“Rafael”
Eu passei o dia lidando com as coisas do bar e as pirraças da Giovana. Minha filha estava rebelde de uma forma que estava me assustando, os embates dela com a mãe estavam ficando cada vez mais grotescos e eu comecei a me preocupar que elas chegassem às vias de fato. Mas a Raíssa, apesar de estar arrasada com o abismo existente entre elas, queria insistir em mantê-la por perto para tentar consertar essa relação. Porém, a situação estava quase que insustentável e eu estava muito preocupado com o desenrolar disso.
Mas eu tinha outra preocupação, a Hana! Aquela doida não estava dando às ameaças do ex namorado a devida atenção e isso me preocupava. Eu não queria que ela ficasse nervosa ou aterrorizada, queria apenas que ela prestasse mais atenção, até porque eu não queria que ela se retraísse, eu estava gostando tanto de vê-la mais acessível e mais confiante!
E sendo muito sincero, a Hana tinha entrado no meu coração sem me dar tempo para reagir, exatamente do mesmo modo que apareceu na minha casa naquele dia em que achou que eu ia fazer algo contra a Melissa, ela entrou como um furacão e se trancou dentro jogando a chave fora, foi assim que eu me apaixonei por aquela doida impulsiva e linda, sem ter tido chance de evitar.
Enquanto eu dirigia até o hospital eu fiquei pensando em como as coisas entre nós dois eram intensas, mas também eram calmas quando ela simplesmente parava de lutar contra. E ela parecia ter parado de lutar, para a minha total felicidade. Estaria tudo perfeito se não fosse a ameaça que ela recebeu e a Giovana aprontando na Irlanda.
Eu estacionei o carro bem pertinho da entrada do hospital e mandei uma mensagem para a Hana, dizendo que eu já estava esperando por ela e só então eu desci da caminhonete e fui até a porta, para que ela não desse um passo fora do hospital sozinha. Enquanto eu esperava a Hana, eu encontrei o Vinícius e nós acabamos envolvidos em uma conversa descontraída. Mesmo assim, eu senti que a Hana estava demorando muito, eu já estava ali há uns quinze minutos e ela ainda não tinha aparecido.
Eu me desculpei com o Vinícius e tentei ligar para a Hana, mas ela não atendeu. Eu enviei outra mensagem e ela não respondeu. Então eu fui até a recepção e a moça que estava lá me garantiu que a Hana já havia saído do hospital, o que eu achei muito estranho, mas a moça me mostrou a tela do computador e a saída da Hana há cerca de cinco minutos.
- Mas ela teria passado por aqui. – Eu comentei confuso e a recepcionista sorriu.
- Na verdade ela saiu pela portaria da Urgência. Olha, aqui no sistema fala em qual portaria o crachá deu entrada ou saída. – A recepcionista apontou e eu entendi o desencontro.
Eu agradeci a recepcionista e saí do hospital, a outra entrada ficava na lateral do prédio e não tinha visão para a saída principal, era uma distância equivalente a um quarteirão bem grande, então achei melhor ir com a caminhonete. Eu parei em frente a porta e não vi a Hana. Então eu estacionei e fui até o segurança perguntar.
- A Srta. Saito saiu há pouco tempo. Acho que o namorado veio buscá-la. – O segurança me informou um tanto sem graça e acendeu todos os meus alertas.
- Namorado? – Eu perguntei e ele coçou a cabeça.
- Ela saiu e tinha um homem esperando por ela, ele sorriu pra ela e parece que ela ficou muito surpresa, mas ele a abraçou e os dois saíram andando abraçados. – O Segurança contou e eu já estava me desesperando.
- Em que direção eles foram? – Eu encarei o segurança que parecia se dar conta de que tinha feito uma fofoca.
- Olha, moço, não me cria problemas, tá?! – Ele pediu como se não fosse dizer mais nada e eu o encarei enfurecido.
- Meu senhor, ela é minha namorada e pode estar em perigo agora! É melhor o senhor me dizer rápido em que direção eles foram, porque se acontecer algo com ela eu vou descontar no senhor! O será que eu preciso chamar os Molina aqui? – Eu já estava completamente enraivecido e desesperado, não estava nem aí por estar ameaçando alguém, eu só precisava encontrá-la.
- Calma, moço! Olha, eles foram em direção ao estacionamento dos fundos. Me desculpe, mas a moça foi com o rapaz porque quis. – Ele insistiu e eu só não arrebentei a cara dele porque não podia perder tempo.
Eu saí correndo e quando eu cheguei no estacionamento eu vi, lá no fundo, um homem dando um soco na Hana e ela caindo, e enquanto eu disparava em uma corrida até lá, ele tentava colocá-la em um carro. Eu me aproximei tão rápido que o homem só percebeu quando o meu punho estava na cara dele. Ele se desequilibrou e foi contra a parede e eu fui em cima dele e dei mais dois socos, com toda a fúria que eu estava sentindo.
- Seu animal! Nunca mais coloca as suas mãos imundas nela ou em qualquer outra mulher. – Eu falava enquanto socava a cara dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......