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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1207

“Rafael”

Eu voltei para a sala, deixei a televisão sobre a mesa e me sentei na poltrona. Eu estava cansado, mas não tinha a menor perspectiva de dormir tão cedo. Eu esfreguei os olhos e olhei para as duas mulheres sentadas em meu sofá.

- Vocês comeram alguma coisa? – Eu perguntei, tinha me dado conta que ainda era cedo e elas balançaram a cabeça negativamente. – Eu vou preparar um café.

- Rafa, deixa que eu faço o café, se você me permitir invadir a sua cozinha. Vocês precisam conversar. – A Rúbia ofereceu.

- A cozinha é toda sua, Rub. – Eu sorri para ela e ela foi em direção a cozinha. Eu peguei o telefone e liguei para o advogado. – Bom dia, Dr. Romeu. Eu não preciso mais da autorização para viajar, elas acabaram de chegar em minha casa. O senhor pode ver a questão da invalidação da emancipação? – Eu ouvi a concordância do advogado, agradeci e desliguei o telefone.

- Você trabalhou a noite toda, não é? – A Raíssa me encarou. – Deveria estar dormindo. Droga! Eu não quis levar esse problema para a minha mãe, você sabe que ela sempre faz o que a Giovana quer e não é disso que essa menina precisa agora.

- Rai, está tudo bem! Você fez bem em vir pra cá! Sua mãe agora só vai tornar as coisas mais difíceis. Mesmo que ela ame a Giovana e queira ajudar, nós sabemos que ela cede a tudo o que a Giovana quer. – Eu a acalmei. – Eu preciso fazer só mais uma ligação. Você quer tomar um banho? Relaxar um pouco?

- Um banho seria bom. – Ela deu um sorriso cansado.

- Vem! – Eu peguei a mala dela e a levei para o outro quarto. – Não é uma suíte, mas o banheiro é bem ao lado, fique à vontade, você está em casa.

Eu deixei a Raíssa no quarto e fui para o meu, me sentei na cama e esfreguei os olhos. As coisas ficariam difíceis por aqui. Então eu me lembrei da ligação que precisava fazer.

- Rubens, como estão as coisas por aí? – Eu perguntei ao segurança e ouvi a sua risada.

- A nossa primeira dama está calminha e bem comportada, chefe. – Ele respondeu e pelo menos a minha doida estava mais calma esses dias.

- Preciso de um segurança de confiança, um que vai fazer o trabalho e não vai fazer amizade com quem ele vai trabalhar, como você fez com a Hana. Você disse que tinha mais dois preparados. – Eu pedi.

- Ah, tenho, e um deles é o Anderson, aquele ali nasceu zangado. Duvido que dê um sorriso. – O Rubens falou e eu concordava com ele, o Anderson era exatamente quem eu precisava.

- Ótimo! Liga pra ele e manda vir para a minha casa agora. – Eu pedi e ele não perguntou, apenas cumpriria a minha ordem. Eu me despedi e desliguei.

Eu estava louco para deitar na minha cama e dormir, eu estava cansado, mas ainda não poderia. Então eu fui para a cozinha e a Rúbia estava servindo o café.

- Está insuportável, Rafa! – Ela falou sem eu nem precisar perguntar. – A Giovana grita o tempo todo com a Rai, não obedece em nada. A Rai recebeu a notícia da demissão no dia em que eu cheguei lá e a Giovana disse coisas horríveis para ela.

- Nós vamos dar um jeito nisso. – Eu falei e me sentei, a Rúbia me serviu uma xícara de café e se sentou. – Você vai ficar conosco, não é? – Eu perguntei porque sabia que a Rúbia tinha bom senso e a Giovana a ouvia.

- Ai, eu ia te pedir isso! Eu devo ficar por aqui uns três meses. Desculpa invadir assim, mas você sabe, minha mãe é sufocante e eu posso controlar as duas adolescentes enquanto você cuida das suas coisas. – A Rúbia brincou e eu ri, mas era isso, a Raissa e a Giovana estavam como duas adolescentes.

- Sem problema, querida! Você é bem vinda e vai ser de grande ajuda. Vou chamar a Giovana para o café. – Eu fui até o quarto da Giovana, bati na porta e entrei. Ela estava jogada sobre a cama olhando para o teto. – Vem tomar o café da manhã, Giovana. E não me responde, só levanta daí e vai para a mesa, você vai tomar o café. Você me conhece e sabe que eu não brinco.

