“Hana”
Cada vez eu me convencia mais de que o Rafael estava certo e eu era muito doida mesmo. Eu não podia ser normal, aceitar assim fácil ir jantar na casa dele com a filha adolescente rebelde, a mãe e a tia dela, isso por si já era coisa de doido, e se eu somasse a isso que a filha dele e eu já havíamos tido um jantar difícil, para dizer o mínimo, e a garota ainda nem era a rainha dos rebeldes, aí sim eu podia ser internada.
- Gente, eu vou pegar uma carona com o Rubens para vocês terem um pouco mais de privacidade. – A Rúbia avisou e já foi nos dando as costas.
- Rubens! – O Rafael chamou.
- Não se preocupe, chefe, eu cuido da lorão! – O Rubens respondeu com aquele jeito debochado e o Rafael ficou olhando os dois entrarem no carro como se não estivesse entendendo a situação.
- Ah, nenhum deles é criança! – Ele murmurou e abriu a porta do carro dele pra mim. – Vamos minha doida?
- Psicogato, o quão rebelde a sua filha está? – Eu perguntei antes de entrar no carro.
- Eu gosto quando você me chama de psicogato! – Ele me olhou com aquele sorriso lindo entre parênteses e até os olhos dele sorriam. – Ela está rebelde a ponto de fazer mudanças radicais no cabelo e ela nem sequer me deu um abraço desde que chegou, isso porque eu sou o pai que ela amava.
- Isso é grave! – Eu comentei.
- Grave! Nem eu conheço aquela criatura que está na minha casa. – Ele concordou. – Minha doida, não se preocupe, a Giovana provavelmente vai ser desagradável, não deixa isso te atingir. Só pensa que o problema não é você, ela só está sendo assim com todo mundo.
- Entendi. – Eu pensei por um momento. – Bom, vamos encarar logo a adolescente que vai me odiar por namorar o pai dela. – Eu me virei para entrar no carro, mas ele me segurou pelo braço e me fez virar para ele. – O que foi?
- Repete pra mim? – Ele pediu e eu não entendi.
- Para irmos logo encarar a adolescente? – Eu perguntei e ele estava sorrindo.
- Não, a parte que você namora do pai dela. – Ele segurou o meu rosto e se aproximou mais. – Vamos minha doida, fala pra mim, com todas as letras, sem titubear, sem joguinhos, franca e direta.
- Mas você não perde uma oportunidade, hein?! – Eu ri. – Pois é, psicogato, você tanto fez, tanto insistiu que agora não pode mais reclamar, agora, você é meu namorado!
- Seu namorado! Só seu, minha doida. E você é minha namorada linda, gostosa e que eu estou morrendo de saudade. Se prepara, doida, que eu vou te pegar gostoso no meu escritório hoje! – Ele avisou e me deu um beijo que deixou a minha calcinha molhada!
- A Rúbia e o Rubens já estão no carro, a gente pode voltar ali no meu apartamento e você me mostra o que vai fazer no seu escritório. – Eu sugeri e ele jogou a cabeça para trás e deu aquela gargalhada gostosa que reverberava dentro de mim.
- Minha namorada está com tesão? Mas eu nem te toquei ainda! – Ele brincou.
- E precisa, psicogato? Com as coisas que você me fala e tudo isso? – Eu passei as mãos no peito dele para que ele entendesse que eu falava daquele corpo divino.
- Acho que vou falar muitas coisas pra você hoje antes de te foder em cima da minha mesa. Vamos ver até onde você aguenta. – Ele riu. – Vamos lá ver a fera, minha doida, ela vai me deixar puto da vida e você vai gostar do resultado quando eu te pegar de um jeito mais duro, vamos dizer assim, porque eu estarei estressado.
- Já gostei dessa menina! – Eu brinquei e entrei no carro, deixando ele rindo atrás de mim.
Nós chegamos ao apartamento do Rafael e a Rúbia e o Rubens estavam dando risadinhas quando desceram do carro dele. O Rafael olhou para os dois e balançou a cabeça. Nós entramos no elevador e eu percebi a mudança no Rafael, ele foi ficando tenso.
- Está assim há muito tempo? – O Rafael perguntou.
- Alguns minutos. – Ela respondeu e se levantou, com a camisa preta molhada. – Eu fui levar um copo de suco pra ela, ela jogou o suco em mim e quebrou o copo. Eu chamei a atenção dela e ela veio pra cima como se fosse de uma gangue de rua. O Anderson precisou interferir e disse que cuidaria da situação. Sinceramente, eu deixei, talvez alguém de fora consiga algo.
- Fez bem! – O Rafael concordou. – Rai, essa é a Hana, minha namorada. Hana essa é a Raíssa, mãe da fera.
- É um prazer te conhecer, Hana. Desculpe por chegar causando tantos problemas. – Ela se aproximou e me cumprimentou com beijos e um aperto de mão. Ela era uns bons quinze centímetros mais alta que eu, assim como a irmã.
- O prazer é meu. E não se preocupe, as coisas se resolvem. – Eu queria dizer algo para ela, estava nítido que ela estava sofrendo pela filha, mas eu nem sabia o que dizer.
- Eu fiz o jantar pra gente, eu cozinho bem, acho que você vai gostar. – Ela sorriu simpática e eu me senti confortável com ela, assim como com a irmã.
- Obrigada! – Eu sorri.
- Rai, vai se trocar, você está melada de suco. – A Rúbia falou com a irmã e eu senti o tom de preocupação em sua voz.
- É, eu vou. – Ela se olhou, meio frustrada e foi em direção ao quarto.
- Eu vou lá ver se aqueles dois já se mataram. – O Rafael respirou fundo. – Já volto, minha doida.
Eu olhei em volta e me preparei para algo pior do que eu havia imaginado, porque pelos gritos, a garota não era rebelde, ela estava possuída!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......