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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1229

“Hana”

Quando eu desliguei o computador no trabalho eu estava prontinha para encarar a Giovana, para mostrar a ela que eu cheguei para ficar e que eu vou fazer o pai dela feliz e ela vai poder contar comigo também.

- Vamos, brutamontes, mas antes a gente vai parar em um lugar. – Eu avisei ao Rubens que me olhou desconfiado.

- Pequena, você está pronta mesmo? Porque se não estiver, eu te levo pra casa e o chefe te encontra lá. – Ele sugeriu e eu ergui o braço para colocar a mão no ombro dele.

- Brutamontes, eu vou fazer aquela ferinha me amar, do mesmo jeitinho que eu fiz com o pai dela! – Eu falei cheia de confiança.

- Botei fé, pequena! – Ele sorriu e passou o braço no meu ombro. – Vamos encarar a ferinha!

Nós saímos do hospital e fizemos uma parada numa loja de doces e outra em uma livraria, já que os eletrônicos estavam proibidos, eu queria algo diferente para que ela passasse o tempo e se acalmasse e eu encontrei, só esperava que ela gostasse.

Quando eu toquei a campainha no apartamento do Rafa, a Rúbia abriu a porta, como da outra vez, mas agora eu sabia quem ela era. Ela deu um sorrisinho pra mim.

- Oi, moça, veio falar com o Rafa? Ele está no banho. – Ela brincou e eu comecei a rir.

- Não tem problema, eu entro no chuveiro com ele. – Eu respondi e ela abriu um sorrisão.

- Mulher de atitude é tudo de bom! – Ela deu uma risada e me abraçou. – Mas ele não está no banho.

- Ah, que pena! – Eu estalei a língua fingindo decepção.

- Mas eu posso ir! – O Rafael falou do sofá onde estava sentado rindo da nossa brincadeira e quando eu entrei ele se levantou e veio me abraçar.

- Minha doida, você atrai pessoas malucas! – Ele brincou, se referindo a Rúbia e eu comecei a rir.

- Tem razão, uma família inteira maluca, acho que a única normal é a Raíssa. – Eu brinquei e ele deu aquela risada que eu adorava, que chegava aos olhos e fazia vibrar tudo dentro de mim.

- E o que são essas sacolas? – Ele quis saber.

- Quero ver a ferinha. E não estou nem aí que ela esteja de castigo, mas prometo que não estou contrabandeando nenhum eletrônico. – Eu respondi e ele riu.

- Vamos lá então! – Ele me respondeu achando graça.

- Não, psicogato, você fica, eu vou! Programa de garotas! – Ele me olhou preocupado.

- Chefe, deixa ela ir, eu te conto o que está acontecendo. – O Rubens intercedeu e o Rafael cedeu, mesmo não entendendo nada.

- Rúbia, vem comigo? – Eu chamei e o Rubens me olhou como se estivesse sofrendo. – Você a viu no almoço, brutamontes!

- Desculpa, fofinho, mas eu não perco isso! – A Rúbia deu um beijo no Rubens e me acompanhou.

Eu parei na porta do quarto e o Anderson me olhou como se não fosse uma boa idéia, mas eu apenas dei um sorriso, eu não ia desistir. Eu olhei para o quarto e vi a Giovana jogada sobre a cama, virada para a parede. Eu dei uma batida na porta aberta.

- Posso entrar? – Eu perguntei suavemente.

- Não pode! Sai daqui! – Ela respondeu sem se mexer.

- Ai, que ótimo! Obrigada! Com licença! – Eu entrei como se tivesse sido convidada e me sentei ao pé da cama. – E aí, Giovana, como você está?

Ela se sentou na cama e me olhou como se eu fosse louca.

- Eu disse pra você sair daqui! – Ela repetiu mau humorada.

- Você quer dizer período de castigo, né?! – Ela me olhou e eu vi que estava conseguindo entrar.

- Ah, pensa que é mais como aquele livro, “Comer, rezar, amar”, sabe?! Que a mulher partiu para uma jornada de autoconhecimento. Só que sem a Itália, a Índia e a Indonésia! – Eu falei e ela começou a rir e eu ri com ela. – É sério! Olha, você está numa fase de mudança da sua vida, você está se descobrindo. É horrível, as pessoas não entendem a gente quando temos dezesseis, porque ainda somos jovens demais para ser adultas e velhas demais para ser crianças. Não é chato isso?

- Essa é a pior parte! Eles não decidem, primeiro falam “você não é criança pra isso” e logo em seguida dizem que “você ainda é uma menina”! – Ela se queixou.

- É bem por aí! Mas vou te dizer, o bom é que essa fase passa e depois fica tudo melhor, mas você precisa saber quem você é, quem você quer ser quando tudo melhorar. E então, vamos transformar o seu quarto na Itália, Índia e Indonésia?

- Eu não li o livro. – Ela respondeu e eu tirei o livro da sacola.

- Você vai gostar porque o livro é divertido e vai te fazer refletir sobre si mesma. Eu adorei quando li e me ajudou muito. – Eu entreguei o livro para ela. – E eu também trouxe isso. Eu entreguei a ela uma sacola maior e ela tirou de dentro o bonito e grande pote recheado com guloseimas doces, pirulitos coloridos e balas de vários sabores. E nem me fala que é coisa de criança porque eu tenho um desses em casa.

- Doce não é coisa de criança! Criança nem pode comer doces para não estragar os dentes! – Ela me respondeu bastante séria e eu ergui a mão aberta.

- B**e aqui! – Eu falei e ela bateu a mão na minha. Eu tinha conseguido alguma coisa, se duraria eu não sabia, mas eu tinha encontrado um caminho.

- Meninas, está tudo bem? – O Rafael apareceu na porta do quarto, tentando esconder a preocupação.

- Está tudo bem, Giovana? – Eu perguntei e ela fez que sim.

- Está tudo bem, pai! – Ela respondeu e eu percebi os ombros do Rafael relaxarem.

- Hora do jantar, vamos? – Ele chamou.

- Você cozinhou? – Eu perguntei e ele fez que sim. – Que maravilha! Já estou indo! E você, Giovana? – Eu pulei da cama e a Giovana me acompanhou.

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