Ela bufou, se levantou e passou na minha frente. Nós demos de cara com a Raíssa saindo do banheiro e Giovana virou a cara. Eu chamei a Raíssa para tomar o café e olhei as duas de costas, eram tão parecidas e não se davam conta.

A Raíssa vivia em pé de guerra com a mãe e quando surgiu a oportunidade de trabalhar fora ela agarrou, a mãe ficou com raiva, brigou, fez de tudo para que ela não fosse, mas a oportunidade era boa e eu dei apoio, fiquei com a Giovana e comprei a briga com a mãe da Raíssa, demorou um bom tempo para voltarmos a nos entender.

Mas agora a Raíssa estava de volta e eu não tinha idéia de como ia ser isso, porque a mãe dela com certeza apoiaria a Giovana e isso não era o melhor agora, porque a Giovana tinha que entender a gravidade do que fez e tinha que entender que nós não éramos os inimigos. E ainda tinha a Hana, como eu ia colocar a Hana nesse cenário caótico? Ela seria um alvo fácil para a Giovana me atingir e a Giovana não era boba, mas a Hana era sensível e isso tinha chance de se tornar um desastre.

- É, você é o carcereiro! E eu vou infernizar a sua vida! – A Giovana ameaçou e o Anderson sorriu para ela, era a primeira vez que eu via aquele rapaz sorrindo e ele já trabalhava para mim há dois anos.

- Quero ver você tentar, criança! – Ele a desafiou e eu até achei que não tinha sido uma boa idéia ele fazer isso, mas os dois teriam que conviver e eu teria que deixá-lo fazer o trabalho dele. – Qual será a minha escala de trabalho chefe?

- Você não vai mais ao bar enquanto estiver cuidando desse trabalho. O Rubens enviará alguém para passar as noites, mas eu quero que você trabalhe doze horas todos os dias, claro que eu vou te pagar por isso. E você terá uma folga semanal, também vou te pagar por trabalhar seis dias. Fica bom pra você? – Eu perguntei e ele olhou para a Giovana.

- Quando eu não estiver terá outra pessoa, chefe? – Eu fiz que sim. – Quer saber, já que você vai pagar outro, se importa de me pagar dobrado? Eu posso ficar vinte e quatro horas, todos os dias da semana. – Ele encarou a Giovana. – E pode ficar tranquilo, eu não preciso dormir muito e tenho o sono muito leve, eu vou cuidar para que a ferinha cumpra as regras.

Eu pensei por um momento, os dois estavam travando uma guerra silenciosa ali na mesa, eu sabia que a Giovana ia infernizar a vida dele, mas sabia que o Anderson adorava ser desafiado e que ele realmente era bom no serviço e não daria a menor chance a ela.

- Está bem! Você é a sombra dela! Sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia. Precisa ir em casa buscar suas coisas? – Eu perguntei.

- Não, eu peço a alguém para trazer. Estou começando no trabalho agora. Quais são as regras? – Ele me olhou.

- Por enquanto ela está de castigo, sem nenhum tipo de eletrônico e só sai do quarto para comer e para ir à escola, mas a escola eu ainda tenho que resolver, então ela só sai do quarto para comer. Não importa como você vai fazer, mas na hora das refeições ela precisa estar à mesa. E ela só tem privacidade para ir ao banheiro, o resto do tempo porta do quarto aberta e você fica de olho nela. – Eu o encarei e ele fez que sim.

- Vai ser o dinheiro mais fácil da minha vida, chefe! E pelo que vejo a criança já comeu, então vamos, de volta para o quarto. – Ele se levantou e esperou a Giovana.

- O quê? Não! – Ela reclamou e eu apenas olhei para ela.

- Faça o que precisar fazer, Anderson! – Eu respondi e a Giovana bufou e saiu marchando em direção ao quarto. – Meninas, se instalem no outro quarto, vamos descansar e mais tarde conversamos, pode ser? – Eu falei com a Raíssa e a Rúbia, elas concordaram e eu fui para o meu quarto, eu precisava dormir e precisava falar com a Hana sobre essa confusão, mas eu ia dormir primeiro.

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