“Rafael”
A Hana estava cedendo, ainda não confiava totalmente, ainda não tinha tomado uma decisão, ainda tinha medo, mas ela estava cedendo. Eu consegui mantê-la na minha casa por duas noites, mas na sexta ela deu um jeito de escapulir, com a desculpa de que estava cansada e que tinha prometido passar o sábado com os tios.
Eu acabei cedendo, o final de semana era sempre de muito movimento no bar e eu tinha bastante trabalho, além do mais a semana foi bem cansativa com o problema da minha filha. A Giovana estava sendo irritante e a Raíssa estava cansada, vigiando a filha incessantemente, mas elas ainda não podiam sair da Irlanda, o advogado pediu mais uns dias.
Se não fosse o problema com o Domani eu já teria ido até lá. Eu até falei para a Raíssa colocar a Giovana em um avião de volta pra mim, mas nós ficamos com medo que ela desaparecesse na conexão e achamos melhor que ela não viajasse sozinha. A solução era a Raíssa ficar vinte e quatro horas de olho. Eu não entendia o que tinha acontecido com a minha filha, ela era rebelde, mas estava impossível desde que fez os tais amigos na Irlanda e eu estava percebendo que a Raíssa não conseguiria controlá-la sozinha.
E com toda essa confusão eu passei o domingo inteiro no telefone tentando conter a rebeldia desmedida e irracional da minha filha. Eu também precisei ir até a casa da mãe da Raíssa, pois ela estava nervosa e preocupada e o mínimo que eu podia fazer para ajudar era tentar acalmar a avó da minha filha. E o domingo passou sem que eu conseguisse ir até a Hana outra vez. E é claro que ela não viria até mim.
Eu estava tão cansado que saí mais cedo do bar e fui para casa, eu precisava dormir, mas eu não dormi tão bem quanto dormia abraçado a minha doida, sentindo o calor do seu corpo. Então, quando o dia amanheceu, como não adiantava ir atrás dela, porque ela tinha que trabalhar, eu decidi sair pra correr ao invés de ficar rolando na cama. Quando eu voltei da minha corrida e tirei a roupa para tomar um banho, eu me lembrei das palavras da Adèle muitos dias atrás, sugerindo que eu mandasse uma das minhas fotos criativas para a Hana.
Eu me olhei no espelho, o suor escorrendo pelo meu corpo, talvez isso rendesse uma foto bem criativa que deixasse a Hana animada para me ver à noite! Eu fiquei apenas de cueca boxer, apoiei o celular na bancada do banheiro e fiz a pose, uma mão atrás da cabeça e a outra na cueca, bem na frente, com o polegar por dentro do elástico puxando a cueca pra baixo, mostrando quase demais, olhei para a câmera e sorri, lembrando do showzinho que ela fez pra mim na cadeira do meu escritório e meu sorriso ficou ainda maior e meus olhos se fecharam na hora em que o temporizador da câmera do celular deu o tempo e a foto foi tirada.
Eu peguei o celular para olhar e gostei do resultado, então digitei a mensagem “estou pensando em você” e enviei com a foto para ela. Eu tomei o meu banho, vesti uma calça de moletom e uma camiseta e fui em busca de uma xícara de café. O dia foi passando preguiçoso, enquanto eu trabalhava no notebook. Eu comi algo rápido na hora do almoço e mergulhei outra vez no trabalho, pensando em buscar a Hana no trabalho no fim do dia.
No meio da tarde, eu estava lendo e respondendo alguns e-mails quando a campainha tocou. Eu não estava esperando ninguém e não tinha nenhuma visita pré aprovada no condomínio, o que me lembrou que eu deveria deixar a entrada da Hana liberada. Eu faria isso mais tarde. Mas não deu tempo, eu olhei pelo olho mágico e aquela baixinha doida estava parada do lado de fora. Eu abri o sorriso e a porta, a agarrei pela cintura e dei um beijo em sua boca. Eu estava morrendo de saudade dela.
- Você veio! – Eu comentei com surpresa. Ela estava sorrindo pra mim.
- Como eu não viria, depois daquela foto? Mas estou decepcionada, eu pensei que te encontraria todo suado e de cueca. – Ela brincou e me fez rir enquanto eu caminhava até o sofá com ela pendurada em mim.
- Aquilo foi de manhã, minha flor. Agora eu estou cheirosinho, sente. – Eu tombei a cabeça para que ela sentisse o meu perfume e aquela doida linda não só me cheirou como me lambeu e deu uma mordida e um chupão no meu pescoço, me deixando todo arrepiado. – Huumm! Gostei! Acho que vou querer uma do outro lado também.
- Estou marcando o que é meu! – Ela falou toda confiante.
- Acho bom mesmo, no fim de semana tinha umas garotas bem saidinhas lá no bar. – Eu brinquei e ela me encarou toda irritadinha.
- Escuta bem, psicopata, eu ainda estou tomando uma decisão, mas você prometeu que não ia desistir. Você disse que iria atrás de mim sempre que eu fugisse. – Ela falou com a testa encostada a minha e os olhinhos fechados.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......