“Rafael”
As coisas com a Hana estavam indo muito bem, já havia três dias que ela tinha fugido do Rubens e desde então ela estava se comportando e não estava mais fugindo de mim, o que era a melhor parte.
No entanto ela ainda não tinha aceitado que era minha, sempre que eu dizia que era o namorado dela, ela me olhava como se eu fosse louco e dizia que eu ainda estava em fase de teste, coisa que eu não entendia, porque ela já havia me testado de todas as maneiras possíveis. Mas ela que ficasse negando, quando se desse conta já estaria morando comigo e aí eu não diria mais que ela era minha namorada, porque aí ela seria minha mulher.
Mas, como a vida também é feita de problemas, eu ainda tinha um bem sério me incomodando, a irmã da Raíssa tinha me ligado quando chegou à Irlanda e disse que parecia estar numa trincheira de guerra, que a Giovana estava quase incontrolável. Desde então eu não tive mais notícias e não estava conseguindo falar com nenhuma delas e isso me preocupou muito, então eu pedi ao advogado para ver se eu poderia fazer uma viagem rápida, já que eu ainda estava testemunhando contra o Domani e tentando não me enrolar com as atividades criminosas dele.
Eu cheguei em casa exausto, tinha trabalhado a noite toda, o movimento no bar tinha sido intenso, felizmente. Eu tinha a impressão que depois que o Flávio tirou de lá aqueles homens que ficavam vendendo drogas o meu movimento tinha melhorado muito, além de ter me deixado bem aliviado, porque eu sempre prezei pela segurança no local, meus funcionários eram instruídos a estar sempre atentos para evitar brigas e que mulheres fossem importunadas.
Eu deveria ter ido para a casa da Hana, mas ela me disse para ficar em casa e descansar que ela me veria a noite e o Rubens a levaria para o trabalho. Os dois pareciam muito amigos e eu ficava tranquilo que ela estivesse segura. E eu havia acabado de me deitar, com os olhos pesados de sono, quando a campainha começou a soar ininterruptamente. Deveria ser um incêndio no prédio porque aquilo era incomum.
Eu nem me dei ao trabalho de olhar pelo olho mágico, abri a porta e vi as três em pé ali, a Giovana estava com o dedo enterrado na campainha e quando eu abri ela passou por mim com um olhar de desdém, a Raíssa estava chorando e a Rúbia, irmã da Raíssa, me olhou como quem já estivesse cansada da confusão.
- Oi, Rafa! Desculpa invadir sem avisar. – A Rúbia me encarou e eu vi o cansaço em seus olhos.
- Vocês estão em casa, Rub. Entrem! – Eu dei um abraço rápido na Rúbia e encarei a Raíssa, que fungou e me olhou como se pedisse socorro. – Oi, Rai! Calma. – Eu falei em seu ouvido quando a abracei.
- Ela me odeia, Rafa! – A Raíssa soluçou e eu fiquei com o coração doído por ela.
- Ela não te odeia, é só uma adolescente que precisa aprender umas coisas, limite e educação, entre elas. – Eu dei uma risadinha. – Nós vamos resolver isso.
A Raíssa entrou e eu fechei a porta. Olhei para as três sentadas em meu sofá, como três amigas adolescentes que tivessem brigado pelo namorado. Seria cômico se não fosse trágico.
- Muito bem, Giovana, quero saber por que você passou por mim sem me dizer ao menos bom dia. – Eu encarei a minha filha, quase não a reconhecendo com aquele cabelo verde, cortado acima dos ombros.
Quando ela saiu daqui ela tinha o cabelo bem preto no meio das costas e tinha o maior apego a ele. Tudo bem que era só cabelo e a cor não significava nada, mas a mudança radical e o comportamento grosseiro e raivoso, indicava que tinha algo muito mais profundo acontecendo.
- Ai, que saco, já vai começar! – Ela bufou e eu me abaixei bem na frente dela e a encarei.
- Você não fala assim comigo, Giovana, porque eu não sou um dos seus amiguinhos, eu sou o seu pai! – Eu a observei e ela revirou os olhos.
- Você me emancipou, esqueceu? – Ela deu um sorrisinho cínico pra mim.
- Ah, não, o que eu esqueci de te dizer é que eu já dei um jeito de anular essa emancipação. – Eu sorri para ela, me lembrando que o Flávio tinha conversado com o juiz que disse que poderia haver uma brecha e eu possivelmente conseguiria anular a emancipação, eu ia tentar fazer isso o quanto antes.
- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! – Ela gritou e ficou de pé.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......