sorri.
- Então vamos na hora do almoço. – Eu concordei.
- E à noite nós vamos fazer o seu ritual do fogo. Vou te levar à praia para colocarmos fogo naquele vestido horroroso. Arrume uma bolsa com um biquíni e algumas peças de roupa, porque depois eu vou te levar para a minha casa.
- Eu não vou pra sua casa! – Eu ri dele já todo convencido.
- Não começa, doida, você ficou dois dias longe de mim, na verdade quase três. Eu estou com saudade e mereço sua atenção. – Ele falou e eu sorri, eu não podia argumentar com isso, porque eu também senti saudade dele.
N.A.:
Olá queridos... como estão?
Queridos, como vocês sabem eu estou em tratamento, lidando com questões de saúde e por isso eu voltei a entregar a vocês 2 capítulos por dia do “chefe irresistível” (como era antes) e com o horário bagunçado, mas eu entrego 2 capítulos todos os dias. Eu sei que a gente fica ansioso por mais, mas eu não posso me comprometer com mais e não conseguir entregar. Eu prefiro entregar com amor, carinho e uma estória que vocês tenham prazer em ler. E eu preciso me cuidar. Eu sou humana e não uso inteligência artificial, o que vocês lêem aqui sai de uma mente humana, é um processo totalmente criativo. E eu amo o retorno de vocês e a nossa troca, respeito as críticas que recebo e as considero, desde que elas venham com respeito e geralmente não alimento a necessidade de alguns poucos de jogarem para o mundo palavras desagradáveis. Mas eu não vou deixar equívocos aqui. Ao contrário da mensagem que alguém deixou ontem, eu não engano ninguém, não tenho porque fazer isso! Eu quero muito voltar a entregar mais capítulos para vocês, mas vou fazer quando o meu corpo estiver bem, porque não é fácil passar horas sentada sentindo uma dor que me quebra ao meio, sentindo o efeito de analgésicos, anti inflamatórios e corticóides me derrubando. Eu não vou deixar o livro inacabado, eu tenho esse compromisso selado com vocês e faço com amor e quero fazer bem feito, por isso eu reduzi o ritmo. E me ofender, me chamar de enganadora ou destilar ódio aqui não vai fazer com que eu prejudique a minha saúde. Sei que vocês compreendem isso. Então, queridos, fique claro, eu respeito muito vocês, assim que for possível eu volto a publicar três capítulos, e eu aceito todas as críticas que sejam feitas com respeito, para além disso, eu simplesmente ignoro! Mas hoje eu quero dizer a vocês uma coisa, vamos parar de nos alimentar de palavras cruéis, ódio e maldade só porque estamos atrás de uma tela, isso não é bonito, não é digno e nem faz ninguém ser melhor ou aplaudido, esse prazer em ofender o outro é tão efêmero que não vale a pena. Pensem nisso, vamos ser responsáveis com o que dizemos, porque a palavra proferida não volta atrás. Vamos tratar o outro como queremos ser tratados, com amor e, no mínimo, com respeito!
Beijo no coração de todos vocês!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......