“Rúbia”
Eu saí da Austrália com uma licença de três meses do meu trabalho, eu ia ajudar a minha irmã com a minha sobrinha, passaria um tempo com elas no Japão e depois voltaria para a minha vidinha pacata e sem graça de fotógrafa de ensaios familiares. Mas agora eu tinha conseguido complicar a minha vida de um jeito que eu nem queria pensar como seria quando a minha licença acabasse.
Eu fui para a Austrália com o objetivo de ser fotógrafa de vida selvagem, mas acabou dando errado e eu me recusei a voltar e ouvir a minha mãe dizendo que tinha me avisado. Eu consegui um emprego num estúdio por lá que fazia de tudo, de casamentos a ensaios infantis. Era um tédio! Mas era um bom emprego e minha vida estava bem estabelecida lá.
Mas aí a Giovana resolveu ser a problemática da vez e eu cheguei aqui, minha mãe ainda nem sabia que nós estávamos de volta, a Raíssa e eu continuamos dizendo a ela que estávamos na Irlanda e quando ela descobrisse a verdade faria um tumulto nas nossas vidas. Mas era melhor para a Giovana não ver a avó ainda.
No entanto, eu conheci esse homem gostoso e divertido, que me fazia querer morar no corpo dele e não na Austrália. E a minha vida se tornou a definição de complicada porque eu já estava sofrendo só de pensar que eu iria embora e deixaria esse homem.
- Vem, Rúbia, eu quero saber tudo! Como foi com o brutamontes? – A Hana me perguntou empolgada.
- Saidinha você, hein, Hana! – Eu ri com ela. – Ai, Hana, esse homem é uma delícia! A boca dele parece a Disneylândia!
- A Disneylândia? – A Hana perguntou confusa.
- Sim, Hana, “o lugar mais feliz da terra”! O que aquele homem faz com a boca, minha amiga... dá vontade de viver lá! – Eu respondi e ela riu. – Mas e o Rafa, é tudo aquilo que parece?
- Não! – Ela respondeu séria. – Ele é muito melhor! Ele é inteiro a Disneylândia! – Nós caímos na risada.
A Hana e eu ficamos sentadas junto a mesa dela, conversando sobre o que tinha acontecido na noite anterior, enquanto o meu fofinho fingia que olhava pela janela do outro lado da sala. Eu contei a ela sobre a conversa da Giovana com o Rubens e sobre a minha noite com ele. Ela me contou sobre o que tinha acontecido no prédio dela e eu fiquei preocupada, a Hana era mais forte do que pensava, mas ela não percebia isso.
- Hana, o seu rosto já está muito melhor, você não quer me deixar tirar uma fotos suas? – Eu perguntei e ela me olhou surpresa.
- Fotos? Que tipo de fotos? – Ela se interessou.
- Fotos! Fotos que retratem você, sua beleza. Você é tão linda, Hana! Eu faria umas fotos incríveis! – Eu sugeri e ela me olhou como se pensasse.
- Tipo sensuais e coisas assim? – Ela me perguntou.
- Também. Acho que o Rafa ia adorar essas!
- A Mel fez um ensaio assim, ficou lindo. – Ela pensou por um momento. – Ah, acho que eu gostaria. Mas depois que meu olho estiver totalmente bom.
- Combinado!
E foi nesse momento que o Rafael voltou e parecia preocupado. Ele foi até o Rubens, cochichou alguma coisa e depois se despediu, veio até nós e se despediu da Hana. Quando nós entramos no carro eu me virei para ele.
- Rafa, o que aconteceu? E não diz que não é nada! – Eu perguntei e ele me encarou.
- A mãe da Hana, eu preciso mantê-la longe. – Ele revelou e eu imaginei que o tio tivesse dito algo bem ruim.
- A Hana me contou como ela é e o que aconteceu ontem. Rafa, leva a Hana para o seu apartamento. – Eu aconselhei e ele me deu uma olhadinha.
- Eu pensei nisso, mas a Hana não acha uma boa idéia, por causa da Gi. A Hana quer ser prudente e eu não sei o que fazer além de ficar de olho. – Ele estava apreensivo. – A mãe dela é muito pior do que ela sabe, Rub. Mas assim que ela e a Gi se entenderem eu a levo para a minha casa.
- Acho que isso vai ser rápido. – Eu tentei animá-lo.
- Tomara! Rub, e o Rubens? Ele está gostando de você. – O Rafael falou assim de repente e eu sorri.
- E eu também estou gostando dele. Acredite, eu já estou sofrendo por pensar que eu vou embora. – Eu respondi.
- E por que você não fica? – Ele me perguntou de repente e eu não tinha pensado nessa possibilidade nem uma vez.
- Minha vida está lá, Rafa! – Eu argumentei e ele sorriu.
- Está mesmo, Rub? Ou será que o seu emprego está lá? Ou você não quer só dar esse gostinho para a sua mãe? – Ele sorriu pra mim, o Rafa sempre teve a capacidade de colocar a Raíssa e eu diante do que negávamos, como se visse através de nós.
- Nem me lembre que eu ainda tenho que enfrentar essa fera! – Eu coloquei a mão na testa, minha mãe era uma boa mãe, mas era tão autoritária e tão dramática!
- É, mas é bom essa fera não tentar rugir nos meus domínios. – Ele avisou e eu já estava prevendo a tempestade. Minha mãe e o Rafael se davam bem, desde que ela não tentasse interferir na educação da Giovana, o que ela adorava fazer.
Quando nós chegamos ao apartamento a Raíssa já havia saído para o trabalho e nós encontramos a Giovana, sentada no chão encostada à porta do seu quarto, conversando com o Anderson, que estava sentado no chão do lado de fora. Os dois pareciam bem envolvidos em alguma conversa e o Rafael e eu paramos no início do corredor para observar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......