“Rafael”
Com a declaração da Hana ecoando em minha cabeça e me deixando nas nuvens eu a levei para o trabalho. Eu não queria me separar dela, mas ela tinha que trabalhar e eu tinha que cuidar da Giovana. Enquanto eu a beijava na porta do hospital o Rubens apareceu com quatro copos de café numa bandeja de papelão.
- Olha aí o meu casal! – Ele nos cumprimentou todo sorridente.
- Nossa, quanta alegria! – Eu brinquei e ele sorriu.
- Chefe, eu espero que você não se importe que eu... – Ele começou a falar e eu comecei a rir.
- Rubens, até parece que se eu me importasse mudaria o fato de você estar interessado na tia da minha filha!
- Pô, Rafa, não mudaria e eu nem ligaria, mas se não tiver problema pra você é melhor. – Ele respondeu rindo e me entregou um copo e outro para a Hana. – Aqui, trouxe até um café pra você. E isso aqui, você entrega para a minha lorão! – Ele me entregou uma sacola de uma loja de chocolates.
- Passou a noite com ela e ainda me faz de moleque de recado? – Eu brinquei.
- Eu não passei a noite com ela, metade da noite só, lá no bar e depois eu a deixei na sua casa. Então sim, vou te fazer de moleque de recado. Vai, chefe, me ajuda com a lorão! – Ele pediu com a maior cara de bobo.
- Tá, eu te ajudo, mas só por causa do café! – Eu brinquei e peguei a sacola. – Te busco no fim do dia, minha doida.
- Não. Hum-hum. Busca não! – O Rubens se meteu e eu o olhei sem entender. – Eu deixo a pequena no seu apartamento. Você disse que vai me ajudar! E eu dou uma folguinha para o Anderson também, pelo menos umas duas horinhas. O garoto é dedicado ao trabalho, não custa dar uma ajudinha.
- Ele me pediu para dobrar o serviço. – Eu expliquei.
- Eu sei. Ele dá conta, mas não me custa nada dar um tempinho pra ele tomar um banho, né?! – O Rubens sorriu.
- E enquanto isso você cisca em torno da Rúbia! – Eu concluí e ele riu.
- Chefe, pra ver minha lorão eu estaria vigiando a menina sem cobrar nada! – Ele sorriu e eu balencei a cabeça.
- Está certo! Rubens, a Rub é muito bacana e eu sei que você é um bom sujeito, pra mim está tudo certo. Agora, cuida da minha pequena! – Eu apertei sua mão e dei um beijo na Hana.
- Vai tranquilo, chefe, a pequena está segura. – Ele passou o braço sobre os ombros da Hana.
- Só uma pergunta, porque quatro cafés? – Eu perguntei antes de ir.
- Um pro Fernando, o cara é gente boa demais! – Ele deu um sorriso largo e eu tinha que concordar, o Fernando também era um bom sujeito.
- Te espero em casa, minha doida! – Eu joguei mais um beijo para a Hana e fui em direção ao meu carro.
Eu dirigi até o meu prédio, com o sorriso de quem tinha tudo o que queria da vida, ou quase tudo, faltava a minha filha voltar a ser como antes. Eu deixei o meu carro na garagem do meu prédio e fui ao parque para a minha corrida matinal. Quando voltei para o prédio peguei a sacola da Rúbia no carro e fui para o apartamento.
- Bom dia, garotas! – Eu cumprimentei quando entrei. – Rub, seu admirador te mandou isso.
Ela deu um pulo do sofá toda sorridente e pegou a sacola na minha mão. Tirou de dentro um cartão e uma caixa de bombons finos.
- Vou dizer, esse rapaz que está de olho nela, esse é dos bons, viu! Eu cheguei de madrugada e ela estava atormentando o coitado, no fim ele deu um conselho valioso para ela. Disse para dar valor a vocês e ao que tem. – A Rúbia contou o que tinha ouvido e eu achei bom que o Anderson pudesse dar a Giovana outra perspectiva sobre a vida.
- Vou tomar um banho e ver como ela está. Rai, eu vou ligar para a antiga escola dela e ver se ela pode voltar, você concorda? – Eu perguntei antes de sair da sala.
- Eu acho ótimo, Rafa! Ela tinha boas companhias naquela escola. – A Raíssa concordou e eu fui para o meu quarto.
Depois de tomar um banho eu fui ver a Giovana. O Anderson estava de pé ao lado da porta, naquela postura de segurança que ele mantinha sempre.
- Anderson, bom dia! Não precisa ficar de pé o tempo todo. – Eu ofereci um aperto de mão e ele deu um sorriso tímido.
- Obrigado, chefe. Bom dia! – Ele me retribuiu com um aperto de mão firme.
- Como está a ferinha? – Eu perguntei, sabendo que a Giovana estava ouvindo.
- Curiosamente muda! Hoje ela não deu nem um pio ainda. Estou até preocupado. – Ele respondeu.
- Não se preocupe, ela deve estar planejando alguma coisa. – Eu brinquei e entrei no quarto da minha filha. – Olha, tomou banho! – Ela me olhou enviesado, estava sentada na cama com as pernas para cima. – Gi, até quando você vai ficar com raiva de mim, filha?
- Até vocês entenderem que estão me maltratando. – Ela respondeu emburrada.
- Será, Gi? Será que nós estamos sendo tão ruins assim? – Eu perguntei e ela me observou, mas não me respondeu. – Vem cá, Gi, me dá um abraço! – Eu a puxei para o meu peito. – Cansei de esperar você se tocar que eu esperava ter recebido um abraço seu quando você passou pela porta de entrada. – Eu falei para ela enquanto a apertava contra mim e ela foi cedendo e seus braços me abraçaram finalmente.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......