Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1213

“Rafael”

Eu entrei em casa e ouvi os gritos. Particularmente eu gostei de ouvir o Anderson sendo firme com a Giovana. Em outras situações eu ficaria chateado por alguém ser ríspido com a minha filha, mas com o que aconteceu eu achei que ele estava sendo até muito comedido.

Mas as coisas estavam ficando piores e eu não estava gostando. O que a Giovana fez com a mãe era inadimissível. Quando eu olhei do corredor para a porta do quarto, o Andreson estava de pé observando a Giovana juntar os cacos de vidro. Eu achei melhor esperar ela terminar antes de me aproximar, porque o Anderson tinha razão, ela tinha que limpar a bagunça. Quando ela terminou ela empurrou o balde e os demais utensílios na direção dele.

- Muito bem, criança! É assim que um adulto faz, ele arca com as consequências dos próprios atos. – O Anderson falou e ela grunhiu como um animal e bateu os pés.

- Agora sai da minha frente! – Ela exigiu.

- Lamento, você não é o adulto que paga o meu salário, então eu não sigo as suas ordens. E a sua mãe ainda não disse que está na hora do jantar. Então, seja uma menina boazinha e vá ler um livro. – O Anderson falou de forma quase pedagógica e eu achei até graça, porque a Giovana bateu o pé e grunhiu de novo, mas se virou e parou de insistir.

Eu me aproximei e bati no ombro do Anderson, que fez um aceno de cabeça e se afastou. Assim que eu entrei no quarto a Giovana se levantou da cama e começou.

- Esse monstro que você colocou na minha porta gritou comigo! Você tem que demiti-lo! Ele me ameaçou, me obrigou a limpar o chão, me chama de criança o tempo inteiro, ele não me respeita, ele... – A Giovana estava falando de forma agitada, como se o Anderson tivesse a ofendido, mas eu sabia o que tinha acontecido.

- Para, Giovana! Eu ouvi os seus gritos. A sua mãe me contou o que você fez. O que o Anderson te ensinou é uma lição valiosa e você deveria aprender. Nós precisamos nos responsabilizar pelos nossos atos e assumir as conseqüências. – Eu falei com a voz firme e vi os olhos dela me encarando como se não acreditasse que eu não estava dando razão a ela. Mas eu não poderia estar do lado dela.

- Você vai deixar qualquer um falar comigo assim? – Ela me perguntou como se estivesse ofendida.

- Qualquer um? – Eu olhei para ela sem acreditar. – Quem você pensa que é Giovana Maria? Ainda que você fosse a rainha de Roma, eu te ensinei a ter respeito pelas pessoas. Eu vou te contar quem o Anderson é! Ele é um dos meus melhores funcionários, um rapaz que sabe o valor do trabalho, do dinheiro e do respeito aos pais. Um rapaz que honra a família, honra o trabalho e tem uma das posturas mais impecáveis que eu já vi na vida. Aliás, ele não é um rapaz, porque embora seja jovem, ele é um homem, porque teve que virar um homem, um adulto, muito cedo! Você deveria se envergonhar de se referir assim, com tanto desdém, a uma pessoa de valor como ele. Mas e você, Giovana? Quer tanto sua independência, mas está esquecendo o básico, quer ser tratada com respeito, mas não respeita ninguém. Você não respeita sua própria mãe! Sinceramente, eu não te reconheço!

- Pois é, você não deveria ter me mandado morar com ela. – Ela me respondeu com toda o cinismo que foi capaz.

- Deveria ter deixado você ficar e ser morta por um bandido? – Eu perguntei, mas ela foi além de cruel.

- Ah, é, eu poderia ser morta por um bandido por causa das merdas que você fez! – Ela jogou na minha cara e eu não perdi o controle só porque o Anderson interferiu.

- Chefe, não! – Ele colocou a mão no ombro, ele percebeu que eu estava prestes a perder o controle a passar dos limites. – Deixa eu lidar com ela, ela pode ficar com raiva de mim o quanto ela quiser, eu não me importo.

- Veja bem, Giovana, você tem dezesseis anos, e ainda que tivesse trinta, você não vai falar assim comigo nunca mais e você nunca mais vai agredir a sua mãe. Porque da próxima vez, eu te coloco na rua, com a roupa do corpo, e aí você vai ter que se virar como adulta, mas adulta de verdade, não adulta que vive as custas dos pais. – Eu dei as costas e saí do quarto dela, mas ainda pude ouvir o que o Anderson disse.

- Você ainda vai se arrepender disso, criança. E não é porque eu estou dizendo. É porque quando você não tiver mais os seus pais amorosos e bons te protegendo, você vai entender como a vida pode ser difícil. – O Anderson falou para ela.

Quando eu cheguei no final do corredor eu vi que ele havia puxado a poltrona para a porta e se sentado, de forma a impedir que ela saísse. Eu voltei para a sala me sentindo derrotado e um pai péssimo. Eu sentei ao lado da Hana e ela pegou a minha mão, parecia estar bem confortável com a Raíssa e a Rúbia.

- Rai, o que foi que aconteceu na Irlanda? – Eu perguntei finalmente. – Além de todos os chiliques e os amigos errados.

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