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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1208

“Hana”

Depois do showzinho que eu fiz para o meu psicogato eu estava me sentindo poderosa, porque ele estava ainda mais cheio de conversinha pra cima de mim, e ele não me poupou elogios e pedidos para que eu fizesse de novo. Acho que eu precisava dar uma ligadinha para a Adèle e convidá-la para um café, porque ela tinha umas idéias que eram garantia de sucesso, assim como a deusa master Melissa, que só tinha idéia boa, mas como ela estava grávida eu não queria ficar incomodando, ela precisava curtir a gravidez em paz.

- Hana, o que você acha de irmos para casa mais cedo hoje? – O Fernando saiu da sala dele todo animado.

- E por que de toda essa bondade, chefe? – Eu o encarei com um sorrisinho, sabendo bem porque ele queria ir pra casa mais cedo.

- Porque você é uma assistente muito competente e minha agenda está vazia! – Ele sorriu pra mim, com aquele ar de satisfação.

- Eu sou mesmo muito boa! E se você quer me liberar duas horas antes, quem sou eu para reclamar. – Eu dei um grande sorriso para ele.

- Então nos vemos amanhã! Rubens, isso significa que você também vai mais cedo pra casa. – O Fernando sorriu para o Rubens e ofereceu um aperto de mão.

- Eu estou adorando esse trabalho! – O Rubens sorriu para o Fernando, que saiu cantarolando pelo corredor.

- Brutamontes, eu só vou desligar o computador. Você me deixa na casa do meu psicogato? – Eu olhei para o Rubens que estava com aquela cara de quem ia fazer piada.

- Como se precisasse dizer pra onde vai! – Ele riu. – Acho que meu chefe precisa agradecer o seu chefe também!

- É como dizem, né, brutamontes, a gente até dá dinheiro, mas não deve dar liberdade! – Eu brinquei e ele deu uma gargalhada.

Depois que eu desliguei o meu computador e organizei tudo, nós saímos do hospital rumo a casa do Rafael, eu faria uma surpresa para ele. Ele parecia tão cansado essa manhã quando nos falamos, eu fiquei até um pouco preocupada e nem mandei mensagem para não acordá-lo. Mas agora eu ia aparecer por lá e oferecer uma massagem relaxante.

- Brutamontes, você pode ir pra casa. – Eu falei quando o Rubens estava estacionando em frente ao prédio do Rafael.

- Não, pequena, eu só desgrudo de você quando o chefe grudar. – Ele me olhou sério, o Rubens levava o trabalho dele muito à sério, embora fosse cheio de gracinhas.

- Rubens, eu vou entrar no prédio e vou direto para o apartamento do Rafael, é lógico que eu vou grudar nele assim que ele abrir a porta, mas se você subir, eu não vou poder fazer o que eu estou pensando. – Eu encarei o Rubens e ele me encarou de volta como se estivesse pensando se atrapalharia ou não o que eu ia fazer com o chefe dele.

- Ele já te deu a chave? – Ele me perguntou.

- Ainda não, a gente andou meio ocupado nos últimos dias e ele esqueceu, eu esqueci... – Eu comentei e o Rubens riu.

- Ocupado? Essa é boa! Olha, pequena, eu vou subir com você, vai que o chefe saiu, não vou te deixar sozinha. – Ele falou todo sério e eu pensei por um momento.

- Nós podemos perguntar ao porteiro, se ele estiver em casa você não precisa subir. – Eu sugeri e ele franziu as sobrancelhas.

- Mas que pressa é essa de se livrar de mim? – O Rubens perguntou confuso.

- Ai, Rubens... é que se você subir eu não vou ter coragem de pular no colo do Rafael como eu pretendo fazer e ele não vai me... – Como eu diria para o Rubens que eu queria muito ser fodida atrás da porta e se ele subisse estragaria os meus planos?

- Tá, não precisa dizer o resto, já consigo pensar em muita coisa que eu não preciso ver. – O Rubens se deu por vencido com uma risada estrondosa. – Nós perguntamos ao porteiro então.

Nós saímos do carro e entramos no prédio, o porteiro, muito simpático como sempre, confirmou que o Rafael estava em casa e eu subi. O Rubens ainda fez questão de me deixar dentro do elevador.

- Se precisar, pequena, é só me ligar, você sabe! – Ele me encarou.

- Tudo ótimo, Lenon. E você? – Eu tentei sorrir.

- Eu estou bem, mas você não está. – Ele me encarou e tirou os óculos do meu rosto, sem que eu tivesse dado a ele essa liberdade. – O que é isso, Hana? Eu sabia, aquele seu namorado tem toda a cara de ser...

- Meu devolve os meus óculos, Lenon! – Eu falei alto com ele e exigi o meu acessório e quando ele colocou na minha mão, eu continuei irritada. – Eu não te dei essa liberdade! Isso aqui não é o que você está pensando e o que quer que seja não é da sua conta!

- Me-me desculpa! Eu só queria ajudar. – Ele respondeu sem graça e só então eu me dei conta de que tinha sido estúpida com ele e me senti culpada por ter reagido tão mal.

- Olha, Lenon, me desculpe. Eu fui grosseira. Me desculpe. – Eu pedi e ele me olhou como se estivesse magoado.

- Eu só quero ajudar, Hana. – O jeito que ele falou, deixou evidente que eu o magoei e que eu agi mal e me fez sentir ainda mais culpada.

- Me desculpa, Lenon. Isso aqui não foi o Rafael quem fez, foi uma tentativa de sequestro que eu sofri. – Eu expliquei e ele me encarou.

- Tem certeza, Hana? Olha, vamos tomar um café no meu apartamento, a gente conversa e você me conta a verdade. – Ele me encarava como se só quisesse me ajudar mesmo.

- Eu te contei a verdade. – Eu forcei um sorriso. – Obrigada pela intenção, mas o café fica para outro dia, eu só preciso de um banho, foi um dia cansativo.

- Tudo bem! Se mudar de idéia, eu moro no andar de baixo. – Ele colocou a mão no meu braço enquanto falava, deu um sorriso e saiu do elevador quando a porta se abriu no andar dele.

Quando ele tirou a mão de mim e saiu, eu tive uma estranha sensação de alívio, como se o toque dele em mim tivesse me causado uma gastura. Isso tinha sido muito estranho. Tinha sido a primeira vez que ele me tocou, eu já não tinha gostado do atrevimento dele ao tirar os meus óculos e talvez isso explicasse a sensação que eu tive com o toque dele. Mas eu tirei isso da minha mente, eu tinha outros problemas.

Depois de fechar a porta do meu apartamento eu me joguei no sofá, ainda sentindo a dor no estômago e na garganta, eu comecei a chorar, eu tinha me machucado de novo, quando eu já deveria ter aprendido a lição, não era para eu me apaixonar, mas eu me apaixonei, mesmo com todos os alarmes soando dentro de mim, e o resultado era esse, eu tinha me machucado de novo.

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